quinta-feira, 29 de maio de 2008

Que falta faz uma "caixa de bombons"

O Fluminense conseguiu um ótimo resultado nesta quarta: empatou com o Boca, na Argentina, por 2 a 2. No jogo de volta, no Maracanã, o zero a zero e o 1 a 1 classificam o time para a inédita final da Libertadores.

Mas que o torcedor do Flu não se engane, o Boca é um daqueles raros casos de times (talvez seja o único) que jogam ainda melhor fora de casa e sobre pressão.

De cabeça, agora, lembro de três oportunidades nas quais o Boca veio para o Brasil com um resultado considerado ruim e reverteu a situação: contra o Palmeiras em 2000 e em 2001. Nas duas vezes, empatou por 2 a 2 em casa e venceu nos pênaltis. A primeira no Morumbi, a segunda no Palestra. E em 2003, o Paysandu venceu o Boca na Bombonera. É isso mesmo, venceu lá por 1 a 0, gol de Iarley. No jogo de volta Guillermo Barros Schellotto fez chover no Mangueirão: 4 a 0 com três gols dele. Neste mesmo ano, os Xeneizes eliminaram o América de Cali, na Colômbia, também no segundo jogo, também com goleada, 4 a 1, só que desta vez o show foi de Tevez.

Por tudo isso, o Fluminense tem que tomar muito cuidado no próximo jogo. Mesmo que esse seja o pior Boca dos últimos anos, um time muito forte na frente, mas muito fraco do meio para trás, com uma zaga deficiente e goleiros muito instáveis.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Preocupação mundial

A BBC mostra uma matéria hoje sobre o número de ingleses que começam os jogos como titulares em suas equipes. São 170 ingleses que começam como titulares na Premier League, de um total de 498 jogadores. Ou 34.1% dos jogadores dos 20 times da Premier League. Abaixo, um gráfico mostrando a diminuição desse número da temporada 2000-2001 para cá:


O time que, em média, mais conta com ingleses em campo desde o início do jogo é o West Ham, com uma média de 6.61 jogadores ingleses. O Arsenal é o time que menos conta com ingleses. Por partida, em média, 0,34 jogadores ingleses entram em campo desde o início do jogo vestindo a camisa dos Gunners.

O técnico da seleção inglesa, Fabio Capello, disse não estar muito preocupado com isso. Para ele, "o importante é a qualidade dos jogadores, e não a quantidade." Mas ele ressalvou que é melhor que esse número bata os 40% na temporada seguinte, "porque é daí que eu escolho quem convocar."

Sepp Blatter, presidente da FIFA, já deu seu parecer sobre o caso. Para ele, "é necessário estabelecer um limite para jogadores estrangeiros desde o início em campo. Cinco estrangeiros está bom."

A Premier League discorda. Em comunicado, os dirigentes da Federação disseram que "nós precisamos é elevar o nosso nível, não criar um 'sistema de cotas' que valoriza os jogadores medianos ao invés dos que têm o nível para os nossos clubes."

Capello citou que, na final da Liga dos Campeões, havia 9 jogadores ingleses nas escalações iniciais. Ele disse que esse mesmo problema também existe na Itália e na Espanha.E quando perguntado se a Inglaterra, mantendo esse número baixo de ingleses nos seus times, pode vencer um dos torneios grandes de seleções (Copa do Mundo e Eurocopa), ele disse "que isso dependerá dos trabalhos das academias de futebol, as escolinhas, e da preparação desses jovens na base dos clubes."

E agora Juvenal?

Juvenal Juvêncio não se mostra disposto a trocar de técnico. Segundo fontes de dentro do Tricolor, o presidente não vê, no Brasil, nenhum técnico melhor do que Muricy para assumir o São Paulo. O único é Luxemburgo, que tem suas portas fechadas no Morumbi. Dos outros nomes ventilados (Paulo Autuori, Leão e Cuca), nenhum empolga Juvenal. Ele tem restrições a todos eles. Contra Autuori, ainda que ele tenha sido campeão da Libertadores e Mundial, pesa um episódio ocorrido na véspera do jogo contra o Liverpool. Ele decidiu que tiraria Edcarlos do time e promoveria a entrada de Souza, para surpreender os ingleses. Juvenal respondeu que “o São Paulo era como um castelo de cartas, que tirando uma das cartas, o time poderia desmoronar.” Autuori seguiu o conselho, manteve Edcarlos e o time foi campeão. Contra Leão pesa o fato da diretoria não gostar do estilo do técnico, que quer ter controle sobre tudo. Eles avaliam que Leão e Muricy estão no mesmo nível. Mas o Muricy já tem uma rotina, todos conhecem e têm um bom relacionamento com ele. Contra Cuca, um técnico que Juvenal gosta bastante, pesa o fato de ele pilhar muito o time, passar muita emoção nas horas decisivas.

