O dia de ontem - 31 de abril de 2008 -, ficará marcado por algum tempo como a quarta-feira mais longa da história.
Para quem gosta de futebol, dias como esses são como aquela viagem inesquecível para um lugar paradisíaco.
Teve de tudo e para todos os gostos. Liga dos Campeões com os ótimos elencos de Chelsea e Liverpool; Copa Libertadores com jogo na Bombonera, vitórias fora de casa de Flamengo e Fluminense; jogos pegados entre São Paulo e Nacional e San Lorenzo e River; e a Copa do Brasil com o Corinthians goleando e o Palmeiras conhecendo a força do Sport.
Lampard homenageando a mãe falecida na semana passada: de longe, a imagem da quarta-feira. Foto: Getty Images
Na Liga dos Campeões, um jogaço. O 1 a 1 do tempo normal já tinha sido muito bom. O 2 a 1 na prorrogação então.
Drogba mostrou mais uma vez que é decisivo. Marcou dois gols difíceis e importantes. Lampard, de pênalti, marcou na prorrogação e fez desabar de emoção Stamford Bridge. Por dois motivos: pela importância do gol e pelo seu significado. Emocionante.
O segundo gol do Liverpool, de Babel, já no fim da prorrogação, foi um lance que não víamos há muito tempo: uma falha de Petr Cech. Coisa rara.
Agora Manchester e Chelsea fazem a final no dia 21 em Moscou, casa de Roman Abramovich, o dono do Chelsea.
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Pela Libertadores, o Cruzeiro entrou desatento na Bombonera e, com 6 minutos, já perdia por 1 a zero, gol de Riquelme. O que se viu desde o começo do jogo até o gol de Fabrício, para o Cruzeiro, diminuindo o placar para 2 a 1 foi o Cruzeiro perdido em campo, e o Boca perdendo boas chances de matar a a classificação já no primeiro jogo. Não fez. E agora vai sofrer no Mineirão.
O Flamengo venceu bem o América do México. Mas poderia ter sido muito mais. O time cansou de perder gols e quase se complica. Mas o América, em situação lamentável - é o último colocado no campeonato mexicano - e com Sebá Domínguez na zaga, não ofereceu muita resistência.
O Fluminense, em seu primeiro jogo de mata-mata na Libertadores, voltou com uma importante vitória na bagagem. Fruto do pênalti e, conseqüentemente, da expulsão do goleiro do Atlético Nacional, o jovem Ospina. O 2 a 1, salvo alguma catástrofe, classifica o Flu para as quartas.
o São Paulo sofreu. A pressão e a violência estiveram no roteiro do Nacional para vencer o jogo. Mas o time brasileiro suportou a pressão enorme da metade até o fim do primeiro tempo. No segundo, se organizou melhor e teve chances para vencer o jogo. Poderia jogar mais tranquilo na próxima quarta.
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Pela Copa do Brasil, o Corinthians fez o que muitos - não sei por que - achavam impossível: reverter o placar do jogo de ida contra o Goiás. A goleada e a forma avassaladora que o time jogou no primeiro tempo, isso sim foi surpresa. Mas a classificação não. Agora é tomar cuidado e não se empolgar como aconteceu em anos anteriores, como quando o time reverteu o resultado contra o Cianorte e foi eliminado na sequência pelo Figueirense.
O Palmeiras de Luxemburgo, assim como em 1996, encantou - não tanto quanto aquele time - e só venceu o Paulista. Quer dizer, ainda nem o Paulista. Jogou mal ontem, Romerito estava inspirado como na semifinal de 2004 da Copa do Brasil, quando o Santo André eliminou o Palmeiras em pleno Palestra. O 4 a 1 para o Sport serviu para abaixar um pouco a bola da diretoria, comissão técnica, jogadores e torcida. E para mostrar que o time, apesar de bom, não é lá essas coisas.
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