sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

À mulher de César não basta ser honesta, tem que parecer honesta

Há duas semanas pipocou a informação de que Adriano estava conhecendo - e bem - a noite de São Paulo. Bebendo e, principalmente, fumando. Normal para qualquer jovem. Mas não para aqueles que dependem do corpo para sobreviver.

Fui checar com algumas pessoas e essas disseram ter a mesma informação. Mas nada de concreto.

A vida pessoal dos atletas só deve importar caso interfira no rendimento profissional deles. O rendimento de Adriano, após um começo promissor, caía vertiginosamente.

Na edição de agosto do ano passado, Placar publicou uma excelente matéria falando dos problemas do atacante. Sobre sua paixão pela noite, Gilmar Rinaldi, seu procurador, diz: «Não tem jeito. Já falei muito sobre isso com ele. Ele sai mesmo. Sabe que prejudica sua imagem, mas garantiu que vai melhorar.»

As confusões começaram a aparecer no carnaval, quando ele "flertou" com a modelo do minúsculo tapa-sexo de 4 cm. Enquanto isso, sua ex (ou atual) anunciou que está grávida. Isso mexe com a cabeça de qualquer um, evidentemente.

O incidente da camiseta no desembarque da delegação na manhã de ontem, seria um ato falho, não fosse o histórico do São Paulo. O clube puniu, em 2005, o atacante Diego Tardelli, pelo mesmo motivo.

O atraso na manhã desta sexta pode ter sido só mais um lapso - afinal, Borges e Hugo também se atrasaram. Mas pode ser consequência de mais uma noite de balada do atacante.

Na hora que que estava deixando o CCT, Adriano foi abordado por Marco Aurélio Cunha. O superintendente do São Paulo relata a conversa: «Ele disse que estava chateado, com um problema pessoal e queria ir embora.»

O tal problema pessoal seria um pequeno acidente automobilístico no qual o atacante se envolveu, às 5 horas da manhã desta sexta, na rua Pamplona, região nobre da cidade.

Tudo isso somado gera um grande desconforto para qualquer pessoa. Ainda mais se paira sobre você uma enorme dúvida sobre seu "retorno" ao futebol.

Há alguns dias atrás falei com Marco Aurélio Cunha sobre o Carlos Alberto, para uma matéria sobre a doença do meia para a edição de março da revista Placar. Uma frase dita por Marco me chamou a atenção. «O Carlos Alberto é um menino muito bom. Está se esforçando muito para ficar bom e se recuperar. Mais que o Adriano.»

É mais ou menos aquela coisa da mulher de César: «Não basta ser honesta, tem que parecer honesta.»

No momento, para o Adriano, não basta se recuperar, tem mostrar que está a fim de se recuperar. Para que isso aconteça, ficar longe das baladas é obrigatório.

Porque, como diz um amigo: «nessas horas [ruins] tudo contribõe [sic]»

Lágrimas de Crodilo

O termo "Lágrimas de Crocodilo" é o mais apropriado para o "choro" do rubro-negro Souza, após ter marcado o primeiro gol do Flamengo no jogo contra o Cienciano, na última quarta, pela Libertadores.

O que pouca gente sabe é a veracidade da expressão. O popular derramar lágrimas de crocodilo, usada para dizer que alguém chora sem razão ou por fingimento, surgiu de um fato real que acontece com os crocodilos . Quando o animal come uma presa, ele a engole sem mastigar. Para isso, abre a mandíbula de tal forma que ela comprime a glândula lacrimal , localizada na base da órbita, o que faz com que os répteis lacrimejem.

Isto posto, é interessante como o torcedor reagiu a isso tudo. O botafoguense, claro, não gostou.

Mas o flamenguista...........

Abaixo o vídeo que mostra como a torcida reagiu ao "choro" botafoguense no último domingo e ao "choro" de Souza, na última quarta. Começa com 15 segundos do vídeo.




A letra:
E ninguém cala, esse chororô,
chora o presidente,
chora o time todo,
chora o torcedor

Quem dera as relações entre torcidas ficassem só nessas zuações, seria bem menos violento.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Os jogos de quarta da Libertadores

O São Paulo conseguiu um ótimo empate contra o Nacional, na Colômbia.

Que pese o fato de ter saído atrás do marcador logo aos oito minutos e ser dominado pelos primeiros quinze de jogo.

Aos poucos o time se acertou - mostrou falhas defensivas de cobertura que ainda são culpa do desentrosamento do trio, que ontem contou com o Zé Luís pelo lado direito do zaga -, e mostrou consistência. Jogou no 3-4-1-2 do ano passado. Com a entrada de Éder Luís, ganhou em qualidade no setor. Éder acompanhou sempre um dos volantes do Nacional, mas não criou o que costuma criar de oportunidades, totalmente compreensível para um jogador que fez a sua estréia ontem.