Uma coisa é certa: é tempo de mudança. E isso o Juvenal sabe. E, no fundo, ele também sabe que errou na montagem do time neste ano. Que deixou escapar por entre os dedos o Rodrigo para o Flamengo e Henrique para o Palmeiras. Isso porque resolveu esperar o fechamento da janela de transferências em janeiro para ver se os preços abaixavam. A mesma coisa aconteceu com Conca e Macnelly Torres, que fez ótima Libertadores ano passado pelo Cúcuta e assinou com o Colo-Colo. Muricy não queria Juninho. Para ele, era melhor trazer Chicão, mais rápido e melhor no jogo aéreo. Juvenal preferiu Juninho. Vitor Birner revela agora que o time poderia ter trazido Dudu Cearense ao invés de Fábio Santos. Grande diferença. Se o time seria campeão da Libertadores com esses nomes, é impossível dizer. Mas melhor que apostar em Carlos Alberto seria.

A oposição não engole Muricy e a recíproca é a mesma. A novidade agora é a oposição do São Paulo culpar Rogério Ceni pela a eliminação. Chegaram a dizer, não se sabe se em tom de deboche ou seriamente, que cobrariam dele a premiação que o time deixou de arrecadar como campeão da Libertadores. A coisa é séria.

Alguns nomes aparecem como possíveis reforços. Rodrigo, Mineiro, Danilo, Filipe (do La Coruña), e um meia misterioso, de fora do Brasil, que só o Juvenal, o Muricy e o João Paulo de Jesus Lopes sabem quem é. Mas é feita a ressalva que, eles só virão em agosto e se ninguém no exterior quiser que eles fiquem por lá. No caso do meia misterioso, pode ser Cleber Santana. Ele está mal no Atlético de Madrid e é empresariado por Juan Figer, que tem ótimo relacionamento com essa atual direção Tricolor. E o São Paulo já queria ter contado com ele, antes da passagem dele pelo Santos.

A situação agora é de mudança. Como o São Paulo vive um regime muito presidencialista, as mudanças vão acontecer pontualmente. Primeiro com jogadores. Depois, se necessário, com a comissão técnica. Muricy é cascudo e agüenta o tranco. Se ficar, levará o time de novo para brigar pelo título. Mas, mesmo que ganhe, é muito difícil que ele fique no ano que vem.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Obrigado Guga!


Precisa dizer mais alguma coisa?

Guga recebeu do presidente da Federação Francesa de Tênis um pedaço da quadra central de Roland Garros.

Melhor troféu, impossível!

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Imparável?!

Empatou por 2 a 2 em casa.

Empates por 0 a 0 e 1 a 1 no jogo de hoje, fora de casa, o desclassificaria.

Não tinha um bom retrospecto jogando no país do confronto de hoje: 6 jogos, 1 vitória e 5 derrotas.

Necessitava vencer.

Fez 3 a 0 fora de casa, contra o Atlas, um bom time.

Palermo fez chover, 3 gols. O terceiro, um golaço!

Esse é o Boca Juniors, mais uma vez na semifinal da Copa.

Competência e sorte andam lado a lado

O Manchester United conquistou nesta tarde sua terceira Liga dos Campeões. Derrotou, nos pênaltis, o Chelsea. No tempo normal, 1 a 1. Nas penalidades, 6 a 5 para os Red Devils.

O time foi campeão invicto e teve o artilheiro - Cristiano Ronaldo, com 8 gols.

Mas por pouco, muito pouco, a história não teve um final diferente.

No primeiro tempo o Manchester foi soberano. Sir Alex Ferguson deslocou Cristiano Ronaldo da direita para a esquerda, afim de dificultar a subida do "lateral" dos Blues, o ganês Essien. Deu certo, Essien não subia par armar o jogo e o português deitava e rolava por ali.

Na direita do ataque vermelho, Hargreaves armava o jogo e segurava Ashley Cole.

No meio, Carrick cuidava de Lampard e Scholes vigiava Ballack. Joe Cole e Malouda, apagados, não incomodavam o Manchester.

Drogba era vigiado de perto por Vidic e Ferdinand.

