quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
Adriano ficará seis meses no São Paulo. Esse detalhes ao qual Gilmar se refere, imagino eu, devam ser valor de empréstimo e salário.
Como sabem, Adriano é um dos maiores salários do futebol mundial. São 5 milhões de Euros por ano pagos pela Inter. 416 mil Euros por mês. 1 milhão e 74 mil reais por mês.
O São Paulo não tem condições de pagar nem metade disso. Nem 25% do valor.
Como informa Vitor Birner no seu blog, Adriano receberá do São Paulo um salário compatível com o que o clube pode pagar. Algo em torno de 250 mil reais, imagino eu. Salário semelhante ao da estrela maior do time, Rogério Ceni.
É de se imagina ue haverá, por parte da Inter, uma composição para tornar o salário do Imperador mais compatível ao mercado europeu.
O Tricolor também não pagará pelo empréstimo do jogador.
Que baita negócio para ambos.
Tudo o que Adriano quer - e precisa -, ele encontrou no São Paulo: bom ambiente, técnico que osta das suas características e, principalmente, carinho. Adriano, como bem mostrou a revista Placar de agosto deste ano, depois da morte do pai em 2004, se tornou uma pessoa carente. E que, por isso, começou a descontar na beida e nas noitadas, o que ele passava. Com isso não rendia em treinos e em jogos. Badalava cada vez mais na noite de Milão. Sem que a Inter tivesse alguém para cuidar dele. Isso se tornou um círculo vicioso. Jogava mal, ia para balada.
Não havia como se recuperar.
Para o São Paulo, é a chance real de conquistar o Tetra da Libertadores. Adriano é o tipo de jogador para o torneio: alto, forte, com alto índice de aproveitamento. E com um canhonaço na perna esquerda.
O contrato vai até 30 de junho, com uma prorrogação caso o São Paulo chegue à final, que acontece no dia 2 de julho.
A saber, o grupo do São Paulo na libertadores é: Deportivo Luqeño, do Peru, Nacional da Colômbia e Audax ou outro time da Colômbia.
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
O salto de qualidade palmeirense
Montou um time competitivo que foi mais longe do que muitos esperavam. Diego foi um dos melhores do campeonato, assim como Pierre, Valdívia e Gustavo.
Mas é inégavel o salto de qualidade que o Palmeiras dá ao trazer Vanderlei Luxemburgo para o comando do time em 2008.
Ainda mais com a grana da Traffic, do palmeirense J(osé) Hawilla. Fala-se em 40 milhões de reais. Tinga e Rafael Sóbis podem chegar. São ótimos nomes. Com dinheiro assim, a rodo, Luxemburgo é o melhor nome.
E, diga-se de passagem, Luxemburgo ainda é o melhor técnico do Brasil. O problema dele é extra-campo.
Querer mandar mais do que deve. Isso é a ponta do Iceberg. Ligações para jogadores, comissões em transferências, relações promíscuas com alguns clubes, esses são os problemas dele.
Mas, a princípio, tem tudo para dar certo e para fazer o Palmeiras voltar a brigar fortemente por títulos.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Tetracampione del Mondo
Não pude ver ojogo na íntegra, vi os primeiros 30 minutos e depois vi os melhores momentos.
Kaká foi genial, todo mundo já disse. O Milan é um dependente do Kaká. AInda mais agora que ele é jogador de ataque.
A marcação de Battaglia em cima dele não deu certo. Mas o Boca consegui, no primeiro tempo, vigiá-lo bem de perto. Tanto que ele só teve duas chances. Na primeira foi travado pela zaga do Boca. Na segunda, tentou duas vezes e a bola foi parar nos pés de Pippo Inzaghi, o centroavante mais sortudo do mundo. Era o 1 x 0 que acalmaria o jogo, que faria o Milan jogar do jeito que mais gosta, tocando a bola, envolvendo o adversário.
Mas não durou 1 minuto. Escanteio para o Boca, Morel Rod´riguez cruzou e Palacio subiu livre, em falha incrível de Bonera, e empatou.
O Boca, se quisesse ganhar, teria que marcar Kaká ainda mais de perto e evitar a todo custo faltas perto da área. Pirlo é um exímio cobrador de faltas.
O Boca desobedeceu as duas coisas.
Logo aos 5, em cobrança de Pirlo, a bola sobrou para Nesta fuzilar Caranta: 2 x 1 Milan.
O Boca, incentivado pela fanática torcida, foi para cima. E quase empatou com um tirambaço de Ibarra que acertou o poste de Dida. No contra-ataque, Gattuso lançou Kaká justamento onde Ibarra deveria estar. Não estava, e o brasileiro teve uns 25 metros de campo livre para correr. Quando encontrou Maidana, já dentro da área, não houve dificuldade: uma finta de corpo com chute de esquerda e era o 3 x 1 milanista.
O quarto veio em outro contra-ataque, desta vez puxado por Seedorf, que tocou para Kaká já dentro da área. Ele fingiu o chute e rolou para Inzaghi. O centroavante só teve o trabalho de empurrar para as redes. 4 x 1.
O Boca ainda diminuiu, com Ambrosini contra o prórprio gol. Mas não havia muito o que fazer.
Foi se o tempo em que os times sul-americanos tinham a técnica e os europeus o conjunto.
E, podem escrever, será cada vez mais difícil os sul-americanos ganharem o título mundial.
sábado, 15 de dezembro de 2007
Mar de Lama continua
Jurgen Klinsmann, ex-técnico da seleção alemã, terceira colocada na Copa passada, esteve no começo do mês no Footecon, fórum de futebol promovido por Carlos Alberto Parreira todo final de ano no Rio de Janeiro. O alemão não se preocupou em falar de táticas, sistemas de jogo ou treinamentos. Tocou em uma ferida aberta que poucos ousam tocar.
Disse que os jogadores - no caso, os de futebol -, precisam ocupar o espaço de tempo ocioso com coisas e pessoas boas. Os jogadores ficam de 6 a 8 horas por dia, dependendo da época do ano, sem nada para fazer. E com as já citadas más companhias.
Por isso, diz Klinsmann, é importante que os clubes invistam na formação do ser humano, não investir só na formação do atleta. Depois que acaba a carreira, o que ele tem pra fazer?
É muito importante mesmo. Cruzeiro, Atlético Paranaense e São Paulo já cuidam da parte escolar de suas jovens promessas. Na Toca da Raposa, CT do Cruzeiro, tem uma escola para os alunos. Com direito a formatura ao final do ano.
Está aí um dos caminhos para que notícias como a veiculada hoje pela Folha de São Paulo passem a ser cada vez mais escassas.
Escândalo de doping faz EUA se alarmarem
Bush diz que esteróides "sujaram" beisebol do país
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dia após a divulgação do relatório do ex-senador George Mitchell sobre doping na MLB (liga norte-americana de beisebol), os EUA entraram em polvorosa. É como se tivessem descoberto só anteontem que o uso de substâncias proibidas -comentado à boca pequena há décadas- é prática cotidiana em seus esportes de elite.A acusação de que há uso deliberado de drogas ilícitas entre atletas mereceu comentário até do presidente George W. Bush, fã da modalidade e ex-proprietário de uma equipe.
"Espero que esse documento permita deixar para trás a era dos esteróides na MLB", afirmou Bush. "Tanto os jogadores como os proprietários [das equipes] devem levar o relatório Mitchell a sério."
Bush, no entanto, pediu cautela antes de punir jogadores. "Acredito que o melhor é que não haja conclusões apressadas sobre os jogadores, ainda que possamos concluir que os esteróides sujaram o esporte."
Para o presidente americano, porém, o impacto da notícia atinge diretamente a juventude do país, que tem os astros do beisebol como modelo.
Não é de hoje que há desconfiança de doping generalizado na MLB. A política antidoping da liga é tímida e já mereceu críticas de Bush em discurso anual no Congresso, em 2004.
Só em 2002 houve acordo para se aplicar testes contra esteróides anabólicos, substância que aumenta a força muscular.
O hormônio de crescimento, droga também banida pelo Código Mundial Antidoping, só foi proibido pela liga em 2005.
Várias das estrelas do beisebol foram citadas no relatório Mitchell. Entre eles estão sete MVPs (melhores jogadores da temporada), como Roger Clemens e Jose Canseco.
Dos jogadores que ainda estão em atividade, aparecem também os nomes de Jason Giambi, Eric Gagne, Paul Lo Duca, Troy Glaus, Gary Matthews Jr. e Brian Roberts.
A repercussão negativa do documento já causou perturbação na direção da liga. Bud Selig, homem forte da MLB, prometeu ação efetiva para combater o problema. Já Donald Fehr, chefe do sindicato de atletas, disse que a entidade não tinha do que se desculpar.
O relatório também repercutiu no Legislativo norte-americano, que já convocou Mitchell, Selig e Fehr a testemunharem na Câmara na terça.
O documento, de 304 páginas, lista 89 atletas que estiveram em ação na MLB desde a década de 80. Segundo o relatório, todas as 30 equipes da liga têm um ou mais jogadores já flagrados nos controles.
"Durante mais de uma década houve uso de esteróides e outras drogas proibidas entre atletas das Grandes Ligas, em violação às leis federais e à política antidoping", diz Mitchell.