Richarlyson está mal. Muito mal. Errou passes curtos e longos. Cometeu faltas desnecessárias e correu o risco de ser (novamente) expulso. Não joga domingo por causa da expulsão no jogo contra o Noroeste e corre sério risco de ir para o banco, com Fábio Santos jogando no seu lugar, deslocando Hernanes para jogar de volante à esquerda. Mas, mesmo assim, quase fez um golaço. Precisa entender que primeiro ele tem que marcar, fazer o simples.

O time cresceu a partir dos vinte minutos do primeiro tempo, quando conseguiu manter a bola, tocando e cadenciando o ritmo do jogo a sua maneira. Com isso foi conseguindo escanteios seguidos e vendo que o goleiro Ospina não era assim tão confiável pelo alto. E foi desta maneira que saiu o gol. E poderia ter feito outros. O chute do Borges, por exemplo. Uma boa roubada de bola do Joílson - talvez seu único lance realmente bom no jogo -, tabela com o Borges, o drible do atacante e o chute, colocado, de chapa, no canto esquerdo do goleiro Ospina. A bola saiu por pouco, muito pouco. Mas saiu. Foi um pecado. Borges merecia, por ser o único do ataque que realmente tem se esforçado. Do mesmo modo que Richarlyson tem que tomar cuidado para não perder a posição para Fábio Santos, Adriano também tem que se mexer. A continuar assim, não demora muito e o ataque será Borges e Aloísio.

No segundo tempo o time não quis se expor. Por isso ficou aguardando o Nacional em seu campo. Em condições normais, com o time bem, teria resolvido facilmente o jogo nas inúmeras chances que teve para contra-atacar o time da casa. Como está sem confiança, desperdiçou todas as chances. Correu risco de sofrer o segundo gol, mas nada de pressão.

Falta ainda uma maior velocidade à zaga. E é por isso que Muricy escalou Zé Luís por ali, por ele ser um jogador rápido, de boa recuperação. Também o escalou ali para cobrir Joílson, que ainda não se encontrou. Não ataca como nos tempos de Botafogo e, pior, não marca. Como Hernanes sobe demais para armar o jogo, suas costas são uma avenida para a criação de jogadas por parte dos adversários.

Mas, mais importante que o resultado em si, foi a volta da vontade dos jogadores. Foi animador. Um outro time, uma outra cara. Podem esperar, o time vai se acertar antes do que se imaginava.

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O Flamengo foi mal ontem. Muito mal.

Talvez conseqüência do jogo de domingo. O desgaste, tanto físico quanto o emocional, foram grandes após a vitória da Taça Guanabara.

O Cienciano veio fechadinho e complicou bastante a atuação do Flamengo. Destaque para o excelente passe do Toró para o gol de Sousa.

Ainda acho o Flamengo um bom time e o quase empate de ontem, na minha opinião, se deve ao cansaço acumulado por causa do jogo de domingo.

Como quase todos os times, o Flamengo necessita e muito da ótima atuação de seus laterais para jogar bem. Ontem ambos estavam muito bem marcados. E isso dificultou muito a atuação do time.

Mas é um time que luta muito, bem guerreiro mesmo. Que não desiste, mesmo jogando mal, mesmo se for contra um adversário melhor - que não foi o caso ontem.

E por isso conseguiu a vitória. No fim.

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O terceiro jogo que o blog viu foi River Plate e América do México.

Pouca técnica. Um América abaixo do que pode render, amedrontado pelo fator campo.

Mesmo assim saiu na frente com Cabañas - como faz gol o baixinho paraguaio!

O River foi pra cima na base da vontade. E foi chegando. E crescendo.

Empatou após cruzamento da direita que foi escorado por El Loco Abreu para Falcao marcar.

No segundo tempo, em nova falha da defesa mexicana, Ortega virou o jogo e livrou a cara do River, eliminado na primeira fase da Copa no ano passado pelo Caracas da Venezuela, e que já conseguiu a façanha de perder da Universidad San Martín, do Peru, neste ano. Um empate em casa ontem seria desastroso.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Viggo Mortensen e o futebol

A grande parte dos fãs de cinema conhece Viggo Mortensen por seu papel na trilogia Senhor dos Anéis, na qual ele interpretou Aragorn. Depois disso ele fez o ótimo Marcas da Violência e Senhores do Crime, papelo pelo qual foi indicado ao Oscar de melhor ator - perdeu a estatueta para Daniel Day-Lewis. Mas poucos sabem da paixão que o ator tem pelo San Lorenzo de Almagro.

