Empatar fora de casa, não é de todo ruim. O problema estácom quem se empata. Empatar com o Peru, mesmo que fora de casa, hoje em dia, é um péssimo resultado. Um empate com os peruanos só seria considerado bom se o Brasil saísse perdendo por 2, 3 a 0, e conseguisse o empate no final.
Não foi o que aconteceu. Dunga treinou na Granja Comary marcação por pressão dos atacantes na saída de bola. Não aconteceu contra o Peru. O Brasil mais uma vez dependeu do brilho individual - contra o Peru brilharam Kaká e Juan - para conseguir o empate. Se formos pensar que o Peru não tinha feito gol nas eliminatórias, a coisa fica ainda mais feia.
O time alterna bons momentos com uma displicência ímpar. No primeiro tempo, Guerrerro, Pizarro e Farfán incomodaram a seleção. Nada de anormal. Mas incomodaram. O Brasil saiu na frente com um golaço de Kaká - que já havia dado um gol para Robinho desperdiçar.
Mas aí veio o segundo tempo, o técnico foi obrigado a tirar Guerrero, o melhor peruano. Entrou Palacios, com Pizarro jogando mais à frente. Pouco depois ele tirou Jayo e colocou Mendoza, outro atacante. E, pasmem, o Peru passou a dominar o Brasil.
O time de Dunga não articulava contra-ataques minimamentes razoáveis. E o Peru, mesmo sem chutar a gol, dominava o meio-campo. A bola brasileira não parava no ataque. Com isso o Peru conseguia chegar, conseguia escanteios. Em um desses escanteios, a zaga cortou mal e Vargas chutou. A bola seria defendida facilmente por Júlio Cesar. Mas havia um Lúcio no caminho. E a bola parou nas redes brasileiras.
No final, o Brasil voltou a pressionar. Teve uma série de escanteios perigosos a seu favor. No último deles, Ronaldinho cruzou na cabeça de Juan. Seria ótimo se o gol da vitória viesse justamente do melhor em campo. Mas, seria justo ganhar desse jeito, sembrilho algum, em mais uma burocrática atuação? Os "deuses" do futebol acharam que não, e a bela cabeçada de Juan explodiu no travessão peruano.
Um comentário:
O Peru ficou atrás!
E o Uruguai???
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