Na manhã deste domingo, começo de tarde, os 4 maiores times - atualmente - da Inglaterra fizeram dois ótimos jogos. Em Manchester, o United enfrentou o Liverpool e em Londres, Chelsea e Arsenal jogaram para ver quem ficaria com o segundo lugar.
Mais tarde, pelo campeonato paulista, Corinthians e São Paulo jogaram para a sobrevivência, ou entrada (caso do São Paulo), no G4.
Na Inglaterra, Manchester e Liverpool fizeram um jogo equilibrado, igual até nos esquemas. 4-3-3 quando estavam com a posse de bola e 4-5-1 quando a bola estava com o adversário.
O Manchester, dono da casa e líder do campeonato, sentia-se na obrigação de sair para o jogo. Cristiano Ronaldo era bem vigiado pelos laterais do Liverpool. Se jogasse pela direita, Fábio Aurélio o marcava, se fosse para a esquerda, Arbeloa o vigiava. Em comum com essas marcações estava o deslocamento de Xabi Alonso para fazer a cobertura de ambos os laterais. Do outro lado, Carrick seguia Gerrard. Scholes e Anderson se revezavam na tarefa de armar o time. Em um desses revezamentos, Anderson deu lindo passe nas costas de Carragher e colocou Rooney na cara de Reina. O centroavante, atrapalhado pelo zagueiro do Liverpool, desperdiçou a chance cutando em cima do goleiro espanhol.
Os laterais, de ambos os times, pouco subiam ao ataque. Mas foi em uma subida de um deles é que o jogo começou a mudar. Rooney cruzou da esquerda e Wes Brown se aproveitou da falha da zaga e do goleiro do Liverpool para fazer 1 a 0 Manchester. Até aí, tudo bem. O jogo estava equilibrado, era possível um empate do Liverpool. Ou, quem sabe, até uma virada. Mas no fim do primeiro tempo veio o lance que mudaria o jogo. Fernando Torres recebe cartão amarelo por reclamação. Mascherano, que já havia levado cartão, aparece "do nada" e começa a reclamar com o juiz. No lance em que levou amarelo, Mascherano já havia saído no lucro, soltou uma dezena de "fuck off" para Steve Bennett, que ou não ouviu, ou fingiu que não ouviu. Desta vez ele ouviu tudo em alto e bom som, e pôs o argentino pra fora. Foi um pandemônio. Masc não queria sair. Foi preciso o técnico Rafa Benítez entrar em campo para, em espanhol, tirá-lo de campo, evitando uma confusão maior.
No segundo tempo, o Manchester ainda sofreu um pouco antes de matar o jogo. Anderson caiu de produção e o Liverpool passou a equilibrar as ações. Gerrard assustou em chutes de longa distância. Foi o suficiente para Alex Ferguson trocar Giggs e Anderson por Nani e Tevez. O português foi decisivo. Cobrou o escanteio para Cristiano Ronaldo marcar, em nova falha defensiva do Liverpool - desta vez falharam Reina e Xabi Alonso -, e marcou o terceiro após bela tabela com Rooney. Assim o Manchester livra 5 pontos de vantagem para o segundo colocado, o Chelsea.
Em Stamford Bridge
No outro clássico, o Chelsea não perdia em casa há 75 jogos pela Premier League. E a vitória, além de manter o tabu, significava passar o Arsenal e assumir a segunda posição na Liga.
O jogo começou com uma opção interessante por parte do técnico Avram Grant, do Chelsea: Essien na lateral-direita, com Belletti, um especialista, no banco.
Gols, só no segundo tempo. O Arsenal abriu o placar com Sagna. Após escanteio, ele apareceu livre no primeiro pau e com uma "casquinha", tirou Cudiccini da jogada. Avram Grant então colocou Belletti na direita, passando Essien para o meio no lugar de Ballack. Mas não foi essa mudança que fez com que o Chelsea virasse o jogo. Foi a competência de Drogba. O marfinense é hoje o homem-gol do futebol mundial. Sua colocação e seu senso de oportunismo aliados à sua técnica fazem dele um eficiente. Sobrou para ele, é difícil não ser gol. Duas bolas sobraram para ele, dois gols para o Chelsea e segunda colocação na Liga.
No Paulista, Corinthians e São Paulo sofreram um pouco para vencerem seus jogos. No Morumbi, o Rio Claro chegou a ameçar, por pelo menos duas vezes, o gol de Felipe. Em Campinas, no fim do primeiro tempo, o Guarani deu um calor na defesa do São Paulo, mas a falta de qualidade impediu o gol.
No Morumbi, Dentinho, após uma cochilada coletiva da defesa do Rio Claro, fez o gol da vitória corinthiana ainda no primeiro tempo. O São Paulo teve que esperar um pouco mais. O time tomava conta das ações em Campinas, mas pecava no último passe. Exatamente como no jogo contra o Luqueño, na última quinta, pela Libertadores. E, exatamente como na última quinta, precisou um atacante que estava na reserva entrar para marcar. Desta vez foi Borges que saiu do banco - entrou no lugar de Carlos Alberto - e marcou logo após sua entrada. A partir daí o São Paulo passou a controlar a posse de bola, e não sofreu riscos de levar o gol. Mas o time continua fora do G4. Está com 29 pontos. O Corinthians, quarto colocado, tem 30.
Um comentário:
ótimos clássicos do último fim de semana na inglaterra. o passeio do Manchester e a virada do Chelsea.
Valeu a pena acompanhar!
Abrazo!
http://gambetas.blogspot.com
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