Na foto, Viggo "usa" a barriga da atriz Cate Blanchett para mostrar a bandeira do time argentino.

Viggo, quando criança, morou por oito anos na Argentina e, é deste período, que vem a torcida.

Ele não tem motivos para sorir ultimamente. Além de perder o Oscar, seu time de coração não deslancha. Perdeu uma e empatou a outra na Libertadores e vai mal no campeonato argentino - perdeu ontem para o River Plate por dois a zero.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

O infortúnio de Eduardo da Silva

No Brasil, Eduardo da Silva ainda é pouco conhecido. Saiu cedo do país, após disputar um campeonato de favelas, organizado pela CBF. Foi pra a Croácia jogar no Dínamo Zagreb. Fez sucesso. Em 2006, estava cotado a ir para a copa, já naturalizado croata. Não foi convocado pelo técnico Zlatko Kranjcar. A não convocação de Eduardo rendeu muitas críticas ao técnico, que não conseguiu avançar com a Croácia na Copa - ficou em terceiro lugar no grupo, perdendo a vaga para a Austrália. Na janela de transferências de verão, em agosto do ano passado, Eduardo saiu do Dínamo para o Arsenal, que tinha acabado de perder Thierry Henry para o Barcelona. um desafio e tanto para o garoto. Mas ele tirou de letra. Até este sábado, ele havia jogado 31 jogos pelo time londrino, contabilizando 12 gols e 8 assistências. Na seleção, pelas eliminatórias da Euro - nas quais a Croácia eliminou a Inglaterra -, ele marcou 10 gols em 12 jogos. Mas Eduardo dificilmente entrará em campo de novo nesta temporada. Abaixo a razão da ausência de Eduardo.

A seqüência da lesão: impressionante. Clique para ampliar

Neste sábado, o Arsenal enfrentou o Birmighan, fora de casa. O resultado: 2 x 2. Mas o lance mais importante do jogo ocorreu com o placar ainda em zero a zero. Aos 2 minutos de jogo, o zagueiro Taylor, do Birmighan, deu esse carrinho em Eduardo. Resultado: quebrou a perna do brasileiro. Taylor, que até então não havia levado sequer um cartão amarelo em todo o campeonato, levou o vermelho direto. Eduardo chegou a desmaiar em campo, tamanha a dor da lesão. Ficou sete minutos deitado no gramado para que a equipe médica do Arsenal conseguisse estabilizar a situação e pudesse removê-lo do campo.

O técnico do Arsenal, Arsène Wenger, definiu assim o lance, em entrevista à BBC Sport: «O carrinho foi horrendo e esse cara [Taylor] não deveria mais jogar futebol.»

O técnico do Birmighan, Alex McLeish, saiu em defesa do seu jogador. «Eu vi a jogada e, sim, as travas vão direto no tornozelo do Eduardo. Em câmera lenta esses carrinhos sempre parecem feios mas ele [Taylor] não é um jogador maldoso - o Eduardo que foi muito rápido para ele. O árbitro fez o que devia ter sido feito, que foi expulsá-lo, mas o Taylor não é um jogador maldoso.»

A resposta de Wenger veio rápida e com uma metáfora incomum. «A pior coisa que você pode ouvir depois de um lance desses é que ele [Taylor] não é o cara que normalmente faz uma coisa dessas. Mas você só precisa matar uma pessoa uma vez, é o suficiente.»

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

E o Alético?

O Craque de Blog recebeu, por e-mail, comunicado da - competente - assessoria de imprensa do Cruzeiro Esporte Clube.

Cruzeiro presta homenagem ao Villa Nova

Clube oferecerá placa dedicada aos 100 anos do Villa Nova

O Cruzeiro Esporte Clube prestará neste domingo (24), às 16h, no Mineirão, uma homenagem ao Villa Nova. O presidente do Cruzeiro, Alvimar de Oliveira Costa, entregará uma placa para o presidente do Villa Nova, João Bosco Pessoa.

A homenagem será prestada antes da partida, e contará com a participação dos mascotes dos dois Clubes, Raposão e Leão.

Confira os dizeres da placa:

1908 – 2008

O Cruzeiro Esporte Clube parabeniza o VILLA NOVA pelos 100 anos de fundação e tem o orgulho de ter conquistado com o Villa, em jogo válido pela final do Campeonato Mineiro de 1997, no dia 22 de junho, o maior público da história do Mineirão. 132.834 torcedores. Um recorde que jamais será vencido.