O ataque do Manchester dependia de Cristiano Ronaldo e das subidas de Hargreaves, Scholes, Evra e Brown. Rooney e Tevez, pagados, pouco faziam.

Em uma das subidas de Brown pela direita, ele tabelou com Scholes e cruzou. Cristiano Ronaldo, sozinho, subiu e escolheu o canto: 1 a 0 Manchester.

O que se viu depois foi o Manchester com gana de marcar e definir o jogo logo no primeiro tempo. Só não foi possível porque Petr Cech estava inspirado e fez três grandes defesas.

Já no fim do primeiro tempo, o lance fortuito que mudou o panorama da partida. Essien recebeu na intermediária do Manchester, avançou e chutou. A bola desviou duas vezes, em Vidic e em Ferdinand, e sobrou limpa, dentro da área para Lampard, que não perdoou: 1 a 1.

No segundo tempo o jogo foi outro. O Chelsea empurrou o Manchester para seu campo de defesa. Não havia contra-ataque para o time vermelho. O time londrino começou a chutar perigosamente de fora da área, criando oportunidades de gol. Drogba, que continuava apagado, acertou a trave de Van der Sar.

Só com 30 minutos do segundo tempo que o Manchester foi conseguir acalmar o jogo. No fim do jogo, Giggs entra no lugar de Scholes. É agora o jogador que mais vestiu a camisa do Manchester: 759 jogos.

A prorrogação começa e o Chelsea avança. Lampard, em uma linda virada, acerta o travessão de Van der Sar.

O Manchester responde com Evra e Giggs. O francês faz linda jogada pela esquerda e cruza, na saída de Cech, para trás. Giggs chega batendo com o gol sem goleiro. Mas havia um John Terry no meio do caminho. O capitão do Chelsea tira de cabeça.

No segundo tempo, Tevez arma um salseiro. O Chelsea colocou a bola para a lateral para que Ricardo Carvalho fosse atendido - ele sentia cãimbras. Na hora de devolver a bola, Carlitos jogou para a lateral e chamou todo o time do Manchester para fazer pressão. Terry não gostou e o tempo fechou. Drogba deu um tapinha no rosto de Vidic e foi expulso.

Anderson e Belletti entraram no fim da prorogação só para baterem pênaltis. Cristiano Ronaldo, o artilheiro da Europa, artilheiro da Premier, artilheiro da Champions, bateu com paradinha e perdeu. No último pênalti, o da consagração dos Blues, John Terry, o capitão, escorrega e manda para fora.

Nas cobranças alternadas, Anelka bate forte, mas Van der Sar acerta o canto e dá o título para o Manchester, seu terceiro título (1968, 1999). O segundo de forma invicta (1999).

Cristiano Ronaldo chora sozinho, deitado no meio do campo. Terry é consolado por seus companheiros. Coisas do futebol.

Por mais que a final tenha sido muito disputada, o Manchester merecia mais o título. Só pelo fato de chegar à final invicto, é um grande feito. Ser vice-campeão invicto seria muito injusto.

Cristiano Ronaldo é favoritaço aos títulos de melhor do mundo no fim do ano. Até porque seus maiores concorrentes (Kaká e Messi) não disputam a Eurocopa. Messi pode brilhar, no máximo, nas Olimpíadas.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Lição de vida da sexta: superação

A semana foi bem corrida por causa de alguns compromissos meus.

Nesta sexta, por exemplo, estive no Congresso de Medicina Esportiva da Sociedade Paulista de Medicina Esportiva.

Lá uma palestra em especial chamou a minha atenção: a da médica Ana Boscarioli, a primeira mulher brasileira a escalar o Monte Everest.

Superação, determinação e vontade foram, sem dúvidas, as palavras mais usadas por ela para relatar o feito.

Na mesma linha superação, hoje a Corte Arbitral do Esporte reviu a sentença da IAAF que não permitia que o sul-africano Oscar Pistorius, que tem as duas pernas amputadas, tentasse o índice para as olimpíadas de Pequim. Até que enfim!

A notícia é do Globoesporte.com:

O atleta paraolímpico sul-africano Oscar Pistorius, também conhecido como "Blade Runner", ganhou a apelação no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), nesta sexta-feira, sobre uma eventual participação nos Jogos Olímpicos de Pequim. Em janeiro, a Federação Internacional de Atletismo (Iaaf, em inglês) proibiu Pistorius, que utiliza próteses no lugar das pernas, de lutar por uma vaga na competição.

