domingo, 22 de novembro de 2009

Perigo real e imediato

Ao entrar no Engenhão esta tarde, o São Paulo queria, no mínimo, o empate. E esse espiríto tomou de assalto a equipe por 14 minutos. Foi o tempo necessário para o Botafogo pressionar o Tricolor e abrir o placar com um golaço: Jobson dominou. Pensou se iria para cima de Renato Silva, se passaria para Reinaldo no meio ou se chutaria. Jobson, um driblador contumaz e um finalizador medíocre, resolveu arriscar. Ajeitou para a perna direita e, de fora da área, disparou um chutaço no ângulo esquerdo de Rogério Ceni. 1 a 0 para o Botafogo.

Era o resultado dos sonhos para o Botafogo. Vencer o líder depois de ser atropelado pelo Barueri. E, até então, uma vitória sem contestações.

O São Paulo, um time experiente, acostumado a situações de pressão, vencedor dos últimos três campeonatos brasileiros, aos poucos, foi saindo para o jogo. Mas não era o suficiente. O Botafogo se defendia bem. Travava as alas tricolores, congestionava o meio, isolava Washington.

O São Paulo só conseguiu pressionar o Botafogo no fim do primeiro tempo. Primeiro com Marlos, que obrigou Jefferson a fazer boa defesa. Depois foi a vez de Miranda, que acertou a trave botafoguense. Na sequência, Júnior César subiu ao ataque pela esquerda e cruzou. Washington, que passou grande parte do primeiro tempo só assistindo o jogo tamanha era a incapacidade de seus companheiros em achá-lo, cabeceou sem chance para Jefferson. Era o empate. Era mais do que isso. Era o fio condutor para uma grande virada fora de casa.

No segundo tempo, os dois times estavam cautelosos. Nada do futebol envolvente do primeiro tempo. Mas isso estava prestes a mudar.

Em uma cobrança de lateral esperta feita por Júnior César, Washington escorou a bola e Jorge Wagner ultrapassou Lenadro Guerreiro e encheu o pé. Jefferson não teve nem tempo de reação. Era a virada Tricolor. 2 a 1.

Tudo se encaminhava então para uma vitória tranquila. Mas o Botafogo não pensava assim. E não podia pensar. O Fluminense, seu rival direto na luta contra o descenso para segunda divisão, já vencia o Sport na Ilha do Retiro e, assim, empurrava a Estrela Solitária para a zona de rebaixamento.

O Botafogo, valente, com brios, se lançou ao ataque. Desorganizado, sim. Mas com a garra característica das pessoas que, mesmo sabendo que são inferiores, não desistem. E o empate veio pouco após. A bola ficou "viva" na área do São Paulo. E Renato empatou.

O jogo pegou fogo. Cada ataque era perigoso. Richarlysson foi expulso pelo São Paulo. Juninho pelo Botafogo. Hernanes acertou o travessão carioca.

E, no fim do jogo, após pegar a defesa desprotegida, Jobson, o nome do jogo, recebeu a bola dentro da área. De novo ele, o driblador contumaz. E ele mostrou sua maior virtude. Driblou Miranda e encheu o pé no meio do gol. Alto. Rogério já havia caído para o canto esquerdo e nadapode fazer. Era a segunda virada no mesmo jogo.

Com esse resultado o Flamengo só depende dele mesmo para ser campeão. Basta vencer o Goiás no jogo que está começando agora e o Mengão será o novo líder do Brasileirão. Um título que não vai para a Gávea desde 1992.

Um comentário:

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