Belo Horizonte, fevereiro de 2008

Alvimar de Oliveira Costa

Presidente



A questão agora é, e o Atlético Mineiro, receberá uma igual?

O Galo completará 100 anos no dia 25 de março. E o clássico entre Atlético e Cruzeiro está marcado para o próximo dia 9. Dezesseis dias antes do aniversário do Galo.

O que fará o Cruzeiro? A conferir.

Já Roger?

Após três gols, Roger pede para ser poupado no Grêmio


Alexandre Praetzel
Especial para o Terra

Herói do Grêmio na vitória de virada por 2 a 1 sobre o Esportivo e no triunfo gremista sobre a Ulbra por 1 a 0, marcando os três gols do time tricolor, o meia Roger pediu para ser poupado no próximo desafio da equipe no Campeonato Gaúcho, também contra o Esportivo, neste sábado.

O camisa 10 irá conversar com o técnico Celso Roth para diminuir a seqüência de jogos na temporada, já que, segundo ele, segue em recuperação de cinco contraturas que teve no ano passado.

Outro motivo seria a falta de ritmo de jogo. Roger ficou muito tempo parado e busca o melhor condicionamento físico para os jogos do Grêmio.

Roger não deve nem viajar com o elenco gremista para pegar o Esportivo, já que está com dores no tornozelo após a partida da última quinta.

Entrelaçados

Gustavo Kuerten, terça-feira da semana passada, dia 12 de fevereiro «Não é que eu não queira jogar mais, eu peço desculpas, é que eu realmente não consigo mais»

Ronaldo, o fenômeno, hoje, dia 22 de fevereiro, na saída do hospital Pitié-Salpetriere, em Paris «Minha vontade é de continuar a jogar, meu coração pede para continuar, mas meu corpo dá sinais de que está muito cansado. Sofreu muito e pede descanso.»

Qualquer semelhança não é mera coincidência.

Que ambos façam o melhor para suas vidas. Lembrando que eles são relativamente jovens - recém entrados na casa dos trinta -, e que eles têm uma longa vida pela frente, dependendo do estado físico dos seus corpos para viver bem.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

O difícil Paulistão

O Campeonato paulista está realmente demais. Não pela qualidade dos jogos, evidentemente.

Mas pela a enorme possibilidade dos grandes ficarem de fora das semifinais. O Santos, tirante algum milagre, já está fora.

Corinthians, Palmeiras e São Paulo, no máximo, brigam por duas vagas. Hoje o Corinthians estaria classificado. São Paulo e Palmeiras fora. Teoricamente, as maiores chances de classificação entre os grandes estão em Palmeiras e São Paulo.

Isso, obviamente, pelo futebol que apresentam e/ou podem apresentar. Isso é teoria.

Mas isso cai por terra a partir do momento que outros times façam mais pontos. Mesmo que estejam jogando um futebol menos vistoso, até pior. O Corinthians, por exemplo, já tem mais pontos que São Paulo e Palmeiras, jogando um futebol pior que ambos. Portanto, hoje, tem mais chances de classificação.

A verdade é que, time que vence jogando mal, não se sustenta. Essa parece ser a situação atual do Corinthians.

Por isso o blog aposta em Guará, Ponte, São Paulo e Palmeiras como os 4 classificados para a semifinal.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Libertadores

A Copa Libertadores da América é um torneio singular. Seu campeão, muitas vezes, termina o ano futebolístico como o melhor time do mundo – muitas vezes sem merecer, já que o auge do torneio é na sua final, que ocorre meses antes. A Libertadores, com certeza, não tem o glamour que o seu primo rico, a Liga dos Campeões, o torneio de clubes mais ricos do mundo, tem. E é justamente isso que faz da Libertadores um torneio singular. Ela pode ser definida em uma palavra: Luta!

Talvez pela proximidade da competição com os valores propostos pelos habitantes da América do Sul, que tiveram que lutar, e muito, para conquistarem suas independências, não há campeão da Libertadores sem luta.

A edição de 2008 contará com as principais equipes do continente. Atualmente, Boca Juniors e São Paulo detêm toda a atenção da mídia. Isso é resultado da história de ambos na competição – O Boca tem seis títulos, e o São Paulo três –, e também pela força de seus elencos. O Boca conta com alguns jogadores acostumados a vencer a Copa, como Palermo e Riquelme. Já o São Paulo, concentra as suas forças na experiência de Rogério Ceni e no poder de decisão de Adriano, um dos jogadores mais bem pagos do mundo, cedido ao time por empréstimo até o final da competição.

