quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Ida de Ronaldo para o Milan é um bom negócio. Só falta saber para quem!


Ronaldo acertou sua transferência para o Milan. Por 7,5 milões de Euros ele volta à Itália mas, quem lucrou mais com a transferência?
Quem mais saiu ganhando foi o próprio Ronaldo. Afinal, ele não fez nada esse ano que justificasse uma transferência para o Milan.
Muitos têm dito que o Real não sabe fazer negócio, porque comprou o Ronaldo por 42,5 milhões e vendeu por 7,5. E que, por isso, saiu perdendo com a transferência de Ronaldo. Mas não se esqueçam das camisas. Só com as vendas das camisas com seu nome e número às costas, Ronaldo "se pagou" na primeira temporada. Ademais, há uma cláusula no contrato que, se o Milan conseguir ficar entre os 4 primeiros colocados no Campeonato Italiano (é atualmente o nono, três pontos atrás da quarta colocada, a Lazio) pagará mais 500 mil euros ao Real.
O Milan só sairá ganhando se mantiver Ricardo Oliveira. Se o emprestar ao Real, perde. Por mais que Ricardo esteja em má fase (problemas pessoais), ele é um ótimo jogador e pode jogar na Liga dos campeões, coisa que o Ronaldo não pode.
Em tempo, a foto aí em cima é de uma enquete no site do jornal espanhol Marca. A pergunta é se o Real fez certo ao vender o o Ronaldo. 56,32% dos votantes acham que não. Vai entender!

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Muricy e a dificuldade do São Paulo

Conversei com Muricy Ramalho na noite de ontem. Minha admiração por ele cresce cada vez mais. Ele tem se aprimorado muito taticamente e tecnicamente. E muito rápido.

Conversamos sobre o São Paulo. E uma frase que ele me disse e que me impressionou foi: "Com esse elenco, será muito difícil ganhar esse ano. Tanto Libertadores quanto Brasileiro. Precisamos de mais jogadores, no mínimo 25. Hoje temos 23 e 2 estão machucados." Quando eu lia isso, achava que era só uma forma dele pressionar a diretoria para contratar reforços. Ontem vi que ele tem certeza do que fala.

E listou alguns pontos:

O Josué está roubando muito mais bolas e fazendo mais faltas, estamos em janeiro e, daqui a pouco, os músculos dele irão estourar. Mas o São Paulo não precisa só de 1 volante, e sim de 2, 1 para a reserva. Esse time é mais leve que o do ano passado, mais técnico. Ele falou que o Tricolor foi atrás do Íbson (ex-Flamengo, atualmente no Porto), mas os portugueses nem abriram negociação. "Eu, o Tata e o Milton Cruz estamos correndo atrás de jogadores, mas está difícil achar."

O time não tem muitas opções para variar o jogo, tanto que teve que voltar a jogar no 3-5-2. "Qualquer lesão ou cartão nos atrapalha muito."

Sobre jogar com um losango no meio, formado por Josué, Souza, Júnior e Hugo, ele disse que é uma opção, mas que o Júnior não se sente muito bem ali.

Ele disse que, se até o dia 12 não vier ninguém, terá que subir alguém dos juniores. Perguntei sobre o Serginho, o jogador que mais me agradou no São Paulo e que, para mim, tem um estilo que se assemelha ao do Mineiro. Ele disse: É um bom volante, sabe marcar e sair para o jogo, tem uma chegada boa. Mas aí tem um problema, o garoto tem só 18 anos. E é meu trabalho pensar em como ele reagiria ao entrar no Morumbi com 70 mil para enfrentar o Boca pela Libertadores. Ele é bom jogador, mas foi bem na Copinha, na Copinha! Tenho que pensar assim, até para não queimá-lo."

Eu disse para ele que, acho que no Campeonato Brasileiro, ele terá um bom time, com tudo para ser campeão, e que o problema é a Libertadores, desejo de todos os são-paulinos como ele, e o Muricy foi enfático: "Com esse time, será díficil"!

A impressão que eu tenho é que, cedo ou tarde, ele vai arrumar o time. E que, para o Brasileiro, o time brigará diretamente pelo Penta. Mas a Libertadores não costuma perdoar atrasos na formação de times, ou seja, ele terá muito trabalho.

domingo, 28 de janeiro de 2007

Um domingo qualquer!