- O TAS admitiu a apelação feita pelo atleta sul-africano Oscar Pistorius contra a decisão do Conselho da Iaaf em 14 de janeiro - informa o TAS.

O Conselho da Iaaf vetou a presença de Pistorius em competições organizadas sob as regras da entidade, com base nos estudos de um cientista alemão, que considerou que o corredor dos 400m rasos obtém vantagens com suas próteses de fibra de carbono.

Um mês mais tarde, Pistorius apresentou um recurso contra a decisão ao TAS, afirmando se basear em um "relatório muito sólido", graças aos estudos realizados por sua própria equipe de cientistas.

Segundo ele, "vários institutos americanos (...) responderam que não estavam obrigatoriamente de acordo com os resultados dos testes do laboratório alemão".

Atleta tem maiores chances no revezamento 4 x 400m

Para participar dos Jogos Olímpicos de Pequim em agosto, Pistorius deverá obter o índice olímpico imposto pela Iaaf: 45s95, ou 45s55 se outro sul-africano correr abaixo desta marca. O melhor resultado de Pistorius até agora é de 46s46.

Em entrevista coletiva em Milão, na Itália, o sul-africano reconheceu que será difícil conseguir a classificação na prova na qual é especialista.

- Agora posso tentar alcançar meu sonho de participar das Olimpíadas. Se não for em Pequim 2008, será em Londres 2012.

Para as Olimpíadas de Pequim, as maiores chances do atleta estão no revezamento 4 x 400m. Pistorius poderá fazer parte da equipe da África do Sul se conseguir um dos quatro melhores tempos da distância em seu país. Em 2007, ele foi o segundo colocado dos 400m no campeonato nacional.

- Fiquei atrás na preparação (desde janeiro, não podia participar de competições da Iaaf) e os dois meses que faltam para Pequim não são suficientes para conseguir uma classificação (individual), ainda que eu trabalhe duramente - admite Pistorius.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

O segredo do Boca

Matéria bem legal do diário argentino Olé, mostrando como o Boca sempre consegue superar as adversidades e vencer na casa dos adversários - ainda mais quando é no Brasil.

Por qué siempre Boca? ¿Qué hace? ¿Qué tiene? ¿Qué lo convierte en el equipo argentino copero por excelencia? La realidad es que gestas como la de Belo Horizonte ya no deberían sorprender, pero lo que llama la atención es justamente la repetición de logros y la vigencia ganadora sin fecha de vencimiento de un plantel que, ya desde el túnel mismo, parece mentalizarse diferente a los demás. Ahí, en esa ronda de abrazos, en ese beso-ritual que Palermo y Riquelme les dan a los demás, en la intensidad con la que viven los momentos previos, en ese "vamos a estar juntos y concentrados", en ese compromiso de "ayudar al compeñero y ser siempre solidario", Boca parece sacar una ventaja que se traslada minutos después a la cancha. En realidad, eso que se ve ahí es una consecuencia de cómo se muestran y se mentalizan en las horas previas. Y acaso una de las tantas frases que dejó Ischia colabore con la causa: "Sabía que íbamos a pasar. No se puede pensar en otra cosa cuando tenés los jugadores que tenés".

Hay fe, confianza, decisión y armonía de intereses en este Boca. Y sobre todo, una costumbre y una forma de pensar indiscutiblemente ganadora. Vayamos al caso Belo Horizonte: bastaba con ver a los jugadores en el hotel Ouro Minas para darse cuenta de que la misión Cruzeiro, que se había pronosticado como una seria amenaza de eliminación para el campeón, ellos no la tomaban de ese modo. La única inquietud que tenían pasaba por las dimensiones del campo. Pero enseguida se alzaban las voces de confianza que se iban repartiendo en cada rincón. Mientras a Palermo ya se lo escuchaba decir con seguridad, en pequeñas charlas, que iban a clasificarse, Morel arreglaba con Ischia que sí, que estaba bien para jugar más allá de algunas molestias en su rodilla porque el equipo así lo necesitaba, y en otro costado los demás opinaban de la necesidad de meter un gol en las pocas chances que iban a tener en un primer tiempo de dientes apretados. Es decir, todas miradas positivas, nada de defender con temores en el Mineirao el 2-1 conseguido en la Bombonera.

