Saindo um pouco do esporte por uma causa nobre.
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rouseff, está depondo na Comissão de Infra-estrutura do Senado. O depoimento, em princípio, seria sobre o PAC - Programa de Aceleração de Crescimento.
Um engodo, evidentemente. O assunto, não o PAC. O grande assunto era o dossiê feito pela Casa Civil sobre os gastos com cartões corporativos do governo FHC (1995-2002).
Mas o melhor do dia foi a resposta da ministra ao senador José Agripino Maia (DEM-RN), que citou uma declaração da ministra, na qual ela admitia que havia mentido durante a ditadura.
"Me orgulho imensamente de ter mentido, o que estava em questão era a minha vida e a de meus companheiros".
Dilma foi presa política por três anos e foi torturada nesse período. Na década de 60, ela participou da luta armada contra a ditadura e, inclusive, integrou o Comando de Libertação Nacional (COLINA).
"Aguentar tortura é dificílimo. Pau de arara, choque elétrico, não há possibilidade de um diálogo. Qualquer comparação só pode partir de quem não dá importância à democracia".
Independente das preferências políticas de cada um, eu gostei muito da declaração da ministra. Mostrou ser uma pessoa honrada, com valores éticos bem estabelecidos e respeito por seus companheiros de luta.
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