Foi um grande jogo, cheio de alternativas, digno de semifinal de Libertadores.
Cruzeiro 3 a 1 no Grêmio. Uma vitória de quem soube aproveitar suas chances e que manteve a cabeça sempre no lugar.
Mas um único incidente está deixando o jogo em segundo plano: o possível xingamento de Maxi "La Barbie" López ao volante cruzeirense Elicarlos. O argentino teria chamado o brasileiro de "macaquito".
O que eu posso dizer é que, na hora do quiprocó no primeiro tempo, deu para ver claramente o Wagner, meia do Cruzeiro, batendo no próprio braço, como se estivesse dizendo para o argentino: Voce o xingou mesmo.
Essa é uma das acusações mais difíceis de provar. Geralmente esses xingamentos ocorrem na "intimidade" dos dois jogadores.
O Jogo
Antes dos 10 minutos, duas grandes chances para cada lado. Uma com Alex Mineiro para o Grêmio e outra com Jonathan, para o Cruzeiro.
O time mineiro, que não contava com 4 jogadores - Fernandinho, Gérson Magrão, Ramires e Thiago Ribeiro -, foi à campo com Marquinhos Paraná na lateral-esquerda para explorar o fato de o Grêmio ter o zagueiro Thiego como lateral-direito e Fabinho no meio, fazendo também a função de terceiro zagueiro quando precisava.
Mas o time gaúcho fechado e marcando a saída de bola do Cruzeiro, conseguiu duas ótimas oportunidades. Outra com Alex Mineiro, desta vez de cabeça, livre na área e a outra com Maxi, que "rachou" com Thiago Heleno, recuperou a bola, driblou Leonardo Silva, invadiou a área e chutou, fora do alacance de Fábio. Mas a bola triscou a trave e saiu.
O Cruzeiro, aos poucos, foi se recuperando. E, aos 37, marcou seu gol. Kléber cruzou e Wellington Paulista marcou de cabeça, no contrapé de Marcelo Grohe.
O que se viu depois foi um Cruzeiro com muita confiança e um Grêmio preocupado. Ainda mais depois que o time mineiro aumentou sua vantagem. Logo com dois minutos do segundo tempo, Wagner chutou, a bola desviou na zaga e Marcelo Grohe não teve como defender: 2 x 0, o placar dos sonhos mineiros.
E o sonho, quem diria, ficou ainda melhor. Fabinho marcou o terceiro, de cabeça.
Para o Grêmio restava a tentativa de marcar um gol e diminuir o prejuízo, ou sair do Mineirão eliminado.
Souza deu esperanças e, ao final do jogo, disse a frase que todos os gremistas queria ouvir:"Não tá morto quem pelea."
Agora, com essa discussão sobre o racismo, a partida de volta ganha contornos dramáticos e imbecis. Dramáticos pelo placar em si, pelas necessidades das equipes. Imbecis, porque alguns idiotas da objetividade vão invocar o suposto racismo em nome da pátria, dizer que tais palavras tinham que vir de um argentino - como se nós, brasileiros, não fossemos racistas o suficiente.
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