Talvez a maior ausência desta edição da Copa seja o Independiente. O time argentino é o maior vencedor do torneio, com sete conquistas, mas tem ficado sistematicamente de fora do torneio. Outros times tradicionais que ficaram de fora desta edição são o uruguaio Peñarol, com cinco conquistas, e o Grêmio, duas vezes campeão e atual vice.

Nesta edição, além de Boca e São Paulo, outros times pintam como favoritos ao título. Entre eles, dois brasileiros: Flamengo e Fluminense. O Flamengo tenta repetir a façanha de 1981, quando o time comandado por Zico chegou ao título mundial. O Fluminense, por intermédio de um patrocinador endinheirado, montou um time capaz de brigar pelo título inédito. Título para, pelo menos, se igualar aos rivais cariocas Flamengo e Vasco, ambos campeões do torneio.

Na Argentina também se destacam River Plate e Estudiantes. Dois times tradicionais que a muito tiveram seus tempos de glória, mas que sempre incomodam no torneio.

Como na vida, o futebol também é cíclico. Times que fizeram muito sucesso no passado, caso do Independiente, não figuram mais entre os favoritos para conquistas hoje. Ao passo que, times como o Libertad, do Paraguai, se tornam cada vez mais realidade no futebol. Outros exemplos dessa nova realidade são o Arsenal, de Sarandí, da Argentina, e o Cúcuta Deportivo, da Colômbia. Os times mexicanos aparecem também com grande força, principalmente por causa do seu poderio financeiro e, muitas vezes, por causa da altitude de suas cidades-sede.

Por tudo isso é que a Copa Libertadores é um torneio apaixonante e intrigante, por nem sempre ter como campeão o melhor time, e sim aquele que mais lutou, para passar por todas as adversidades.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Clássico tenso marca a volta do futebol em São Paulo

O futebol voltou, até que enfim, ao estado de São Paulo.

Até este domingo, o que tinha sido mostrado era muito pouco para os padrões do estado e de seus times.

Neste domingo, no Morumbi, um jogo de muita tática e brilho técnico, muito movimentado e com choro em relação à arbitragem, como vocês podem conferir nos áudios abaixo. Tem de tudo um pouco: Leão reclamando do árbitro, Muricy falando do Leão, Rogério ironizando o choro dos santistas, um festival de declarações para todos os gostos.

No jogo, o São Paulo foi melhor na maior parte. No primeiro tempo surgiu com Jorge Wagner pela ala, com Richarlyson se revezando por ali. Todos os jogadores do meio Tricolor se movimentavam e criavam muito, à exceção de Joílson, apagado. Do primeiro ao décimo quarto minuto, o time criou quatro boas chances de marcar. Não o fez. No minuto seguinte, o lateral santista Carletto, se aproveitando de um passe errado do Tricolor, lançou Kléber Pereira. Na cara de Rogério, o artilheiro não perdoou. Um a zero Santos.

O Domínio Tricolor continuava e, três minutos depois, o time empatou. Jorge Wagner cruzou e Fábio Santos, na pequena área, completou para as redes.

O São Paulo continuava mandando na partida. Hernanes aparecia pela direita, quase com um ponta e ainda voltava para marcar Rodrigo Souto na saída de bola santista. Richarlyson e Jorge Wagner infernizavam os perdidos Dênis e Adriano. Mas o time não matou o jogo quando devia.

No segundo tempo, Leão - como explicado depois na coletiva, vocês podem ouvir abaixo -, colocou Marcinho Guerreiro no lugar de Dênis. Adriano bloqueou Jorge Wagner e Marcinho marcou Richarlyson. Tudo isso para evitar que o baile do primeiro tempo continuasse por ali.

Logo aos dois minutos o São Paulo virou. Juninho cobrou falta, Fábio Costa falhou e o São Paulo passava, merecidamente, à frente no placar.

Estava tudo pronto para o São Paulo deslanchar na partida. Estava em vantagem, o time adversário não tinha saída pela direita.

Mas, aos onze minutos, Alemão fez boa jogada pela esquerda, a zaga do São Paulo - leia-se Miranda -, vacilou e Rodrigo Souto empatou.

O Santos então passou a ter mais domínio do jogo, pois estava armado para destruir as ações tricolores e jogar no contra-ataque. O São Paulo, sem criatividade, não armava boas jogadas.

Muricy colocou Carlos Alberto e tirou Fábio Santos. Arriscou para tentar vitória. Mas o resultado poderia ter sido diferente. Logo após a substituição, Rodrigo Tabata, que era seguido de perto por Fábio Santos, colocou Kléber Pereira na cara de Rogério. Muito mais fácil do que no lance do gol marcado por ele no primeiro tempo. Em ambas - sim, foram duas vezes -, o atacante perdeu, chutando a primeira para fora e a segunda em cima de Rogério. No lance seguinte, Carlos Alberto carregou a bola o campo todo, levou para a perna esquerda e bateu. A bola desviou em Adaílton e matou Fábio Costa. Era o gol da vitória.