Para confeccionar a lista, o político negociou até denúncia premiada. Um ex-atleta do NY Mets, cuja identidade é mantida sob sigilo, forneceu provas de que outros membros da equipe estavam envolvidos.
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
As mentiras de Andrés
A escolha de Mano Menezes para o comando do Corinthians - no campo -, é excelente. Mas fora dele.........
O que esperar de um vice de futebol que diz: - Não importa a origem do dinheiro, o que importa é para onde ele vai.
É preocupante, para os corinthianos, óbvio.
Agora leio na Máquina do Esporte (www.maquinadoesporte.com.br), que Nizan Guanaes não tem compromisso firmado com o Corinthians.
- Não tenho contrato. Só tive contato -, disse o publicitário ao blog de Adonis Alonso (www.aalonso.blog.uol.com.br), jornalista especializado em propaganda e marketing.
Com essa declaração, Nizan desmente o presidente corinthiano, que havia dito já ter contratado a agência Africa para um projeto que visa o aumento da torcida para 60 milhões de corinthianos. O projeto até já teria data para ser apresentado: 2 de fevereiro.
Nizan esclarece que foi procurado uma única vez por Luiz Paulo Rosenberg, vice-presidente de marketing do Corinthians.
- Ele [Rosenberg] esteve na minha casa fazendo o convite para comandar o marketing do clube em 2008. Como há corintianos em casa, especialmente minha mulher, aceitei com a condição que me fosse apresentado um projeto de governança corporativa do clube. Depois disso nada aconteceu.
Segundo avaliação do publicitário, antes do marketing o Corinthians precisa ter um projeto de administração. Ele diz que em nenhum momento se falou em contratar a Africa e que esse não é seu objetivo.
- Deve ter havido uma conversa entre o presidente e o Rosenberg que eu desconheço. Aliás nem conheço pessoalmente o Andrés. Não quero brigar com ele e muito menos com a torcida do Corinthians, mas o turbilhão da queda do time para a série B talvez esteja criando essas situações.
Nizan, que num primeiro momento também tinha imposto como condição a continuidade do Corinthians na série A, já não pensa mais assim: - já vi que na série B o time terá ainda mais exposição e possibilidade de captar patrocínios. Mas por enquanto não existe nada, menos ainda contrato. Aliás, dia 2 de fevereiro é sexta-feira de Carnaval e eu vou organizar o Carnaval da Bahia. Não poderei apresentar projeto de marketing nessa data -, finalizou o publicitário
domingo, 2 de dezembro de 2007
Boleiros no Serra Dourada
Otávio Augusto interpreta um juiz que tem que roubar para o Juventus, na Rua Javari. Ele marca um pênalti inexistente. O jogador do Juventus partiu para a cobrança e perdeu. Ele inventou outro pênalti, o mesmo jogador bateu e perdeu de novo. O juiz mandou voltar. Quando o mesmo jogador pegou a bola, o juiz fala: "você não, bate outro!" Outro jogador cobrou e marcou.
Tirando o fato do juiz do filme estar comprado, o resto foi igual.
Diga-me com quem andas, que lhe direi quem és!
O hoje presidente Andrés Sanchez, pronunciou a célebre frase antes da partida contra o Inter em 2005, quando avisado da reclamação gaúcha contra a anulação dos 11 jogos por causa da Máfia do Apito: "quem tem dois ônibus vai sempre reclamar de quem tem uam Mercedes. O Corinthians tem uma Mercedes e o Inter dois ônibus".
A Máfia foi embora, o dinheiro sumiu. E o que ficou? Nada! Um time horrível, com algumas promessas. PRO-MES-SAS!
É lógico que não bastaria. Mesmo assim, o time teve muitas chances para escapar. Contra o Vasco então, um pouco de capricho bastaria para empurrar Goiás e Paraná para a segunda divisão. Não conseguiu. E hoje era muito difícil. O Grêmio, além da sonhada vaga para a Libertadores, tinha na sua torcida a exigência da vitória. E que não falem nada do Inter. O time correu, saiu na frente e Clémer defendeu dois pênaltis - acertadamente repetidos por caus do adiantamento flagrante do goleiro.
Com Paulo César Carpegiani aposto, o time não cairia. Pelo menos o time era organizado taticamente.
O Corinthians teve até algumas boas vitórias, como o 3 x 0 sobre o Cruzeiro. na época era um time organizado. Depois as vitórias foram minguando. E, quando aconteciam, era jogando mal. E time que vence jogando mal, não se sustenta. Uma hora a coisa se degringola.
Fica a lição: o futebol na era dos pontos corridos tem como principal característica a organização. Time organizado já sai na frente. E desorganizado sai muito atrás. E briga pelo rebaixamento. Às vezes escapa, como foi no ano passado. Esse ano não deu.
Os jogos do Corinthians no ano que vem, uma idéia minha, inicial apenas, jogará às terças com jogos sendo transmitidos pelo SPORTV e no sábado à tarde na GLOBO.
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Vem aí uma nova invasão?
Agonia em branco-e-preto
O time tentou, tentou, tentou. Mas não conseguiu. Finazzi resolveria? Ninguém sabe. Mas é inegável que ele tem mais qualidade na hora de finalizar.
A preocupação corinthiana era evidente ao fim do jogo. O semblante dos torcedores era de tristeza misturado com frustração. Eles sabiam que tinham perdido a oportunidade de ouro. Decidir o rebaixamento com o Grêmio no Sul será difícil. Mas, já que o que resta é a esperança, há que se colocar as coisas em perspectiva: poderia ser pior, o Grêmio poderia estar brigando e não sonhando com a Libertadores.
A maior esperança corinthiana ainda é seus adversários. Goiás e Paraná têm se esforçado para caírem.
Fica uma pergunta: do jeito que o futebol corinthiano foi conduzido ao longo do ano, seria justo o time escapar do rebaixamento com uma rodada de antecedência?
terça-feira, 27 de novembro de 2007
A seleção olímpica e a falhas da convocação.
Voltando ao tema. A seleção olímpica foi convocada nesta segunda para um amistoso contra a seleção dos melhores do campeonato brasileiro. Dunga já provou ser um bom selecionador. Convocou jogadores que não estavam na "mídia", resgatou bons jogadores e mostrou olho clínico em alguns casos, como na convocação desta segunda, para a Seleção Olímpica.
Ao mesmo tempo em que se mostrou um bom selecionador, mostrou também ser um péssimo treinador. O Brasil não tem padrão, e as estrelas não brilham. Além de escalar mal o time, como ficou provado contra o Uruguai, quando escalou Mineiro e Gilberto Silva, reservas em seus clubes, como titulares.
Mas, mesmo quando acerta, ele erra. A maioria dos bons jogadores que ele deixou de fora da seleção olímpica foi por um motivo: eles atuam fora do país, e não é data-FIFA. Ou seja, os clubes não precisam liberar seus jogadores. Mas ele deixou de fora bons nomes que atuam no país, como Hernanes e Arouca.
Vamos à convocação e aos comentários:
Goleiros: Renan (Internacional) Felipe (Santos) |
---|
Laterais: Apodi (Vitória) Nei (Atlético-PR) Leonardo (Portuguesa) Valmir (Palmeiras) |
Zagueiros: Breno (São Paulo) Rhodolfo (Atlético-PR) Leandro Almeida (Atlético-MG) Leonardo (Grêmio) |
Meio-campistas: Toró (Flamengo) Charles (Cruzeiro) Ramires (Cruzeiro) Maycon (Internacional) Thiago Neves (Fluminense) Pedro Ken (Coritiba) Diego Souza (Grêmio) Wagner (Cruzeiro) |
Atacantes: Alexandre Pato (Milan-ITA) Keirrison (Coritiba) Pedro Oldoni (Atlético-PR) Diogo (Portuguesa) |
No gol, Cássio (ex-Grêmio) e Diego (ex-Atlético Mineiro) têm que ter chances. Em especial Diego. Enquanto foi goleiro do Atlético, salvou o time várias vezes. E não tem desculpa porque ele é reserva do Almería. Todos os outros goleiros também são reservas nos seus times.
Na lateral-direita, Apodí é uma escolha interessante. Mas ao que tudo indica, Ilsinho e Rafinha do Shalke 04 da Alemanha serão convocados no futuro. Na esquerda, Marcelo do Real Madrid e Adriano do Sevilla têm tudo para serem titular e reserva respectivamente em Pequim. Carlinhos, do Santos, corre por fora.
Na zaga, faltou Lima, ex-Atlético Mineiro, hoje no Bétis da Espanha. Gladstone, ex-Cruzeiro, também tem chances. David do Palmeiras teve um ótimo primeiro semestre. Parece que as notícias sobre uma possível ida para o exterior mexeram com ele. Fez um péssimo jogo contra o Inter - falhou em pelo menos um dos 2 gols . Talvez por isso esteja de fora.
No meio, antes de falar dos estrangeiros, faltou Hernanes do São Paulo. Ele merece estar já na principal, que dirá na olímpica, já que tem idade. Arouca, do Fluminense é outro que merece ser chamado. Mesmo assim, eles seriam os reservas de Lucas, ex-Grêmio e Denílson, ex-São Paulo, também não convocados.
