segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Os erros e acertos do clássico

O Corinthians entrou pensando que o São Paulo era o Rio Claro, ou o Guaratinguetá. O São Paulo entrou pensando que o Corinthians era um adversário a mais para provar a evolução do time que se prepara para a Libertadores. Talvez esteja aí a diferença dos dois times.

Leão errou ao achar que Elton e Rosinei poderiam parar Reasco e Jadílson. Imaginem se o Ilsinho estivesse em campo, com a liberdade que o Reasco teve ontem. O estrago poderia ser muito maior.

Leão disse que o primeiro gol não foi falha dos "alas" porque saiu de um chute de fora da área. Mas aonde nasceu a jogada? Não foi em um lançamento longo de Alex Silva para o Reasco nas costas do Elton? Marquinhos teve que cobrir o "ala" corinthiano, deixando assim um buraco na meio da área, aproveitado pelo trio Aloísio-Jadílson-Lenílson. Ah, na minha opinião, Marcelo não falhou, ele foi atrapalhado por haver muitos jogadores na sua frente, quando viu a bola, ela já estava em cima dele.

No segundo gol, Leão disse que não houve falha do time, porque saiu de um balão. Sim rei da selva, saiu de um balão. Mas, qual é o principal fator para uma equipe jogar com 3 zagueiros? Liberar os "alas" e, ter um jogador na sobra. Quem era a sobra do Corinthians ontem? Marquinhos. E no lance do pênalti, onde ele estava? No mano-a-mano com Aloísio! O que aconteceu depois disso, a pixotada e o pênalti infantil são histórias a serem contandas pelos torcedores. O absurdo deste lance é que, um time que joga com três zagueiros, não pode deixar o zagueiro que sobra no mano-a-mano com o atacante. Ah, chance clara de gol interrompida por falta é igual a...cartão vermelho. Paulo Cesar não julgou assim e livrou o Corinthians (por 30 minutos) de ficar com um a menos.

No segundo tempo, Leão se perdeu mais ainda. Tirou Marquinhos e colocou Magrão de lateral-esquerdo. Magrão poderia ter sido expulso bem antes, se o São Paulo forçasse mais ali. Quando forçou, fez o terceiro, com Leandro após passe de Aloísio. Aloísio aliás, que foi o nome do jogo.

O Leão entrou convicto das coisas que fez e morreu com elas. Talvez, se fosse menos arrogante, poderia consertar o jogo. Mas não é, e perdeu por isso.

Muricy foi bem porque enxergou o jogo como todo mundo enxergou (menos o Leão). No meio da semana, contra o São Bento, o São Paulo jogou no 4-4-2. Ele viu que, no domingo, o 3-5-2 seria mais útil, e foi. Estudou o time adversário (como faz sempre) e venceu. Será sempre que as coisas serão assim? Não. Mas a probabilidade de você ter mais acertos do que erros quando se estuda o adversário é muito grande!

As expulsões e o quase quiprocó

As expulsões foram justas. Magrão poderia ser multado afinal, perdendo de 3, deixou seus companheiros na mão por uma irresponsabilidade. Jadílson parou a jogada de forma forte. Aqui, duas coisas que poderiam mudar o rumo da decisão do Paulo Cesar. Se o Rogério não estivesse fora do gol e/ou o Corinthians já não tivesse tido um expulso.

A Transferência de responsabilidade

Leão é mestre nisso. Ontem, mais uma vez, culpou a arbitragem por não "lhe dar a possibilidade de ter a possibilidade de empatar o jogo". Entendeu? Nem eu. O que ele reclama? Um pênalti em Daniel aos 44. Na hora, não foi pênalti, mais tarde à noite, vi que poderia ter sido marcado. Como poderia ser marcado tiro livre indireto. Como poderia não ser nada. Então, temos que eximir o Paulo Cesar da culpa.

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Na Argentina, começou o Torneo Clausura. Vamos listar os times que estão na Libertadores:

O Vélez venceu o Newell's por 2 x 0. Mostrou-se um time com um poder ofensivo bom, principalmente om Zárate, que já havia se destacado na edição do ano passado. Na defesa, sofreu um pouco. Tanto é que, seu goleiro, Gastón Sessa, foi o melhor do jogo. Está no grupo 4, ao lado do Inter, do Emelec e do Nacional do Uruguai. Não deve dar muito trabalho para o Inter.

O Gimnasia La Plata, do grupo do Santos, estreou mal, perdendo em casa para o Arsenal de Sarandí. O atacante Pablo Garnier fez dois gols (o segundo um golaço). O Gimnasia até foi bem no primeiro tempo, mas no segundo demonstrou uma fragilidade sem tamanho e teve seu gol ameçado várias vezes. É fraco nas bolas alçadas na área. Os dois gols saíram desse jeito. O primeiro em cobrança de lateral e o segundo com direito a tabela de cabeça e conclusão de primeira e livre de marcação.

Dos outros argentinos, Banfield e Boca se enfrentaram. Ambos estão na Libertadores, o Banfield no grupo 1 e o Boca no grupo 7. O Boca entrou em campo para apagar a péssima imagem deixada no fim do ano passado. E conseguiu. Fez 4 x 0 no campo do adversário sem dar maiores chances ao rival. Os destaques foram Palacio (como sempre), Neri Cardozo e Orteman, o carequinha que levou o Olímpia ao título da Libertadores em 2002, vencendo o Grêmio na semifinal e o São Caetano na final. O jovem meia Banega esteve bem e, no segundo tempo, Bruno Marioni fez sua estréia. Para quem não se lembra ele foi o responsável pela eliminação do Corinthians na Sul-Americana de 2005, quando jogava pelo Pumas do México. Ah, e hoje Riquelme foi ao CT do Boca. Com Riquelme o time tende a melhorar e muito. Perigo à vista para os brasileiros.

O River suou para bater o Lanús no Monumental. O Lanús é o pequeno que no último ano incomodou demais os grandes. Foi uma vitória do Lanús que impediu o Boca de ser campeão, já que, na última rodada do Apertura do ano passado, o Lanús bateu o Boca na Bombonera, forçando assim o jogo desempate entre Boca e Estudiantes. O River foi pouco criativo e, falta de criatividade contra uma equipe que joga com 10 jogadores atrás da linha da bola é fatal. O Gol só saiu aos 45 do segundo tempo. Em um escanteio cobrado por Beluschi e concluído com uma bomba do zagueiro Tuzzio. O River está no grupo 6 da Libertadores.

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