É nisso que estão se transformando os domingos de manhã para os admiradores do tênis. Tudo isso por causa desse cara aí, o Federer. Federer é um gênio. Não que a vitória de hoje tenha sido surpreendente, longe disso, foi uma vitória comum, como qualquer outra. E é isso que impressiona, porque, afinal de contas, não era um jogo qualquer, era só a final do Aberto da Austrália.
E ainda tem mais. Ele conseguiu com a vitória de 3 x 0 sobre o chileno Fernando González, algo que não era feito desde 1980, conseguiu vencer um Grand Slam em perder nenhum set. Ele é só o 4º jogador na Era Moderna do Tênis ao conseguir isso (os outros são Bjorn Borg, Ilie Nastase e Ken Rosewall), para se ter uma idéia do quão difícil é esse feito.
E ele baterá outro recorde, o de maior números de semanas consecutivas na liderança do ranking. O atual detentor é o americano Jimmy Connors, que ficou 160 semanas seguidas como número 1. Federer vai passá-lo no fim de fevereiro. Passando e ampliando. Ele está na liderança do ranking desde 2 de fevereiro de 2004.
Federer está com 25 anos e tem 10 títulos de Grand Slam. Ele completará 26 anos em agosto, ou seja, até seu aniversário, é provável que dispute mais 2 Grand Slam, Roland garros e Wimbledon.
Apesar de não ser o maior especialista no saibro (Rafael Nadal que é), Federer só perdeu os dois últimos torneios para Nadal. E, neste ano, ele parece muito mais focado para duas coisas, Ganhar Wimbledon pela 5ª vez seguida, igualando assim Bjorn Borg e ganhar o Grand Slam (vencer os quatro torneios no mesmo ano).
Se obtiver esse feito, chegará no seu aniversário de 26 anos com 12 Grand Slam conquistados. Só para efeito de comparação, Pete Sampras, o recordista em títulos do Grand Slam com 14, tinha 8 títulos com os mesmos 25 anos e só conseguiu o 14º aos 31 anos. O que estamos vendo é a história sendo (re)escrita.
Por isso, daqui a alguns anos, poderemos falar: "eu vi o Roger Federer jogar!"

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

A Copinha volta a revelar!

Há muito tempo a Copa São Paulo não vinha revelando bons jogadores. Talvez o último tenha sido o Rosinei, mas que não era destaque no time do Corinthians. O destaque era o Bobô.

Parece que este ano a escrita foi quebrada. A única surpresa foi o São Bernardo, e também revelou um bom jogador, Rafinha, artilheiro da copinha com 10 gols.

A final foi disputada por Cruzeiro e São Paulo, com o s dois times em um ótimo nível. O São Paulo começou o jogo melhor, marcando por pressão a defesa mineira, para evitar que o Cruzeiro fizesse um gol antes dos 15, coisa que aconteceu em todos os jogos de mata-mata da equipe.

O São Paulo teve uma oportunidade com Jacson, que foi travado duas vezes dentro da área. O Tricolor atacava mais pela direita, onde Jacson batia de frente com Anderson, um dos destaques do Cruzeiro. Na esquerda o técnico cruzeirense fez um bloqueio para parar o lateral-esquerdo tricolor Kazumba. O Cruzeiro só acordou aos 16 minutos, quando Jonathas cabeceou para boa defesa de Jorge Miguel. A jogada aérea mineira daria trabalho ao São Paulo por mais duas vezes no primeiro tempo, ambas com Jonathas.

Aí o Cruzeiro já dominava as ações do jogo. Com isso, chegou ao gol. Aos 33, Anderson, o lateral-esquerdo destaque do Cruzeiro, tocou para Carlos Magno, que devolveu de calcanhar para ele acertar um lindo chute cruzado, indefensável para Jorge Miguel. Foi o quarto gol de Anderson na competição, todos belos. E ele chegou a fazer testes no São Paulo, mas não foi aproveitado.

O São Paulo sentia a falta de Ségio Mota, o articulador, suspenso da final. Vizoli preferiu colocar Alan em seu lugar, mas ele pouco produzia.