Nas meias ofensivas, Thiago Neves é um bom nome. Mas será que agüenta o tranco? Para a sua posição tem "só" Anderson do Manchester United, Diego do Werder Bremen e Willian, ex-Corinthians atualmente no Shaktar da Ucrânia. Sem contar os convocados Wagner e Diego Souza. O único porém é a convocação de Toró, sendo que, no mesmo Flamengo, Renato Augusto joga mais.
No ataque, Pato é nome certo. Keirrison é ótimo jogador e uma boa aposta, assim como Diogo. A interrogação fica por conta de Pedro Oldoni. Ele teve um bom início de campeonato brasileiro. E no ano passado. Rafael Sóbis, ex-Inter, Jô, ex-Corinthians e Guilherme do Cruzeiro são melhores que ele. Aliás, para uma seleção totalmente nativa - a exceção éo Pato, simplemente poruqe não pode jogar pelo Milan - é inexplicável a ausência do Guilherme.
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
O bom filho à casa torna
O Brasil esteve mal nos dois jogos desta rodada. Mas, pasmem, por motivos diferentes. Enquanto a apatia foi o principal motivo para o empate contra o Peru, a boa apresentação uruguaia foi o motivo que impediu a seleção de brilhar no Morumbi.
Hoje em dia, qualquer time minimamente organizado dá trabalho ao Brasil. Um time que depende do trio encantado e que não tem saída pelas laterais nem com os volantes. Marcar o trio, vigiar volantes e laterais que pouco apóiam e pressionar a saída de Juan já é mais do que meio caminho andado para não perder do Brasil. Se tiver atenção nas bolas paradas, nas quais Juan, Lúcio (Alex) e Gilberto Silva vão bem, aí é quase certo que o Brasil não marque.
Se o time tiver ousadia e quiser vencer, também não é difícil. Explorar os Gilbertos, cruzar a bola na área para um cabeceador bom e chutar de fora da área, tomando o cuidado para não bater de frente com Juan, esses são os caminhos para vencer o desorganizado Brasil. E aproveitar os rebotes na frente da área brasileira.
O Uruguai ainda fez mais do que isso. eve o que muitos times não têm: brilho individual. Luis Suarez, Cristian Rodriguez, Lugano e Abreu se destacaram muito. A vitória brasileira foi injusta. O Uruguai não deixou o Brasil jogar. Fez pressão na saída de bola, às vezes com 4 jogadores marcando no ataque.
Júlio Cesar, apesar da falha no gol uruguaio, foi muito bem. Se não fosse ele, o Brasil teria acabado o primeiro tempo de forma vergonhosa, com uma goleada acachapante. Aí está também a explicação para a virada brasileira. Quando voce é muito superior a outro time, tem que fazer valer essa superioridade. Ou seja, fazer gols! O time não fez e, já no minuto 40 do primeiro tempo, percebia-se o cansaço no semblante dos uruguaios. Cansaço pelo ritmo alucinante com que jogaram.
Aí a sorte resolveu aparecer. Carini é um excelente goleiro. Mas cometeu falha clamorosa no primeiro gol de Luis Fabiano. Virar empatado um jogo no qual se teve o total domínio é péssimo.
Mas o Uruguai teve muita personalidade e voltou atacando no segundo tempo. Luis Suarez quase desempatou com 2 minutos. O Brasil não contava com o trio de craques e nem com sua dupla de volantes (ambos reservas em seus clubes). Pelas laterais, Maicon se esforçava mas, tirante o passe para o gol de Luis Fabiano, nada fazia. Gilberto, desacostumado a marcar, tomava um baile. A maioria das jogadas perigosas do Uruguai saíam por ali.
Josué teria que ter entrado no lugar de Gilberto Silva, com Elano no lugar de um dos três. Mas onde está Elano? Surpresa, Elano, o símbolo de Dunga, não ficou nem no banco de reservas. Poderia colocar Daniel Alves, como na final da Copa América. Mas só com Josué a coisa se resolveu. Josué rouba muitas bolas. Pressiona muito os adversários. E foi isso o que aconteceu, o Barsil passou a ter um pouco mais de desafogo. O Uruguai, também pelo cansaço, já não consegui pressionar tanto. E, um lance que começou com Josué, Maicon cruzou, Gilberto chutou torto e a bola caiu nos pés de Luis Fabiano. centroavante é isso: jogo truncado, poucas chances, duas bolas no seu pé, dois gols.
Luis Fabiano esteve no Morumbi e relembrou sua passagem pelo São Paulo. Na sua época, o São Paulo se garantia com Rogério no gol e com ele na frente. Com a seleção, só mudou o ator coadjuvante, entrou Julio Cesar. Palco e final foram os mesmos.
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
E o Brasil deixou o Peru crescer.......
Não foi o que aconteceu. Dunga treinou na Granja Comary marcação por pressão dos atacantes na saída de bola. Não aconteceu contra o Peru. O Brasil mais uma vez dependeu do brilho individual - contra o Peru brilharam Kaká e Juan - para conseguir o empate. Se formos pensar que o Peru não tinha feito gol nas eliminatórias, a coisa fica ainda mais feia.
O time alterna bons momentos com uma displicência ímpar. No primeiro tempo, Guerrerro, Pizarro e Farfán incomodaram a seleção. Nada de anormal. Mas incomodaram. O Brasil saiu na frente com um golaço de Kaká - que já havia dado um gol para Robinho desperdiçar.
Mas aí veio o segundo tempo, o técnico foi obrigado a tirar Guerrero, o melhor peruano. Entrou Palacios, com Pizarro jogando mais à frente. Pouco depois ele tirou Jayo e colocou Mendoza, outro atacante. E, pasmem, o Peru passou a dominar o Brasil.
O time de Dunga não articulava contra-ataques minimamentes razoáveis. E o Peru, mesmo sem chutar a gol, dominava o meio-campo. A bola brasileira não parava no ataque. Com isso o Peru conseguia chegar, conseguia escanteios. Em um desses escanteios, a zaga cortou mal e Vargas chutou. A bola seria defendida facilmente por Júlio Cesar. Mas havia um Lúcio no caminho. E a bola parou nas redes brasileiras.
No final, o Brasil voltou a pressionar. Teve uma série de escanteios perigosos a seu favor. No último deles, Ronaldinho cruzou na cabeça de Juan. Seria ótimo se o gol da vitória viesse justamente do melhor em campo. Mas, seria justo ganhar desse jeito, sembrilho algum, em mais uma burocrática atuação? Os "deuses" do futebol acharam que não, e a bela cabeçada de Juan explodiu no travessão peruano.
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
Ronaldo + Pato = Gols
A torcida que faz o time
Tudo começou em uma mesa de bar. O ex-jornalista esportivo William Brooks é a mente por trás da idéia.
- Numa noite numa mesa de bar eu percebi que com a colaboração de anônimos seria possível levantar um valor fenomenal de dinheiro na internet e que isso poderia ser uma forma fascinante de gerir um clube -, disse ele ao jornal inglês The Times. Foi fundado então o My Football Club.
São mais de 53 mil sócios até agora. Desses, 20 mil pagaram 35 libras. O montante arrecado foi de 700 mil libras - quase 1 milhão de Euros. Com isso eles conseguiram comprar 51% das ações do Ebbsfleet.
A idéia é gerir democraticamente o time dentro e fora de campo. Cada um dos 20 mil membros colaboradores terá direito a voto para decidir toda e qualquer questão do time.
O técnico atual do time será mantido. Não só mantido, como promovido. Liam Daish foi promovido para "chefe dos treinadores", ou seja, ela terá a responsabilidade de pôr em prática o que os internautas quiserem.
- Escolher onze jogadores e a formação do time não é uma ciência exata e, às vezes, a sorte tem um papel importante nisso. Durante e depois das partidas, os torcedores do Ebbsfleet costumam dar sua opinião sobre os jogadores que deveriam ou não ser titulares. Agora eles terão seu voto. Mas, assim como antes, o que acontecer nos treinamentos e no vestiário no dia da partida é de minha responsabilidade. O dinheiro dos torcedores financia este clube e paga o meu salário e o dos jogadores. Este é um bom argumento no momento de opinar sobre quem eles querem ver - disse Liam.
O Ebbsfleet está perto de se classificar à Football League, uma divisão que tem 3 sub-divisões, e que é considerada a 4ª divisão inglesa. Se isso ocorrer, será a primeira vez na história.
William Brooks, o idealizador do MyFootballClub, disse: - espero que agora os sócios do MyFootballClub e os torcedores do Ebbsfleet juntem suas forças para tornar o time mais sustentável para que ele obtenha sucesso maior.
No mínimo, curioso. Inovador sem dúvida. Seria sensacional se desse certo. Se ele chegasse na primeira divisão inglesa.
William Brooks: Mostrou aos times brasileiros como arrecadar dinheiro com sua torcida. Em 5 meses, conseguiu quase 3 milhões de reais
terça-feira, 13 de novembro de 2007
Golaços
Aqui, uma coletânea de golaços em faltas ensaiadas. Aprecie.
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Atitude normal de Bush e seus asseclas
O texto abaixo é retirado do blog de Sérgio Dávila, jornalista correspondente da Folha de São Paulo nos Estados Unidos. O blog você encontra aí nos favoritos.
Mostra bem como são feitas as coisas na administração Bush filho.
Um engodo. Literalmente.
Conheça "Bola Curva", o homem que começou a Guerra do Iraque
Rafid Ahmed Alfin. "Curve Ball". O "Bola Curva".