Después, el efecto contagio que los grandes supieron trasladar es cada vez más notorio. Así, a Dátolo se lo ve tan cerca de Riquelme que no por casualidad en la cancha parece otro. Así obliga Palermo con su sacrificio a que otros corran tanto como él, incluso Rodrigo. Y las críticas tan típicas de la exigencia del Mundo Boca también son un elemento que parece alimentar el espíritu de este grupo como ningún otro. Dice Palacio, tras otra noche memorable en Brasil: "A este equipo nunca le faltó gol, lo que pasa es que a veces quieren que hagamos cinco por partido y eso no se puede, nadie lo hace". Dice Morel Rodríguez tras otra jornada épica en esta tierra colorada en la que los argentinos no ganaban desde el 96 (Vélez): "Se habla mucho de este plantel, que nos falta fútbol, que esto, que lo otro, pero nosotros, callados, les respondemos a todos dentro de la cancha".

Y es entonces como Boca pasa de ser un equipo light contra San Lorenzo a liquidar con marcha firme y vigorosa a Cruzeiro acá y allá y a River después de casi tres años. Y es entonces como Boca pasa en una semana de la crisis segura a ser otra vez el candidato de todos en la Libertadores. Y logra lo que no pudieron Lanús y Estudiantes. Y consigue lo que no puede la mismísima Selección en cada partido contra los brasileños. Y sigue, y va, y no para "Acá hay una realidad: el Boca de las Copas siempre estuvo, lo que pasa es que a veces no es fácil jugar contra rivales que quieren salvar el año ganándonos. Eso pocos lo entienden. Pero la ventaja es que tenemos las cosas claras y que existe un contagio de grandes a chicos y de chicos a grandes. Hoy este plantel es otro comparado con el de Bianchi, pero la mentalidad es la misma: volver a Japón. Este grupo te enorgullece", asegura Palermo.

Tal vez sea esa ambición otro de los secretos. Porque el Loco habla de Japón pero también de Estudiantes y de seguir peleando el torneo. Y lo mismo dice Riquelme. Y lo mismo Ischia, quien sabe aprovechar y manejar muy bien los códigos internos de un plantel que, bien llevado, marcha solo. En definitiva, no hay un último paso, siempre hay un próximo. Por eso no exageran en la despedida de Belo Horizonte, ni en la llegada a Buenos Aires más allá de la felicidad lógica (ver Un lugar...) . Todos saben bien que en pocas horas hay que volver a reunirse en el túnel, abrazarse, comprometerse y salir a demostrar que el secreto del éxito está intacto. Hoy más que nunca...

Santos forte na Libertadores

Há de se elogiar o trabalho de Emerson Leão à frente do Santos. Pegou um time desmontado , com jogadores abaixo da média, classificou a equipe para as oitavas e agora está nas quartas-de-final da competição.

Dos brasileiros, foi, sem dúvida, o que menos sofreu para conseguir sua classificação. E o resultado (2 a 0), foi pouco ontem. Só no primeiro tempo, o time teve outras quatro grandes oportunidades para marcar.

No outro jogo da noite pela Libertadores, o River confirmou a sua sina de nadar, nadar e morrer na praia.

Los Millonarios precisavam de 1 a 0 para avançarem. Fizeram dois e, de quebra, com 2 jogadores a mais. Permitiram o empate do San Lorenzo e estão eliminados. Provavelmente o time conquiste o Clausura mais uma vez - é o maior campeão argentino -, mas isso não basta para a torcida, que vê o Boca com 6 Libertadores e 3 mundiais, enquanto o River tem 2 Libertdores e nenhum mundial.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Ronaldo Highlander

Ronaldo, o fenômeno, é um verdadeiro Highlander - o personagem imortal interpretado por Christopher Lambert no cinema.

Ronaldo se caracterizou, ao longo dos anos, pelo futebol vistoso, pelos gols e por suas voltas por cima.

Nada nem ninguém garante que ele dará mais uma volta por cima após essa lesão no joelho e esse escândalo envolvendo garota(o)s de programa. Mas ele tem crédito de sobra para que não duvidemos de sua força de vontade.

Abaixo, um vídeo com seus gols e a música "Sou Ronaldo", de Marcelo D2.

Dilma Forte

Saindo um pouco do esporte por uma causa nobre.

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rouseff, está depondo na Comissão de Infra-estrutura do Senado. O depoimento, em princípio, seria sobre o PAC - Programa de Aceleração de Crescimento.

Um engodo, evidentemente. O assunto, não o PAC. O grande assunto era o dossiê feito pela Casa Civil sobre os gastos com cartões corporativos do governo FHC (1995-2002).

