quinta-feira, 24 de abril de 2008

Assuntos pendentes

São tantos os assuntos pendentes aqui no blog. Em parte pela correria, em parte por causa do Vírtua, que anda dificultando bastante as coisas.

Vamos primeiro para a Libertadores.

O São Paulo venceu o Nacional de Medellín e se garantiu na próxima fase em primeiro no grupo. Nas oitavas pegará outro Nacional, só que o de Montevidéu do Uruguai. Adversário que o São Paulo enfrentou na mesma fase em 1992. Naquele ano, duas vitórias por 1 x 0 e o São Paulo caminhou tranqüilo rumo ao seu primeiro título da Libertadores. Um confronto que, se não será fácil, tampouco será dos mais difíceis. E o Tricolor fará a segunda partida em casa.

Dos outros brasileiros, Cruzeiro, Santos e Flamengo têm paradas indigestas. O Cruzeiro porque pega o Boca, time que tem o melhor trio ofensivo da América do Sul: Riquelme, Palácio e Palermo. E por causa da temível La Bombonera. Não é nada demais, é só um estádio, como disse Mano Menezes depois de perder a Libertadores do ano passado. Mas é incrível como o estádio tem um efeito alucinógeno, que faz com que os jogadores visitantes percam os sentidos e cometam erros primários. Esse é o maior adversário do Cruzeiro: a possível desatenção na Bombonera.

O Santos porque enfrenta o perigoso Cucuta com a segunda partida na Colômbia. Macnelly Torres e o centroavante Urbano são os jogadores especiais da boa equipe colombiana, semifinalista no ano passado.

E o Flamengo porque viaja para a Cidade do México e enfrenta um adversário que, se não é dos melhores, tem um time ajeitado e um grande goleiro, Guillermo Ochoa.

O Fluminense joga com o Atlético Nacional, time que deu muito trabalho ao São Paulo nos dois jogos. Mas que tem uma defesa muito vulnerável ao jogo aéreo. Washington, Cícero e Thiago Silva podem fazer a festa.

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Na Liga dos Campeões, um jogão na terça e um joguinho na quarta. Liverpool e Chelsea mostraram que querem muito essa conquista. O Liverpool foi agressivo, marcou no campo de ataque boa parte do jogo, roubando bolas importantes - como a que deu origem ao gol de Kuyt -, mas vacilou no fim. Já aos 49 do segundo tempo, John Arne Riise marcou contra o gol que deu o empate aos Blues do Chelsea. Assim o empate em zero a zero na próxima quarta classifica o Chelsea para a final da Liga em Moscou. Roman Abramovich tem grandes motivos para festejar a possível ida de seu time para a final. Só lembrando que o Chelsea não perde em casa desde 2006, quando perdeu para o Barcelona pela Liga dos Campeões. Pela Premier League o time não perde desde 2004, ou 80 jogos. E, para piorar, o Liverpool não marca gols em Stamford Bridge a 8 jogos. Ou seja, está muito difícil o Liverpool vencer sua 6ª Liga dos Campeões.

Na quarta, Barcelona e Manchester fizeram um jogo de gato e rato. Ao Manchester coube o papel do rato. O Barcelona acuou o time inglês. É verdade que Cristiano Ronaldo perdeu um pênalti com 3 minutos de jogo. Mas a proposta de Sir Alex Ferguson era mesmo jogar atrás. E jogou. Era sempre 10 jogadores atrás da linha da bola. Cristiano Ronaldo era o atacante mais adiantado da equipe - jogava dentro do círculo central. Tevez e Rooney jogaram como autênticos defensores.

O Barcelona tentava, mas não conseguia penetrar na defesa inglesa. As laterais eram bloqueadas pelas duplas Hargreaves-Rooney na direita e Evra-Park na esquerda. Isso impossibilitava ao Barça a execução das suas jogadas características pelos lados do campo. Restava então as tabelas pelo meio congestionado com as presenças de Ferdinand, Brown, Carrick, Scholes e Tevez. Com isso o Barcelona não tinha espaço para criar, nem para chutar a gol. O Manchester conseguiu o que queria, que era não perder. Mas será o suficiente? Em casa, na próxima terça, terá que se expor para vencer - nenhum empate serve. O zero a zero leva para os pênaltis. Com isso os espaços que faltaram ao Barcelona em casa podem fazer a diferença.

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