No momento em que o governo norte-americano volta a bater os tambores de guerra, desta vez contra o Irã, numa campanha muito semelhante à dos meses que antecederam a invasão de março de 2003, vale a pena conhecer a história desse iraquiano. Ele foi a principal fonte da CIA na construção da inteligência que "vendeu a guerra" ao público interno norte-americano e ao mundo ocidental.
As informações que "Bola Curva" forneceu indiretamente à agência de inteligência dos EUA eram a base principal da apresentação que o então secretário de Estado Colin Powell fez na ONU em fevereiro de 2003, aquela que dava conta de que Saddam Hussein tinha armas de destruição em massa. A mesma apresentação que Powell definiria depois, já fora do governo, como "uma mancha" em seu currículo.
Para entender como um desconhecido consegue, em última análise, começar uma guerra que dura até hoje e já matou dezenas de milhares é preciso voltar a 1999. Naquele ano, um sujeito de 33 anos que se dizia engenheiro químico iraquiano pediu asilo na Alemanha. Tinha fugido de seu país natal por razões de consciência: lá, contou às autoridades de imigração alemãs, era chefe de uma fábrica secreta de armas químicas e biológicas, a serviço do então ditador iraquiano.
Ganhou asilo e o apelido. Foi interrogado semanalmente por um ano e meio. Com a importância recém-adquirida pelas histórias que tinha, o "Bola Curva" começou a contar casos mais grandiosos. As transcrições de seus interrogatórios eram enviadas a Washington, mas a identidade, preservada. Um episódio o fez cair nas graças dos norte-americanos. Um dia, em 1998, disse, algo deu errado em uma das repartições da fábrica e 12 funcionários morreram. Era a "prova" que os agentes buscavam.
Até que um conhecido físico nuclear iraquiano também se exilou no Ocidente. Desmentiu tudo o que "Bola Curva" disse. A fábrica era de purificação de sementes. Se Saddam tivesse condições de produzir armas do tipo, ele saberia. Os alemães colocaram o suposto informante na geladeira. Aí veio o telefonema, em dezembro de 2002. Na linha estava George Tenet, então diretor da CIA.
Ele tinha um encontro com George W. Bush em dois dias e queria levar não só o caso do "Bola Curva" como pedir para que ele próprio se apresentasse na TV. As autoridades alemãs proibiram o contato, preservaram sua identidade e aconselharam o norte-americano a não usar as informações, pois nunca tinham conseguido confirmá-las. Tenet foi em frente mesmo assim.
No dia 3 de fevereiro de 2003, Colin Powell disse ao mundo inteiro, da sede das Nações Unidas, em Nova York, que Saddam tinha de fato tais armas: "A fonte é uma testemunha ocular, um engenheiro químico iraquiano que supervisionou uma dessas fábricas. Ele estava presente durante testes de agentes biológicos. Ele também estava no lugar quando houve um acidente em 1998. Doze técnicos morreram com a exposição aos agentes biológicos".
Nos dias seguintes, a ONU mandou inspetores ao local. Não encontraram nada. Em 20 de março, as bombas começaram a cair em Bagdá.
Na semana passada, o programa "60 Minutes" descobriu a identidade do "Bola Curva". Rafid Ahmed Alfin nunca se formou em química. É um maníaco-depressivo conhecido por contar mentiras. Vive com outra identidade, provavelmente na Alemanha. Foi dos agentes de inteligência alemães que ganhou o apelido "Curve Ball". É uma jogada de beisebol capciosa, em que a bola jogada com a mão direita vira à esquerda ou vice-versa. Mas também gíria para algo inesperado. Ou feito para enganar.
Rafid Ahmed Alfin: um maníaco-depressivo causou a maior guerra do século.
Luis Fabiano de volta à seleção
Ele é o artilheiro do Sevilla nesta temporada, com 14 gols, sendo 8 no campeonato espanhol.
Era mesmo estranho Afonso ser convocado e Luis Fabiano não. ALiás, é a primeira vez que ele é chamado após Dunga assumir o cargo.
Luis Fabiano é anos-luz melhor que Afonso. Seu único porém sempre foi a sua vulnerabilidade à provocações. Esquentado, cansou de sair no tapa com adversários.
Já faz um tempo que não se mete em confusão - a última foi com o lateral Diogo, do Zaragoza.
A convocação é justa. Ele pode ser o 9 que falta ao time. Luis marcou 14 gols em 15 jogos nesta temporada.
E ao marcar um gol contra o Villarreal, ontem, igualou a marca histórica de um dos maiores goleadores da história do Sevilla, o austríaco Anton Polster, marcando 7 gols em cinco partidas consecutivas pelo Campeonato Espanhol.
- Não tinha um momento melhor do que esse para acontecer essa convocação e agradeço muito à comissão técnica por me dar essa chance. Vivo meu melhor momento no Sevilla e estou indo com muita vontade de trabalhar e buscar meu espaço na Seleção -, disse o atacante.
E o melhor é o Luis, se jogar, terá como palco o estádio onde mais brilhou até hoje: o Morumbi. Quando atuou no São Paulo, Luis era, de longe, o maior ídolo ao lado de Rogério Ceni. A Libertadores de 2004 mostrou isso. Era uma coisa monstruosa o grito, uníssono, de 70 mil pessoas: Luís Fabiano.
- É um dos sonhos da minha vida voltar ao Morumbi com a camisa da Seleção. Não esperava que isso pudesse acontecer nesse momento e por isso estou muito feliz -, falou Luis Fabiano, que, depois da eliminação do time para o Once Caldas, viu sua popularidade degringolar, assim como seu futebol. Vendido no mesmo ano ao Porto, não rendeu o que dele se esperava.
Sempre quando um dos 4 grandes clubes paulistas - Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo - vivia às turras com os gols, surgia seu nome para reforçá-los. Nada se concretizou e ele rumou para o Sevilla.
Hoje está muito bem lá. Enquanto Pato não é chamado, Luis Fabiano pode muito bem conquistar a titularidade do comando de ataque da seleção. Recuperando assim o tempo perdido. Por todos esses percalços acima descritos, Luis Fabiano perdeu a chance de ir à Copa da Alemanha. A continuar assim, estará em 2010.
sábado, 10 de novembro de 2007
Matéria no Herald Tribune sobre o Jô
Rob Hughes
Quando um morador de Moscou é conhecido apenas como "Jo", e é guiado em suas primeiras aventuras no futebol europeu por um homem chamado Vágner Love, nós poderíamos suspeitar de estarmos entrando no reino da fantasia.
Mas foi bem real no famoso estádio San Siro, na noite de quarta-feira, quando primeiro Jo, depois Love, marcaram gols maravilhosos que colocaram o CSKA Moscou dois gols à frente da Inter de Milão. O esguio e impressionante Jo -ou João de Assis Silva- é mais um brasileiro destinado a se destacar na Liga dos Campeões.
Mas sua aventura em Milão durou apenas poucos minutos, porque a vantagem de dois gols incitou a Inter a uma represália quase imediata. No intervalo, os gigantes italianos já tinham empatado o jogo. No final, a Inter já tinha invertido a situação, vencendo por 4 a 2, com dois gols do implacavelmente enérgico argentino Esteban Cambiasso, e dois do ocasionalmente refinado sueco Zlatan Ibrahimovic.
Ainda assim, mesmo em uma noite que confirmou o Manchester United e o Arsenal como os dois primeiros times a se garantirem nas oitavas-de-final, o destaque de Jo estabelece a agenda para os jovens na Liga dos Campeões.
Ele é alto. Ele é esguio. Ele vem de São Paulo. Ele parece à vontade jogando futebol com a cabeça, com o pé esquerdo e com o direito. Com apenas 20 anos, ele poderá vir a ser um Ronaldo, um verdadeiro centroavante, sem medo de chutar a gol de qualquer ângulo, absolutamente ciente de seu toque e dos espaços que até mesmo os melhores zagueiros deixam.
Uma fração de segundo é tudo o que é preciso para um jovem que não hesita e não precisa decidir se chuta com um pé ou o outro.
O Brasil também já o convocou para todas as categorias, das de base até a principal, onde estreou contra a Turquia, em junho.
A transferência do Corinthians de São Paulo para o CSKA em Moscou pareceu tranqüila, com Jo marcando 14 vezes em seus primeiros 18 jogos na Rússia.
Na quarta-feira, assim como na primeira partida contra a Inter há duas semanas, ele marcou. Seu gol ocorreu depois de uma troca de passes com Love, e então um arremate com o pé esquerdo da entrada da grande área sem que Júlio César pudesse impedir. O goleiro também é brasileiro.
Quando Love driblou e se virou para marcar o segundo gol em seu conterrâneo, parecia que aquele seria um resultado que sacudiria o futebol europeu.
"Eu acho que os dois gols nos acordaram", disse Roberto Mancini, o técnico da Inter. "Não havia muitos torcedores nesta noite e não estávamos com o foco mental apropriado. Felizmente, meus jogadores se saíram muito bem na rápida recuperação e se transformou em um jogo bonito."
O próprio Mancini corrigiu a postura tática do time, passando de três defensores para um sistema mais sólido com quatro. Seus jogadores responderam, com Ibrahimovic e Cambiasso marcando dois gols em dois minutos.