Mas o melhor do dia foi a resposta da ministra ao senador José Agripino Maia (DEM-RN), que citou uma declaração da ministra, na qual ela admitia que havia mentido durante a ditadura.

"Me orgulho imensamente de ter mentido, o que estava em questão era a minha vida e a de meus companheiros".

Dilma foi presa política por três anos e foi torturada nesse período. Na década de 60, ela participou da luta armada contra a ditadura e, inclusive, integrou o Comando de Libertação Nacional (COLINA).

"Aguentar tortura é dificílimo. Pau de arara, choque elétrico, não há possibilidade de um diálogo. Qualquer comparação só pode partir de quem não dá importância à democracia".

Independente das preferências políticas de cada um, eu gostei muito da declaração da ministra. Mostrou ser uma pessoa honrada, com valores éticos bem estabelecidos e respeito por seus companheiros de luta.

Brigas são mais comuns do que pensamos

Quem acha que é só no Brasil que jogador discute com dirigente e que só aqui o jogador é influenciado pelos empresários, se engana. É só ver essa notícia retirada do Terra Magazine.

Gomes "por um fio" no PSV, diz imprensa holandesa


Arnild Van de Velde
De Amsterdã, Holanda

O noticiário esportivo da Holanda, nesta terça-feira, destaca o possível desligamento do goleiro Heurelho da Silva Gomes de seu time, o PSV de Eindhoven. Em meados de abril, falando à revista Voetbal International, a maior do gênero no país (mais de um milhão de leitores) o jogador deu um ultimato ao clube: ou ele ou o dirigente Jan Reker. Na época, Gomes aceitou a condenação a uma multa, mas se recusou a retirar o que havia dito - atitude que chateou mais ainda a diretoria do time da Phillips.

Na segunda, 5, o PSV mandou avisar: Reker fica. Na seqüência, o clube admitiu "erros administrativos" e se comprometeu a melhorar a "comunicação interna". A tentativa de envolver o diretor em questões técnicas, "mais pertinentes ao treinador", foi especialmente desagradável. "Isso é ir longe demais com ele", diz a nota dos conselheiros. Com a entrevista, Gomes tornou-se o porta-voz dos que "peitam" o diretor dentro do PSV. Prata da casa (ele é de Eindhoven), o dirigente já tem experiência em queda-de-braço: quando era diretor do Coaches Betaald Voetbal (uma organização de treinadores de futebol profissional), ele teria sido responsável pela demissão do treinador Louis van Gaal, depois de este ter criticado a atuação do então técnico da seleção holandesa, Marco van Basten.

Ao recado seguiu-se um comunicado da Associação dos Torcedores do PSV, divulgado hoje. Seguindo uma linha já adotada por setores do time, a entidade acusa o goleiro de estar "mal influenciado" por seu empresário Vlado Lemic. Para a associação, "95% das declarações" do brasileiro são baseadas em "mal-entendidos, traduções equivocadas e suposições" a partir das quais Gomes teria criado sua "versão dos fatos". No comunicado, a liderança da torcida enfatiza: há "uma fresta" (da porta do PSV )aberta ao jogador. "A chave está nas mãos dele" - neste caso, a chave é o pedido público de desculpas e a retirada das declarações, coisa que Gomes se recusa a fazer.

Na geladeira

De acordo com o jornal "AD", Gomes já estaria no Brasil de onde o PSV "não faz o menor esforço" para chamá-lo de volta, embora as partidas do momento não exijam a presença do goleiro na Holanda. O jornal arriscou dizer que Gomes já teria feito seu último jogo no time, que conquistou o campeonato holandês pela 21a. vez e comemora o terceiro ano consecutivo de lucros. Na briga com Reker, Gomes não está sozinho: outros seis nomes ligados a Vlado Lemic também estão metidos na confusão. O motivo, especula-se, é dinheiro. Com as manobras de Lemic, o PSV já teria gasto "muito mais com empresários" do que o Manchester United, time europeu de despesas astronômicas, disse o presidente da liga de torcedores.

Terra Magazine

terça-feira, 6 de maio de 2008

Herrera e Dentinho dão vantagem ao Corinthians

O Corinthians venceu o São Caetano na noite desta terça-feira no Morumbi, em jogo válido pelas quartas-de-final da Copa do Brasil. Com a vitória de 2 a 1, o time pode empatar no segundo, na próxima terça-feira, em Ribeirão Preto, que se classifica. Derrota por um gol de diferença, contato que marque pelo menos dois gols, também classifica o time. A repetição do placar de hoje leva o jogo para os pênaltis. Ao São Caetano basta o 1 a zero para avançar para a semifinal.