No final, Rodrigo Tabata e Adriano - em lances distintos -, foram expulsos.

Resultado justo, para o melhor jogo do ano até aqui. Em São Paulo.

Muricy falando de quem decidiu o clássico



Muricy falando na coletiva sobre o meia Carlos Alberto e seu comportamento no São Paulo.

Muricy na coletiva



Muricy falando sobre o clássico e sobre o time do São Paulo.

Coletiva do Leão



Leão falando sobre o jogo no primeiro tempo e as mudanças que ele fez no segundo para parar o domínio do São Paulo.

Rogério falando do jogo e do juiz



O goleiro Tricolor falando, ainda no gramado, sobre as expulsões de Tabata e Adriano e sobre o jogo. O domínio do São Paulo e as chances desperdiçadas pelo Santos para matar o jogo.

Leão no gramado após o jogo



O técnico do Santos, Emerson leão, reclamando do árbitro e dando uma "sugestão" para o que a Federação pode fazer com Rogério Batista do Prado.

São Paulo e Santos - Ao Vivo

Inovação no Craque de Blog. Acompanharemos ao vivo o clássico deste domingo. Espero que gostem.

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Fim de jogo. Vitória do São Paulo. Leão vai falar com o árbitro e solta um sonoro «Vai tomar no ...»

Adriano é expulso. Desferiu uma cabeçada em Domingos. Reclama de um soco desferido pelo zagueiro santista enquanto ambos estavam no chão.

Rodrigo Tabata é expulso. Confusão, emia reclama que sofreu falta de Carlos Alberto e leva o vermelho.

Carlos Alberto sai no contra-ataque e, na entrada da área, chuta. A bola desvia em Domingos e trai Fábio Costa. É o primeiro gol de Carlos Alberto no São Paulo.

Kléber, de novo, desperdiça na frente de Rogério. Duas vezes seguidas.

Kléber, assim como no primeiro tempo, aparece na cara do Rogério. Desta vez, porém, o atacante chuta para fora.

Hernanes e Richarlyson voltam a fazer a dupla que os consagrou no brasileiro do ano passado. Carlos Alberto será o responsável pela criatividade do time.

Saem Aloísio e Fábio Santos

Muricy chama Carlos Alberto e Borges.

Juninho deixou a cobrança para Jorge Wagner, que bateu na barreira.

Outra falta perigosa para o São Paulo. Outra vez Juninho na bola.

São Paulo sofre pela falta de criatividade. Como depende das ultrapassagens entre Richarlyson e Jorge Wagner, quando eles estão marcados, o time não funciona.

Parada técnica devida ao calor. Mas chove no Morumbi. Vá entender.

A marcação santista encaixou. Marcinho e Adriano não deixam continuar a farra que foi no primeiro tempo as jogadas entre Richarlyson e Jorge Wagner.

Jogo esquenta no Morumbi. Atletas saem do sério.

11 minutos. Cruzamento de Alemão e Rodrigo Souto empata.

17.681 pessoas. Público decepcionante para um clássico.

Gol, Juninho, aos 3 do segundo tempo. Bola quicou na frente de Fábio Costa. 1º gol de Juninho pelo São Paulo. No brasileirão do ano passado, pelo Botafogo, ele marcou 10 gols de falta. Incluindo um no Morumbi, no empate por 2 x 2 com o São Paulo.

Falta perigosa para o São Paulo. Juninho na bola.

Começa o segundo tempo.

Leão coloca o volante Adriano pela direita para marcar Jorge Wagner, já que Dênis estava perdido, não sabia se marcava JW ou Richarlyson. No meio Marcinho pega Richarlyson. No ataque, Alemão na vaga de Tiago Luís.

Mudança no Santos. Saem Dênis e Tiago Luís. Entram Marcinho Guerreiro e Alemão.

Mesmo que Fábio Costa não tenha feito defesas espetaculares, o São Paulo merecia melhor sorte. JW na ala, com Richarlyson, Hernanes e Fábio Costa se revezando na armação das jogadas do time.

JW «sabíamos que essa troca [entre ele e o Richarlyson] poderia confundir o Santos. Vamos procurar manter essa movimentação»

45 minutos, primeiro tempo foi todo do São Paulo. Apesar do gol santista ter saído antes. São Paulo marcou muito bem - tirando o lance do gol -, saiu para o jogo e pressionou o Santos que, na maior parte do tempo, não passava do meio-campo.