No segundo tempo, que Jo perdeu, machucado, tanto Cambiasso quanto Ibrahimovic marcaram de novo.
O último gol, uma jogada instintiva e um belo chute de fora da área no canto superior da rede por Ibrahimovic, fez lembrar Marco van Basten na melhor forma.
"Parabéns à Inter", disse o técnico do CSKA, Valeri Gazzaev. "Nós perdemos alguns jogadores por contusão, mas a experiência da Inter fez a diferença. Ela confirma o que eu disse sobre o futebol italiano -ele é campeão do mundo e campeão da Liga dos Campeões por um motivo."
O sábio Gazzaev possivelmente conta com um campeão em suas mãos, Jo, e sem dúvida sabe mais do que nós para onde seguirá o jovem brasileiro. Poderia ser o Chelsea, a equipe londrina com a qual compartilha o benfeitor, o bilionário Roman Abramovich? Será que Jo está sendo preparado para a liga inglesa, caso o atacante marfinense Didier Drogba cumpra a ameaça de deixar a equipe na primeira oportunidade?
A Liga dos Campeões é uma vitrine no momento para todos os talentos, e alguns dos jovens mais brilhantes, Lionel Messi e Wayne Rooney, falaram nesta semana do tédio e frustração de jogar contra adversários assustados demais com a habilidade deles a ponto de praticarem o "antifutebol".
Eles são jovens demais para saber que nos anos 60, Helenio Herrera, o técnico da Inter de Milão, organizava as táticas sufocantes que se entranharam tão profundamente na alma italiana que uma geração de técnicos ainda o copia, ou tenta.
Messi se queixava sobre o Glasgow Rangers, mas o parceiro de Ronaldinho riu por último na quarta-feira. Messi armou o primeiro gol do Barcelona para Thierry Henry, marcou o segundo e estabeleceu rapidamente a vitória de 2 a 0 contra o time escocês.
O Rangers não se aventurou, não se desculpou e nem fingiu que existia no mesmo patamar que o Barcelona. Sua meta era destruir, de forma impura e simples.
Há muito disso na Liga dos Campeões. Michel Platini, o francês que nunca se curvou a ninguém como jogador, busca expandir o torneio para contar com ainda mais clubes de ligas menos ricas, mas sua preocupação deveria ser o fato de que o Barcelona, Real Madrid, os milaneses, o Manchester United e alguns poucos outros estão em uma liga própria.
Como os Rangers em Camp Nou, os ucranianos do Dínamo Kiev foram a Old Trafford com nada em mente a não ser se defenderem. Não funcionou porque o United, apesar de ter poupado jogadores importantes, venceu facilmente por 4 a 0, e apesar do reconhecimento de Rooney de que mais parecia um jogo treino, ele se juntou a Carlos Tevez, Gerard Pique e Cristiano Ronaldo na marcação dos gols.
Os clubes ingleses, espanhóis e italianos dominam o cenário europeu. Os alemães têm dificuldade para competir no mesmo nível, com Schalke, Werder Bremen e Stuttgart eliminados na primeira fase.
Mas os franceses, pelo menos o Lyon, conseguiram continuar na luta. A busca por diamantes brutos no exterior é inevitável após uma venda por alto lucro, mas agora há um novo caminho.
Ele vem das categorias de base, dos jovens sendo preparados pelo Lyon para preencherem as lacunas deixadas pelas vendas. Dois em particular, Hatem Ben Arfa e Karim Benzema, foram promovidos, para o Lyon e para a França.
Ben Arfa, 20 anos, é descendente de tunisianos. Benzema, 19 anos, é argelino. Eles são a geração pós-Zinedine Zidane, seguindo seus passos, sem dúvida inspirados por ele mesmo antes de saberem.
Na quarta-feira, foi a vez de Ben Arfa se transformar em herói. Ele marcou dois na vitória em casa do Lyon por 4 a 2 contra o Stuttgart, e falou como um veterano.
"Nós começamos a acreditar e nos assustamos", ele disse. "Tivemos dificuldades quando o jogo estava em nossas mãos e permitimos que marcassem."
"No futuro, temos que apagar os erros que vimos nesta noite." Palavras bastante ponderadas para alguém tão jovem. Ben Arfa disse ficar contente com seus gols, mas a glória é da equipe. E quer que os jogadores de sua defesa entrem em forma.
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
A Taça
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Ainda sobre o(s) Penta(s)
Por cortesia, o São Paulo deveria receber o troféu entregue pela CBF e o repassar ao Flamengo. A cortsia ficaria completa se o Mengão fizesse uma cópia idêntica e a entregasse ao Tricolor Paulista.
Mas isso só aconteceria na imaginação de alguns - eu incluso.
Por isso é que esse negócio não vai acabar bem. Segue abaixo o mais novo(?) capítulo. Foi recebido por mim, por e-mail. Da sempre competente Marilene Dabus, assessora de imprnsa do Flamengo. É datado de 31 de outubro. Devido ao feriado só vai ao ar, aqui, hoje.
Rio de Janeiro, 31 de outubro de 2007.
Excelentíssimo Senhor
Presidente do São Paulo Futebol Clube
Fax nº (11) 3749-8000
CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO, pessoa jurídica de direito privado, devidamente inscrita no C.N.P.J.(MF) sob o n.º 33.649.575/0001-99, estabelecida na Rua Borges de Medeiros, n° 997, Lagoa – Rio de Janeiro – RJ, através de seu diretor adiante firmado, vem, respeitosamente, promover a presente
NOTIFICAÇÃO
em face do SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE, pelas razões DE FATO adiante expostas:
Como é de conhecimento público, o campeonato nacional de futebol do ano de 1987 foi organizado pelo Clube dos Treze, e foi denominado “Copa União”.
Como sabe Vossa Excelência, melhor do que ninguém, já que a Presidência do Clube dos Treze era à época dos fatos exercida pelo então Presidente do São Paulo, Sr. Carlos Miguel Aidar, o Clube dos Treze, do qual faz parte o São Paulo Futebol, por unanimidade, reconheceu, e reconhece, que o Flamengo sagrou-se Campeão Brasileiro do ano de 1987, sendo o vencedor da Copa União (módulo verde do campeonato).
Na época dos fatos, o próprio Clube dos Treze decidiu não aceitar o cruzamento entre os vencedores dos módulos verde e amarelo proposto pela Confederação Brasileira de Futebol.
Diante disso, nenhum dos clubes membros do Clube dos Treze deverá aceitar receber o troféu de pentacampeão brasileiro, pois eles reconhecem o Flamengo como campeão de 1987 e legítimo primeiro pentacampeão brasileiro.
Por esta razão, apesar de saber que o presente procedimento não seria necessário, tendo em vista que Vossa Excelência é um homem honrado e autêntico cavalheiro, e diante do estreito relacionamento entre os clubes, o Clube de Regatas do Flamengo vem notificar o São Paulo Futebol Clube para que se abstenha de receber o troféu referente à conquista de cinco campeonatos brasileiros (troféu de pentacampeão brasileiro), ou, se o fizer, providencie a imediata entrega do referido troféu na Gávea, na Avenida Borges de Medeiros, nº 997, Rio de Janeiro, único local onde legitimamente poderá ser exibido.
Michel Asseff Filho
Diretor Jurídico do Futebol
Uma briga desnecessária. O Flamengo é Pentacampeão. Do mesmo jeito que o Vasco foi campeão no ano 2000, ano da Copa João Havelange. Mas, se o São Paulo receber o troféu das bolinhas que está na Caixa Econômica Federal e quiser ficar com ele, é seu direito. Não é problema do São Paulo se a CBF não reconhce o Flamengo campeão em 1987. Só passa a ser um problema ético, já que o São Paulo estava junto com o Flamengo na criação do Clube dos 13 e da Copa União. E o Juvenal Juvêncio, atual presidente do São Paulo, ratificou, como presidente do clube, em 1988, a conquista do Flamengo. Por que mudar de posição agora?
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
É Penta!!!
Título mais do que merecido. Não adianta falarem que é o pior campeonato da história, que está tudo nivelado por baixo. Não há desculpas capazes de desabonar um time que sofreu 13 gols em 34 jogos. É o time que abriu a maior vantagem para o segundo colocado e é também o time que será o campeão mais cedo, faltando 4 rodadas para o fim do campeonato. Como falar mal deste time?
Tudo bem que o time foi, em parte do campeonato, sonolento e irritante. Mas, na maior parte foi competitivo e, às vezes, brilhante, como nas vitórias sobre Santos e Paraná no Morumbi. O time soube suportar como nenhum outro a pressão dos adversários. E bota pressão nisso. Botafogo, Grêmio, Palmeiras, Vasco e mesmo contra o Sport, o São Paulo foi muito pressionado. Mas saiu com vitória em todos os jogos. Muricy acabou com a tese de que para ganhar o campeonato basta vencer em casa e empatar fora. Tem que vencer em casa e fora. E ninguém fez ambas as coisas tão bem quanto este São Paulo. Foram 11 vitórias em casa, 2 empates e 3 derrotas. Fora o time venceu 12 vezes. O segundo time que mais venceu fora, o Cruzeiro, conseguiu 7 vitórias. Um abismo que traduz o porque de o time ser campeão tão cedo, de ter aberto uma vantagem tão grande para os rivais.
Parabéns Tricolor!