Na volta do intervalo, pensei que ele colocari a o Léo Gonçalves, jogador com uma característica mais ofensiva. Ele preferiu coltar com o mesmo time e, aos 3, Thiago empatou após boa jogada de Eric.

Aí o São Paulo foi para cima e passou a ter um volume de jogo muito maior que o Cruzeiro. Alan perdeu um gol incrível. O São Paulo dominava o jogo, ma não conseguia marcar.

Com isso o jogo fo para os pênaltis. Todos acertaram na primeira séria. Bruno César perdeu o sexto pênalti e Paulinho garantiu o título inédito, e merecido, para o Cruzeiro.

Do time do Cruzeiro, Guilherme e Anderson devem subir para o profissional. Não para serem titulares já, mas têm que serem aproveitados.

No São Paulo, o Serginho foi o que mais me agradou. Marca forte, rouba muitas bolas e chega na frente com bastante vigor. Lembrou alguém? Não, não façamos comparações, principalmete com um ídolo tão marcante da história recente do São Paulo. Mas ele pde ser aproveitado por Muricy.

Luan, o outro volante, também é bom e deve ter chance. Sérgio Mota e Léo Gonçalves têm que serem observados com carinho. O zagueiro Breno, tão endeusado no Morumbi, precisa saber que ele joga nos juniores ainda. Hoje fez uma boa partida, mas em outros jogos deixou a modéstia de lado e quase entregou alguns gols bobos. Talvez seja porque alguns conselheiros tricolores já andaram falando por aí que ele é craque. Tem que tomar cuidado. Nessa idade, para cair no esquecimento é muito fácil.

Dos outros times, o São Bernardo revelou Rafinha (outro que passou pelo São Palo mas não foi aproveitado) e o atacante Tchuk, uma espécie de Leandro (atacante do São Paulo).

O Atlético Paranaense revelou um excelente goleiro, João Carlos e um bom atacante, Fernado Mineiro, que fez um golaço na semi-final contra o São Paulo.

No Corinthians, Alisson e Lulinha e o meia/lateral-esquerdo Everton se destacaram. Mas o time jogou com equipes muito fracas e, quando pegou um time forte, o Cruzeiro, foi eliminado. Leão já está de olho em Everton para a lateral do time principal.

Até que enfim a copinha voltou a revelar. Que continue assim!

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Enfim, futebol!

Não, não me venham com a história de que já tinha futebol rolando com a Copa São Paulo, nem com a estréia dos campeonatos baiano, pernambucano, cearense e outros. Nem mesmo os campeonatos internacionais. Hoje começou o futebol no Brasil.

Começou o campeonato paulista, o melhor (?!) campeonato estadual do país. Mas, me digam, tem alguma vantagem ser o melhor dos piores? Deveria ser assim: campeonato paulista, o menos pior de todos os estaduais.

A tempos o paulistão (nome perfeitamente cabível, mas não pela qualidade do torneio e sim pelo seu inchaço) não agrada. São muitos times e pouco tempo de preparo. O resultado: partidas de baixo nível técnico. Santos e Barueri foi uma mostra disso.

O torneio, para ser viável, teria que ter menos times. Metade dos atuais 20 estava de bom tamanho, como no Rio por exemplo. Lá, devido a quantidade reduzida de times, se tem clássico em quase todos os fins de semana.

E, esse ano, ainda tem um agravante. Mais duas datas do calendário futebolístico nacional foram disponibilizadas para o paulistão só para acomodar as finais do campeonato, a menina dos olhos da Rede Globo e da maioria dos cartolas.

Com tudo isso, o melhor a fazer para os técnicos que estão desempregados, é esperar. Devido ao pouco tempo de trabalho, os times começam o campeonato em um ritmo lento, mas os cartolas, sempre imediatistas, querem resultados já, ou seja, despedem os técnicos e contratam outros.

Esse ano, a coisa pode ser diferente já que os times não lutam pela primeira posição, lutam para estar entrte os quatro, o resto é lucro. E, estando entre os quatro, é tudo do zero, com semifinal e final.

Ou seja, o que já era obsoleto, ficou pior. Planejamento para quê, se só precisamos estar entre os 4?