Joílson sai, aparentemente, machucado. Reasco entra. Pode estar nesta substituição a vitória Tricolor.

Cruzamento de Adriano e Domingos cabeceia, contra sua própria meta, na trave.

Joílson, mais uma vez apagado. É a válvula de escape, só que do Santos. Foi por lá que saiu o gol santista. E é por lá que pode estar a chave da vitória santista.

Outra vez Fábio Santos sai para o jogo. Toca para Richarlyson, que rola para Adriano. O chute sai forte, mas alto demais.

Fábio Santos domina o meio. Anula Tabata e sai para o jogo com eficiência. Como Tabata não o acompanha, fica livre na maior parte das ações.

São Paulo muito mais ligado no jogo, como não havia feito em 2008.

Confusão entre Richarlyson e Thiago Carletto. Na cobrança da falta, Jorge Wagner põe na cabeça de Fábio Santos, é o empate, aos 18 minutos. 3ª assistência de JW no ano, ele que foi o líder em assistências do time no campeonato brasileiro. Mais uma vez, a bola parada Tricolor fazendo estrago nas defesas adversárias. O São Paulo atacou a meta santista, com 6 jogadores na área. Impressionante.

14 minutos de jogo, o único perigo do Santos faz estrago. Kleber Pereira marca em contra-ataque. Carletto faz belo lançamento, Kléber posicionado pelo meio, às costas de Juninho, aparec livre na frente de Rogério. Só tem o trabalho de deslocar Rogério. Kléber Pereira continua com seu ótimo desempenho contra o Tricolor. Em todos os times no qual passou - Atlético Paranaense, Necaxa e agora Santos -, sempre marcou.

O São Paulo pressiona bastante, Hernanes tem liberdade para criar. Juninho é o líbero e Miranda pega Kleber Pereira. Hernanes além de marcar, tem fôlego para marcar a saída de bola santista que sai dos pés de Rodrigo Souto.

Jorge Wagner, enfim, é ala e Richarlyson parte do meio. Hernanes adiantado. As bolas começam com JW na esquerda.

São Paulo começa melhor


São Paulo volta ao 3-5-2. Rogério; André Dias, Juninho e Miranda; Joílson, Fábio Santos, Hernanes, Richarlyson e Jorge Wagner; Aloísio e Adriano.

Santos também no 3-5-2. Fábio Costa; Adaílton, Betão e Domingos; Dênis, Adriano, Rodrigo Souto e Carletto; Tiago Luís e Kléber Pereira.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Semifinal sem os grandes?

A tabela de classificação do campeonato paulista mostra, até agora, uma liderança inusitada: o Guaratingüetá, com 18 pontos. Além da liderança outro fator inusitado é mostrado pela tabela: os quatro primeiros colocados são do interior. São eles: o já citado Guaratingüetá, a Ponte Preta, Noroeste e o Ituano.

A distância do líder para o primeiro time fora do G-4 é de cinco pontos. O quinto colocado é o São Paulo.

O Guará, assim, praticamente se garante na semifinal. Já enfrentou dois grandes - perdeu do São Paulo na primera rodada e venceu o Palmeiras na última quarta, por sonoros três a zero -, por isso é de se imaginar que a equipe garanta, ao menos, a quarta colocação.

A Ponte, apesar do bom time, do conjunto bem montadinho, foi beneficiada nessas sete primeiras rodadas pois jogou cinco vezes em casa - incluindo a última partida e vai jogar a próxima. Mas tem qualidade para chegar.

Noroeste e Ituano são os times que estão aproveitando o péssimo momento dos grandes. Logicamente, têm seus méritos por estarem lá em cima mas, não fosse a instabilidade dos grandes, certamente não estariam lá em cima.

No momento, está óbvio que pelo menos um time grande ficará de fora das semifinais.

Dentre os que ficarão de fora, certamente São Paulo e Palmeiras não farão parte.

O São Paulo de Muricy se caracterizou por alguns detalhes. Um deles é perder pouco. Em dois anos de campeonato brasileiro, disputou 76 jogos. Perdeu 11 vezes. E o próprio técnico já disse que está na hora do time render mais.

«Chegamos em um momento da competição que temos que estarmos bem fisicamente e precisamos melhorar o futebol. O resultado não é o ideal, mas não perdemos. Jogando bem a possibilidade de vencer é maior», disse o técnico na manhã desta sexta, no CT. A diferença do time para os outros grandes é que, quando jogam mal, eles inavriavelmente perdem. O São Paulo, empata.