OBS.: O blog pára no feriado. Atualizações só na segunda.
Abraços
terça-feira, 30 de outubro de 2007
Para onde vai a Taça II?
Para onde vai a Taça?
Com o iminente penta Tricolor, se estabeleceu a Polêmica, quem vai ficar com a Taça?
Para entender ao caso, recorro ao melhor jornalista esportivo da atualidade, Paulo Vinícius Coelho. Com a palavra, PVC:
A história começa em 1986.
Até aquele ano, os campeonatos estaduais eram classificatórios para o Brasileiro. Os seis primeiros de São Paulo, os cinco primeiros do Rio, os dois melhores do Mineiro, do Gaúcho, do Pernambucano, os campeões estaduais de outros estados se classificavam.
Assim, entre 1980 e 1986, o Brasileirão teve 40 clubes na primeira divisão (Taça de Ouro, Copa Brasil) e quatro que se classificavam do torneio de acesso (Taça de Prata, Torneio Paralelo, nome oferecido em 1986).
Em 1986, a CBF prometeu mudar o sistema e criar, para 1987, a Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro. Os 24 melhores de 1986 formariam a Série A do ano seguinte.
Terminado o campeonato, a CBF mudou de idéia. Primeiro, afirmou que não tinha condição financeira de promover o torneio. Foi quando os grandes se rebelaram e fizeram o movimento que criou o Clube Dos Treze. Os fundadores (Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Grêmio, Internacional, Atlético Mineiro, Cruzeiro e Bahia) anunciaram que disputariam um campeonato próprio, organizado por eles mesmos.
A CBF, então, se mobilizou e anunciou que faria o campeonato com 40 clubes. Os grandes fizeram uma composição com a CBF, mas criaram a Copa União, com a participação, também, de Santa Cruz, Goiás e Coritiba. A CBF criou o regulamento, que previa o cruzamento de campeão e vice do Módulo Verde (Copa União) com campeão e vice do Módulo amarelo (a suposta segunda divisão).
O Clube dos 13 dizia que não disputaria o cruzamento, a CBF dizia que haveria o cruzamento. Nesse ínterim, o Brasil inteiro assistiu à Copa União como o Campeonato Brasileiro, sem dar muita atenção ao que aconteceria no final do ano. A TV Globo transmitia para o Brasil inteiro, um jogo por rodada sorteado quinze minutos antes da partida começar, às 17h do domingo. Pernambuco também vivia assim, porque acompanhava o Santa Cruz no torneio.
E assim o Flamengo venceu o Brasileirão, a Copa União, em 13 de dezembro de 1987. No mesmo dia, o presidente do Flamengo, Márcio Braga, um dos líderes da criação do Clube dos Treze, reafirmou que não haveria cruzamento.
Enquanto isso, no mesmo dia, Guarani e Sport se classificaram para a decisão do Módulo Amarelo, decidido nos pênaltis. O empate persistiu tanto que ao chegar aos 11 x 11, nas cobranças de pênalti, os dois presidentes decidiram que o torneio terminaria empatado. Sport e Guarani foram proclamados campeões empatados do Módulo Amarelo pela CBF. Tinham a perspectiva de disputar o cruzamento com Inter e Flamengo.
No início de 1988, a CBF fez a tabela. Sport e Guarani entravam em campo nas partidas marcadas contra Inter e Flamengo. Sem adversário, eram proclamados vencedores por W.O. Na decisão do “Campeonato Brasileiro”, o Sport enfrentou o Guarani, empatou o jogo de ida por 1 x 1, em Campinas, venceu no Recife por 1 x 0, gol do zagueiro Marco Antônio. A CBF proclamou o Sport campeão brasileiro de 1987.
Agora vai minha opinião:
Flamengo campeão legítimo de 1987, porque o Brasil inteiro acompanhou a Copa União como o Campeonato Brasileiro.
O Sport não pode ser descartado, porque é oficial.
E eu preciso contar a história inteira. Por isso, embora eu julgue o Flamengo o campeão legítimo, quando me perguntam, digo: Flamengo e Sport são campeões de 1987. É o único jeito de alimentar a curiosidade e contar a história inteira, como todo mundo merece saber.
-----------------
sábado, 27 de outubro de 2007
Mar de Lama cobre todos os esportes
Depois Tim Donaghy, da NBA, deve ter pensado: - porque eu preciso de intermediário?
Ele mesmo apostava nos jogos nos quais apitava. E fazia os resultados.
Agora a onda da fabricação de resultados chegou ao tênis.
A vitória de Guga sobre o italiano Filippo Volandri está sendo investigada. Guga vinha de uma grande inatividade e de 4 derrotas seguidas. Era o 1076º do mundo. Volandri ocupava a 44ª posição. Guga venceu por 6-3 e 6-1. Volandri reclamou de dores no ombro. Guga diz que é importante ter as investigações.
- É importante haver uma boa investigação, não só no tênis, mas em todos os esportes, em que há uma lacuna muito grande para os mais interessados se aproveitarem. Este problema tem que ser resolvido rápido, para não correr o risco de manchar o nome do esporte -, afirmou o tenista brasileiro.
Outro jogador que está sendo investigado é o russo Nikolay Davydenko. Aliás, toda a investigação - 140 partidas estão sendo analisadas - começou por causa de uma partida de Davydenko. Em agosto ele perdeu para o argentino Martin Vassalo Arguello no Torneio de Sopot, na Polônia, em agosto deste ano. O russo desistiu da partida e uma casa de apostas divulgou que recebeu 10 vezes mais requisições a favor do vencedor.
Nesta sexta, o russo foi multado em 2 mil dólares "por não ter se esforçado o suficiente" na partida em que foi derrotado pelo croata Marin Cilic, por 2 sets a 1, em São Petersburgo.
No primeiro set o russo fez 6-1. A partir daí o que se viu foi uma coleção de erros não-forçados e duplas faltas cometidos por Davydenko. No segundo perdeu por 7-5. E perdeu por 6-1 no terceiro set.
Davydenko chegou a tomar uma bronca do juiz de cadeira, Jean-Philippe Dercq, que chamou sua atenção pela suposta falta de atitude do russo. Davydenko se justificou.
- Quando cometi uma dupla falta e perdi um game no terceiro set, o juiz me avisou sobre o meu mal comportamento dentro de quadra, como se eu estivesse entregando o jogo. Como pode o juiz saber o que eu estava tentando fazer? Eu fiquei tão chateado com tudo aquilo que comecei a chorar -, disse o número 4 do ranking mundial.
A ATP, Associação de Tenistas Profssionais - divulgou nota oficial sobre o ocorrido.
- Nikolay Davydenko foi multado em 2.000 dólares pela falta de esforço máximo em seu jogo da segunda rodada contra Marin Cilic - disse em comunicado.
Como se não bastassem todas essas suspeitas, o escocês Andy Murray se encarregou de dar mais um motivo para que as investigaçãoes continuem.
- Todo o mundo sabe que, no tênis, se combinam partidas -, disse o escocês que desmentiu as declarações pouco depois.
No Aberto da Austrália desse ano, especula-se que os jogadores estvam sendo aliciados com propostas de 50 mil dólares para entregarem seus jogos.
E há ainda o caso do quarterback do Atlanta Falcons, Michael Vick. O atleta está suspenso pela NFL e pode pegar 6 anos de prisão, além de pagar uma multa de 350 mil dólares, por causa da rinha de cachorros que ele mantinha em sua casa na Virgínia.
Os cachorros derrotados nas rinhas eram mortos de diferentes maneiras: afogados, eletrocutados, enforcados, ou simplesmente com tiros.
A casa de Vick: Rinha e assassinato de
cachorros podem levar o talentoso quarterback
para a cadeia.
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
O inescrupuloso jogo do poder
Na avaliação, os inspetores praticamente descartaram 6 cidades: Florianópolis, Maceió, Natal, Rio Branco, Campo Grande e Cuiabá aparecem como municípios que hoje não têm capacidade de serem cidades-sedes. A FIFA justifica dizendo que as seis consideradas inadequadas têm o fato de apresentar o ônibus como principal meio de transporte e a ausência de linhas de metrô.
Até aí, tudo bem. O metrô é essencial para se locomover. Mas o problema está no seguinte trecho do relatório: - Concorrentes que não receberam nenhuma restrição também apresentam as linhas de ônibus como principal meio de locomoção, como Belém e Manaus.
E aí vem o inescrupuloso jogo do poder, em Brasília. A frase ficou a cargo da senadora Ideli Salvatti (PT-SC).
- Será que teremos de apoiar a CPMI de Corinthians e MSI para que expliquem em Brasília a escolha das cidades?, disse a nobre parlamentar.
Como assim? Então ela, que não assinou o pedido de instauração da CPMI Corinthians/MSI está ameaçando assinar só para saber o critério para a escolhas das cidades-sede do mundial de 2014?
É brincadeira!
Senadora, a assinatura para a abertura da CPMI tem que ser feita em benefício do futebol brasileiro, não por picuinhas. A CPMI será, com certeza, uma iniciativa louvável do senado e da câmara, para apurar a lavandeira Brasil de jogadores, dirigentes, clubes e federações.
Lamentável.
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
Preparando o terreno
É de se admirar que o presidente que reergueu o Inter, se valendo da estabilidade dos pontos corridos, fale isso.