Os corinthianos que foram ao Morumbi esperando a repetição dos 30 minutos mágicos contra o Goiás, na semana passada, ficaram extremamente desapontados. O São Caetano dominou por, pelo menos, 15 minutos. A partir daí, o Corinthians foi se organizando. Mas o time só passou a mandar no jogo após a expulsão de Wilton Goiano, aos 33 do primeiro tempo.

Coincidência ou não, o motor do time contra o Goiás, o meia Diogo Rincón, fez uma partida apagada, sendo substituído no intervalo por Acosta. Também no intervalo, Mano sacou Perdigão e promoveu a estréia de Eduardo Ramos. O Corinthians passou então a ter um só volante - Fabinho. O time começou a acuar o São Caetano, que não tinha contra-ataques. Assim, era uma questão de tempo para o gol sair. Lulinha foi na linha de fundo e cruzou. O goleiro Luis falhou e Herrera cabeceou livre, sem dificuldades. 1 a 0 Corinthians.

O time continuava a pressionar. Pouco depois, um "milagre" aconteceu no Morumbi. Em bola alçada por André Santos na área do Corinthians, Luis defendeu uma bola praticamente impossível. Aos 38 minutos, talvez como castigo por não ter conseguido fazer um gol tão feito como o defendido incrivelmente por Luis, o Corinthians sofreu o empate. Acosta perdeu a bola no meio e o Azulão armou o único contra-ataque no jogo todo. A bola foi lançada para Luan. William deu uma vacilada e o atacante do Azulão pôs na frente, invadiu a área e chutou em cima de Felipe, que aceitou. Era o empate.

4 minutos mais tarde, Dentinho fez ótima jogada pela esquerda e cruzou na cabeça de Herrera. O argentino só desviou de Luis e marcou o segundo.

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Na Libertadores, o Fluminense entrou bem devagar em campo e fez o mínimo, literalmente. 1 a zero, gol do zagueiro Roger. O Flu espera agora o resultado de São Paulo e Nacional, para ver quem enfrentará nas quartas-de-final.

Na argentina, o tricampeão Estudiantes foi eliminado pela LDU, do Equador. O time argentino, que havia perdido a primeira partida no Equador por 2 a zero, venceu, mas o 2 a 1 de hoje foi insuficiente. Mais um argentino eliminado. Los Hermanos correm o risco de chegarem nas quartas só com um representante, que sairá do clássico argentino entre River Plate e San Lorenzo.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Estratégia uruguaia

O Lance! publicou ontem uma matéria interessante sobre como os gandulas do Nacional pretendiam enervar os jogadores do São Paulo - em especial Adriano.

A reportagem é de Alexandre Lozetti.

'Vamos tirar o Adriano', diz gandula uruguaio

A Copa Libertadores tem servido para dar fama aos gandulas do Nacional (URU). Depois de provocar a expulsão do volante Toró, do Flamengo, e de um jogador do Cienciano (PER), o alvo da turma desta quarta-feira à noite era imperial.

- Vamos tirar o Adriano! - repetia insistentemente Jose, de 15 anos, um dos 15 garotos selecionados para a partida.

Desde que andavam pelos arredores do Parque Central, duas horas antes do início do jogo, os garotos demonstravam a clara intenção de expulsar o camisa 10 são-paulino. Bem-humorados, porém assustados pela proibição de dar entrevistas, revelaram o segredo para tirar o Imperador do sério.

- Vou deixar que ele me empurre - afirmou um dos adolescentes, pouco preocupado com a força física de Adriano.

Os gandulas, todos com a mesma faixa etária, jogam na equipe juvenil do Nacional. Como há um rodízio dos garotos que trabalham nas partidas, Nicolas, que provocou polêmica no Brasil ao causar o cartão vermelho de Toró, não estava no Parque Central, ontem. Além do revezamento, ele é o único que não mora em Montevidéu, capital uruguaia. E, depois de meia-noite, não há meios de transporte para deixar a cidade.

Depois do incidente com Toró, Nicolas levou um "gancho" da diretoria e ficou alguns jogos sem trabalhar. Porém, só não esteve no estádio nesta quarta por causa do horário. Seus amigos, no entanto, o representaram bem e provaram que os uruguaios aprendem muito cedo a provocarem os adversários.