O caso do Palmeiras é complexo. Tem um bom time, um ótimo técnico e perdeu os últimos três jogos. Mas o campeonato paulista, com a atual fórmula de disputa, favorece os times instáveis. Aí está a chance do Palmeiras. É fato que o Luxemburgo vai arrumar o time e que ele se classificará, mesmo que seja na "bacia das almas".

O Corinthians, apesar de estar à frente do Palmeiras na tabela, tem menos chances. E é justamente por um motivo: não faz gols, por isso não vence. E não dá mostras de que acerará a questão ataque até o fim do campeonato. Andrés Sanchez viu que errou na montagem do time. E agora vai atrás do Luizão. Por essas e (muitas) outras, é que o Corinthians tem poucas chances.

O Santos é quem tem menos chance. E não se enganem pensando que isso se deve única e exclusivamente ao fato de o time ter poucos pontos até aqui. Há uma falta de sincronia gritante na Vila. Leão e Marcelo Teixeira parecem caminhar cada um para um lado, totalmente opostos. Confusões de contratos com atletas jovens, com Fábio Costa, torcida pegando no pé dos jogadores. Difícil. E, quando chegam reforços, vêm da maneira que vieram.

A chance de uma semifinal totalmente "caipira" existe.

O que faria pelo menos um time do interior chegar à final.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

A diferença entre profissionalismo e populismo

Nesta quarta, as seleções de Argentina e Brasil entram em campo para amistosos internacionais.

A Argentina, em Los Angeles, enfrenta a Guatemala.

O Brasil, em Dublin, enfrenta a Irlanda.

Até aí, nada demais, mesmo que a Irlanda seja mais competitiva que a Guatemala.

A diferença está na visão do jogo para os dois países.

Enquanto a Argentina escala a seleção olímpica enxertada pelos "maiores de idade" Demichelis, Mascherano e Riquelme, o Brasil escala a selção principal, deixando os "olímpicos" no banco.

A Argentina que, lembremos, é a atual campeã do torneio olímpico. Ganhou a medalha de ouro de forma invicta e sem levar nenhum gol em seis jogos, vencendo o Paraguai na final por 1 x 0, gol de Carlitos Tevez.

É fácil ver, entre as duas seleções, quem está mais preocupada e preparada para as olimpíadas.

Abaixo o vídeo da vitória argentina na final em Atenas 2004.




ARGENTINA 1 x 0 PARAGUAI

Local: Estádio Olímpico (Atenas);
Árbitro: Kyros Vassaras (GRE); Público: 44.000 pessoas;
Gol: Tevez 17' do 1º tempo;
Cartões Amarelos: Gamarra, Manzur, Esquivel, Figueredo, Torres, Julio González e Kily González; Expulsões: Martinez e Figueredo.

ARGENTINA: Lux; Ayala, Coloccini e Heinze; Mascherano, Kily González, D'Alessandro e Lucho Gonzalez; Delgado (Rodriguez), Tevez e Rosales. Técnico: Marcelo Bielsa.

PARAGUAI: Diego Barreto; Martinez, Manzur, Gamarra e Esquivel (Julio González); Edgar Barreto, Enciso (Díaz), Torres e Figueredo; Gimenez e Bareiro.
Técnico: Carlos Jara.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Luxemburgo, enfim, assume o Joinville

Do Diário Catarinense, de hoje:

Luxemburgo assina oficialmente contrato da WL Sports com JEC neste domingo

Técnico passará o dia na cidade e assistira o jogo do time na Arena


O técnico Vanderlei Luxemburgo confirmou, nesta sexta-feira, que vem a Joinville domingo, dia 3, para assinar e oficializar o contrato de Assessoria Técnica de Futebol de sua empresa de consultoria, a WL Sports com o JEC.

A empresa do atual técnico do Palmeiras trabalha com o Joinville desde 30 de Novembro de 2007, porém, o contrato era apenas verbal. Além de fazer consultoria a empresa tem autonomia na gestão dos departamentos profissionais e de base. Um exemplo é a contratação do atual técnico do time, Waldemar Lemos, pela empresa.


AGENDA DE VANDERLEI LUXEMBURGO 03/02
11h – Chegada ao Aeroporto de Joinville (Cubatão);
11h30 - Visita ao CT da Categoria de Base;
12h15 - Almoço no Piazza Italia;
13h30 - Visita ao CT Morro do Meio;
15h00 - Coletiva de imprensa na Arena Joinville;
15h30 - Assinatura do Contrato de Assessoria Técnica no Futebol: JEC x WLS;
16h - Jogo JEC x Cidade Azul.
Após o jogo: Retorno a São Paulo.


Qual a intenção de tal parceria? Seria essa parceria o início da holding Vanderlei Luxemburgo? Mistério.