Se querem mata-mata, que alonguem a Copa do Brasil, para que ela seja disputada o ano inteiro.
Existe campeonato e existe copa. Um é imprescindível para o outro. E ambos são imprescindíveis para que os clubes brasileiros tenham planejamento, virem profissionais e possam competir com o mercado de fora.
Mas é compreensível. O Clube dos 13 atende, na maioria das vezes, os interesses globais. E os globais querem mata-mata. Não querem um campeonato forte com times fortes. Querem que os clubes continuem sendo dependentes do dinheiro da televisão.
terça-feira, 23 de outubro de 2007
Cobra comendo cobra
A nike, agora, dá o troco.
Por 285 milhões de libras esterlinas ou 1,054 bilhão de reais, ela comprou a Umbro.
Tudo para desbancar a Adidas do topo quando o assunto é futebol. A marca alemã é a líder no quesito.
A Nike quer o trono até a Copa do Mundo de 2010, que tem a Adidas como patrocinadora oficial.
É cobra comendo cobra!
domingo, 21 de outubro de 2007
Lamentável
Desse jogo é a imagem abaixo:
Precisa de tradução? É a torcida da Lazio fazendo a saudação fascista de Benito Mussolini.
O jogo? Bem, ficou 1 x 0 para a Lazio. Após o jogo, a torcida do Livorno, inconformada com o time - último colocado, com 2 pontos -, e inconformada com a derrota para a Lazio, sua maior inimiga, invadiu o campo e tentou invadir o vestiário do time. Foi impedida pela polícia.
No blog do Birner - a cada dia melhor - uma excelente matéria de Xico Malta, explicando toda a animosidade existente entre os times. Essencial para entender o caso. A matéria está aqui.
sábado, 20 de outubro de 2007
E o Real também perdeu
Para Ronaldinho, já apareceu mais uma proposta, desta vez do Manchester United. Parece mais certo a cada dia que Ronaldinho vai deixar o Barcelona. Neste caso, uma punição pode ser o elemento que falta para que a transferência ocorra.
Do lado Merengue, Robinho e Júlio Baptista também devem ser punidos. O alemão Bernd Schuster, técnico do Real, já acenou com essa possibilidade.
Bob Fernandes
Trabalhou em conjunto com Juca Kfouri no recente caso Corinthians-MSi, onde ambos revelaram o conteúdo dos grampos feitos pela Polícia Federal. Um banho jornalístico.
Bob foi entrevistado na última quinta por Juca, no excelente Juca Entrevista, da ESPN.
E soltou uma ótima frase sobre dois dos assuntos mais em voga do cotidiano nacional: política e futebol.
- O futebol está alguns degraus abixo da política. As pessoas falam da política, mas a política está em um processo, processo lento, gardual, mas seguro, de apuração. Já tivemos um presidente deposto por impeachment, senadores foram cassados. No futebol não acontece nada. Ou o poderoso leva, ou os caras ficam aí até o final. Não saem, não entregam, fazem o que querem e o que não querem. [...] o futebol está um ou dois estágios abaixo (da política). - Falou Bob.
Bob nasceu em Barretos e morou por bastante tempo em Bragança Paulista. Lá jogou por 3 ou 4 anos, nas palvras do mesmo, no Bragantino. Tinha o apelido de Barretinho. Era centroavante. Lá em Bragança, antes de se mudar para a Bahia, onde cursou faculdade de jornalismo, conheceu Nabi Abi Chedid. E é dessa éoca uma das melhores histórias contadas no programa.
- Lá eu tive um Phd sobre isso (falcatruas no futebol). Um dia vi uma portinha no fundo do nosso vestiário. Perguntei ao Floriano, o nosso técnico, para que era aquela portinha. Ah, isso aqui, ele disse, é para quando o jogo está difícil. Mas por quê?, perguntei. - O vestiário do árbitro é ao lado dessa passagem. Quando o jogo está difícil, o Nabi vai por ali.
* A entrevista de Bob Fernandes ao Juca Entrevista vocês podem encontrar no Blog do Paulinho, que coloca todos os progrmas no YouTube. O link para o Blog do Paulinho vocês encontram ao lado.
Ainda sobre baladas, seleções e clubes
Marcos senna marcou dois gols para o Submarino Amarelo.
E o Real, sem Robinho e Júlio Baptista, vai perdendo do Espanyol, também fora de casa. O jogo está com 25 minutos do primeiro tempo.
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
Brasil deja a los 'grandes' sin Robinho y Ronaldinho
Será que tem alguma coisa a ver com essa notícia da Folha Online de hoje:
Após vitória sobre o Equador, jogadores da seleção fazem balada de 8 horas
SÉRGIO TORRES
da Folha de S.Paulo, no Rio de Janeiro
Após a goleada sobre o Equador pelas eliminatórias da Copa 2010, por 5 a 0, na quarta-feira, jogadores da seleção brasileira comemoraram por até oito horas em festa em casa noturna na Barra da Tijuca, com 300 convidados.
Antes da partida, Ronaldinho, Robinho e Vágner Love já tinham alugado a boate The Cat Walk, por R$ 20 mil, na Barra, zona oeste do Rio. O valor incluía comida e som.
Os atletas começaram a chegar ao local por volta das 2 horas da madrugada. Antes, tinham passado por camarote no Maracanã, em evento social. Na boate, a comemoração só acabou no final da manhã , a contragosto dos jogadores, que queriam continuá-la.
Aos músicos, DJs e técnicos do som que permaneceram desde às 17h de quarta à disposição dos organizadores da festa Ronaldinho pediu, às 10h30, que eles continuassem trabalhando até o meio da tarde. O craque justificou a razão: como seu vôo para Barcelona só partiria às 18h, ele gostaria de ir direto da boate para o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro.
Exaustos, os profissionais recusaram-se e desligaram a aparelhagem, o que gerou reclamações de Ronaldinho, Vágner Love e das dezenas de pessoas que ainda balançavam na pista da casa noturna.
Até sambistas disseram a eles que tinham que ir embora, porque à noite fariam um show com o pagodeiro Belo, em liberdade condicional após condenação por tráfico de cocaína.
Ronaldinho e Vágner Love, para não serem flagrados pelos fotógrafos, deixaram a boate cobertos por um pano preto no trajeto até o carro que os aguardava. Eram 11h de ontem. Robinho tinha saído mais cedo. Ele foi fotografado por sites especializados em celebridades.
A festa teve a participação de artistas do samba, do pagode e do funk, convidados especialmente pelo trio de atletas festeiros. Entre eles, integrantes do Exaltasamba, Fundo de Quintal, Kiloucura e Os Morenos. O sambista Dudu Nobre também cantou. O cantor Latino esteve na festa, mas não subiu ao palco.
Um dos pontos altos da noitada foi a interpretação de músicas funk por Vágner Love. O atacante acompanhou o DJ Tralha, um dos especialistas no gênero. Requebrou as coreografias funk, enquanto bebia cerveja, a bebida também ingerida por Robinho. Ronaldinho preferiu uísque.
Também estiveram na boate outros jogadores da seleção do treinador Dunga, como Josué, Júlio Batista, Daniel Alves e Alex Silva. Todos subiram ao palco durante a festa para cantar com os pagodeiros. Até o atacante Somália (Fluminense), de muletas após cirurgia grave no joelho, esteve na boate para se juntas aos colegas.
Todos têm jogos no final de semana por seus times. Robinho joga pelo Real Madrid, no sábado. Ronaldinho enfrenta o Villarreal, no mesmo dia.
A The Cat Walk esteve envolvida em um escândalo em julho. Um de seus sócios, o empresário iraniano Jafar Hajebrahim, foi preso pela Interpol. Ele havia sido condenado na Inglaterra a 14 anos de prisão, por tráfico de cocaína.
O assessor de imprensa da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Rodrigo Paiva, disse que não sabia da festa e que a entidade não faria comentários a respeito. "Cada um faz o que quer, cada um cuida da sua vida", afirmou.
------------------------Pelo jeito foi uma "senhora" balada. Quem não gostaria de se "jogar" em uma balada dessas?
Só lembrando que, eles são livres para fazer o que quiserem. Mas quando a vida pessoal passa a inteferir na vida profissional - que é claramente o que aconteceu neste caso - vira notícia.
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Pesquisa
E a pesquisa da Placar:
Flamengo: 15,34%
Corinthians: 14,83%
São Paulo: 11,89%
Palmeiras: 8,58%
Vasco: 4,47%
Santos: 3,80%
Cruzeiro: 3,38%
Atlético-MG: 3,04%
Botafogo: 2,12%
Fluminense: 1,66%
Grêmio: 1,19%
Bahia: 0,77%
Sport: 0,70%
Atlético-PR: 0,62%
Vitória: 0,57%
Internacional: 0,55%
Goiás: 0,38%
Coritiba: 0,35%
Santa Cruz: 0,27%
Náutico: 0,22%
Paraná: 0,09%
Outros: 25,19%
Agora, me digam uma coisa: Será que o Eurico Miranda está preocupado de ver o Vasco despencar da 3ª para a 5ª posição em 15 anos? Algo me diz que ele não está nem aí!
terça-feira, 16 de outubro de 2007
O Vídeo da discussão
O pior é a desfaçatez do Dunga, como se só ele importasse ali. Como que dizendo que é o maioral.