- Adriano? O Richard Morales é muito mais jogador, ele é nosso ídolo - comparou Rodrigo, já liberado a falar com jornalistas.

Mas, e Rogério Ceni? O goleiro não preocupava os meninos?

- Ah, quando ele for bater um tiro de meta a gente dá um soco nele - disparou Jose, para logo em seguida se retratar:

- É brincadeira (risos)...

De acordo com Adriana Puertas, secretária do clube uruguaio, os meninos não recebem nada para trabalhar nas partidas.

Quer entrar em campo em um jogo de futebol?

Então veja o novo comercial da Nike. O realismo é impressionante.


Que venham mais dias como o de ontem

O dia de ontem - 31 de abril de 2008 -, ficará marcado por algum tempo como a quarta-feira mais longa da história.

Para quem gosta de futebol, dias como esses são como aquela viagem inesquecível para um lugar paradisíaco.

Teve de tudo e para todos os gostos. Liga dos Campeões com os ótimos elencos de Chelsea e Liverpool; Copa Libertadores com jogo na Bombonera, vitórias fora de casa de Flamengo e Fluminense; jogos pegados entre São Paulo e Nacional e San Lorenzo e River; e a Copa do Brasil com o Corinthians goleando e o Palmeiras conhecendo a força do Sport.

Lampard homenageando a mãe falecida na semana passada: de longe, a imagem da quarta-feira. Foto: Getty Images

Na Liga dos Campeões, um jogaço. O 1 a 1 do tempo normal já tinha sido muito bom. O 2 a 1 na prorrogação então.

Drogba mostrou mais uma vez que é decisivo. Marcou dois gols difíceis e importantes. Lampard, de pênalti, marcou na prorrogação e fez desabar de emoção Stamford Bridge. Por dois motivos: pela importância do gol e pelo seu significado. Emocionante.

O segundo gol do Liverpool, de Babel, já no fim da prorrogação, foi um lance que não víamos há muito tempo: uma falha de Petr Cech. Coisa rara.

Agora Manchester e Chelsea fazem a final no dia 21 em Moscou, casa de Roman Abramovich, o dono do Chelsea.

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Pela Libertadores, o Cruzeiro entrou desatento na Bombonera e, com 6 minutos, já perdia por 1 a zero, gol de Riquelme. O que se viu desde o começo do jogo até o gol de Fabrício, para o Cruzeiro, diminuindo o placar para 2 a 1 foi o Cruzeiro perdido em campo, e o Boca perdendo boas chances de matar a a classificação já no primeiro jogo. Não fez. E agora vai sofrer no Mineirão.

O Flamengo venceu bem o América do México. Mas poderia ter sido muito mais. O time cansou de perder gols e quase se complica. Mas o América, em situação lamentável - é o último colocado no campeonato mexicano - e com Sebá Domínguez na zaga, não ofereceu muita resistência.

O Fluminense, em seu primeiro jogo de mata-mata na Libertadores, voltou com uma importante vitória na bagagem. Fruto do pênalti e, conseqüentemente, da expulsão do goleiro do Atlético Nacional, o jovem Ospina. O 2 a 1, salvo alguma catástrofe, classifica o Flu para as quartas.

o São Paulo sofreu. A pressão e a violência estiveram no roteiro do Nacional para vencer o jogo. Mas o time brasileiro suportou a pressão enorme da metade até o fim do primeiro tempo. No segundo, se organizou melhor e teve chances para vencer o jogo. Poderia jogar mais tranquilo na próxima quarta.

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Pela Copa do Brasil, o Corinthians fez o que muitos - não sei por que - achavam impossível: reverter o placar do jogo de ida contra o Goiás. A goleada e a forma avassaladora que o time jogou no primeiro tempo, isso sim foi surpresa. Mas a classificação não. Agora é tomar cuidado e não se empolgar como aconteceu em anos anteriores, como quando o time reverteu o resultado contra o Cianorte e foi eliminado na sequência pelo Figueirense.

O Palmeiras de Luxemburgo, assim como em 1996, encantou - não tanto quanto aquele time - e só venceu o Paulista. Quer dizer, ainda nem o Paulista. Jogou mal ontem, Romerito estava inspirado como na semifinal de 2004 da Copa do Brasil, quando o Santo André eliminou o Palmeiras em pleno Palestra. O 4 a 1 para o Sport serviu para abaixar um pouco a bola da diretoria, comissão técnica, jogadores e torcida. E para mostrar que o time, apesar de bom, não é lá essas coisas.