Pobre Dunga, só não cairá no esquecimento por ter levantado a copa do mundo em 1994.
*Créditos do vídeo para o Terra TV
Escola Luxemburgo Leão de respostas cretinas à imprensa
Cícero fez uma pergunta um pouco mais planejada, como é de seu costume, questionando se o Brasil vai se satisfazer com empates quando joga fora de acsa, mesmo como adversários mais fracos, como a Colômbia, que não foi às duas últimas copas de mundo. Pronto, bastou para o Zangado se enervar.
"A seleção sempre joga para vencer. Gostaria que nas próximas vezes que você fizesse uma pergunta, fosse mais curta, não fizesse um monólogo todo para me irritar". Além de ser mal-educado, quis ensinar jornalismo ao Cícero. Ou seja, aprendeu direitinho na escola de Luxemburgo e de Leão.
O repórter disse que não tinha a intenção de irritá-lo, mas interpelou o técnico para saber se ele queria definir o tamanho da pergunta. Dunga ironizou: "Não, só para eu poder entender bem, porque não tenho a capacidade da sua inteligência." Até que enfim ele disse uma verdade. Até porque o Cícero é totalmente independente, trabalha em uma emissora independente, que não se curva para interesses escusos. Será que o Dunga pode falar o mesmo?
Os dois já tinham tido outro atrito. Cícero perguntou sobre Pato, e sobre a posição de comandante do ataque, de longe, a que mais preocupa na seleção. Cícero citou que Júlio Baptista atuou adiantado, e Dunga retrucou: "Tu cometeu (sic) um equívoco, Júlio Baptista não é centroavante. [Mello tentou justificar e Dunga prosseguiu]. Se tu me desse licença e tivesse educação de me ouvir como te ouvi...."
O assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva, interveio para amenizar os ânimos. Disse: "calma gente, estamos no Rio, de frente para a praia...."
Então quer dizer que se estivessêmos em Bogotá, poderia haver estresse, só porque lá não tem praia? Ou será porque é uma cidade muito violenta, Rodrigo esquece que o Rio também é uma cidade violentíssima.
Agora a pergunta que não quer calar: É Dunga ou é Zangado?
Racismo faz França tirar ponto de clube
Insultos racistas de seus torcedores a um jogador africano do time adversário custaram a perda de um ponto ao Bastia, da segunda divisão francesa.
A comissão de disciplina da LFP (Liga de Futebol Profissional) anunciou a punição ontem. "É a primeira vez que uma sanção desse tipo [perda de ponto] é aplicada a um clube por comportamento racista de seus torcedores", disse comunicado da liga.
Boubacar Kébé, atacante nascido em Burkina Faso e que defende o Libourne-Saint Seurin, foi expulso aos 35min do segundo tempo na derrota de sua equipe para o Bastia por 4 a 2, após ter feito gestos para os fãs corsos, que seriam da equipe oponente.
O jogador afirmou ter respondido a insultos. Segundo a LFP, o árbitro assistente registrou na súmula que Kébé foi alvo de racismo. A liga afirmou que o caso pode abrir jurisprudência futura. "[A decisão] Segue as recomendações da Fifa no combate ao racismo", disse a LFP na nota. O Bastia anunciou que irá recorrer.
--------------
Como seria ótimo se isso acontecesse em todo o mundo. Pena é o Bastia avisar que vai recorrer. Tem que punir os torcedores do clube, ao invés de apoiá-los - recorrer é mostrar para eles qeu o clube, indiretamente, os apóia.
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Essa é a CBF!
Dia dos professores
O Brasil não valoriza seus professores como deveria.
Jason Williams é armador do Miami Heat, da NBA. Joga, portanto, em uma das ligas de maior prestígio do mundo, dentre todos os esportes.
Em um All-Star Game - o Jogo das Estrelas - foi perguntado sobre a importância do que ele faz.
Saiu-se com essa: "gente, eu jogo uma bola dentro de uma cesta. Importante são os professores."
* A história foi contado por Marcelo Barreto no Troca de Passes de ontem, no canal SPORTV
Ligações Perigosas
"Os órgãos competentes já praticamente esmiuçaram os problemas [no Corinthians].
Não vejo a necessidade disso [CPI]"
Do presidente da Federação Paulista de Futebol, MARCO POLO DEL NERO, sobre a intenção do Congresso de instalar uma comissão para investigar o Corinthians
Ele é presidente da Federação e é também advogado de Andrés Sanchez nessas investigações. É muita ingenuidade pensar que ele gostaria de ver transparência no futebol mesmo.
Até quando esperar.....
Em circustâncias normais, empatar com a Colômbia, fora de casa e com altitude contra, é normal.
O que não é normal são as "desculpas prontas" utilizadas pelo pessoal da CBF, jogadores inclusos.
Altitude, cansaço, logística errada, tudo isso serviu de muleta, ops, de desculpa, no vestiário brasileiro.
Jogar mal faz parte. É do jogo, da vida. Ouvir sempre as mesmas coisas quando não jogam bem, isso já é um porre.
Assumam que jogaram mal. Fica mais bonito e mais transparente. Todos agradecem.
sábado, 13 de outubro de 2007
Mais uma vez os adversários ajudam o São Paulo
Teve chance de virar e se tornar o vice-líder, diminuindo assim a vantagem para o São Paulo. Mas não conseguiu.
O Santos continua em terceiro, mas vê a chegada, perigosa, do Grêmio, que venceu o Goiás, de virada, no Olímpico.
O Palmeiras saiu do G-4 e está na quinta posição.
Como disse Mano Menezes em recente entrevista ao Bate-Bola da ESPN Brasil: "a única disputa em aberto no campeonato é pelas vagas na Libertadores. O título não está em aberto".
Gol olímpico na Vila
No jogo das melhores defesas, só dois gols
Pois foi exatamente o que aconteceu. 1 x 1.
O primeiro tempo foi todo do Fluminense. O São Paulo, como nas recentes derrotas, entrou sonolento em campo. Fabiano era o goleiro Tricolor e Jackson jogava no lugar de Souza, machucado. Na esquerda, Júnior entrou no lugar do suspenso Richarlysson.
O time abusava da morosidade na troca de passes. Com jogadores muito distantes entre si, facilitava o trabalho de marcação do Flu que, quando roubava a bola, saía em velocidade com Thiago Neves, Alex Dias, Gabriel, Arouca e Somália.
Em uma dessas estocadas, Adriano Magrão foi derrubado por Fabiano. Pênalti que Thiago Neves cobrou no meio do gol. 1 x 0 Fluminense. O time carioca então se torna, até agora, no único time a fazer dois gols no São Paulo. Detalhe: os dois de pênalti.
O SãoPaulo continuava apático. Sua melhor chance aconteceu já no fim do primeiro tempo. DiegoTardelli cruzou para Leandro cabecear. Fernando Henrique fez bela defesa.
No segundo tempo, Muricy optou por colocar Fernando no lugar de Jackson, muito mal no jogo. Com isso Leandro foi para a ala. Em seu primeiro ataque, Jorge Wagner cobrou escanteio, Breno cabeceou e Fernando Henrique fez outra bela defesa. Mas André Dias pegou o rebote e marcou. 1 x 1.
O Flu sentiu o gol e o São Paulo ameaçou tomar conta do jogo. Mas dois acontecimentos fizeram com que o rumo da partida fosse outro. E os dois contaram com a participação do árbitro Ricardo Ribeiro.
No primeiro lance, Gabriel invadiu a área do São Paulo e se jogou. O árbitro - que estava encoberto por Hernanes - marcou a penalidade. Gabriel mesmo bateu e Fabiano fez grande defesa.
Pouco depois Aloísio fez falta em Arouca e recebeu cartão amarelo. Como já tinha um do primeiro tempo, foi expulso. Injustamente. O Fluminense esboçou partir para cima, mas foi bloqueado pela defesa do São Paulo.
O gol da Libertação Alvinegra
Desde 1954 o Corinthians não era campeão. O jejum incomodava. A Ponte incomodava ainda mais.
Tinha um time superior ao do Corinthians. Superior a ponto de vencer, por 2 x 1, o segundo jogo da final. No Morumbi. Carlos, Oscar, Polozzi, Dicá, Ruy Rey. Era um timaço.
Com a vitória da Ponte, veio o terceiro jogo. Veio a expulsão de Ruy Rey. Veio o gol de Basílio. Veio a libertação.
Abaixo o vídeo do gol, filmado pelo Canal 100, com a narração de Osmar Santos. De emocionar até quem não é corinthiano.
Ficha Técnica
Corinthians 1x0 Ponte Preta
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Data: 13/10/1977
Árbitro: Dulcídio Wanderley Boschíllia (SP)
Público e Renda: 86.677 pagantes/Cz$ 3.325.470,00
Cartões vermelhos: Rui Rei, Oscar (PON); Geraldão (COR)
Gol: Basílio, 36'/2ºT (1-0)
Corinthians: Tobias; Zé Maria, Moisés, Ademir e Wladimir; Russo, Luciano, Basílio e Vaguinho; Geraldão e Romeu. Técnico: Osvaldo Brandão
Ponte Preta: Carlos; Jair, Oscar, Polozzi e Angelo; Vanderlei, Marco Aurélio, Dicá e Lúcio; Rui Rei e Tuta (Parraga). Técnico: Zé Duarte