No Brasil, Eduardo da Silva ainda é pouco conhecido. Saiu cedo do país, após disputar um campeonato de favelas, organizado pela CBF. Foi pra a Croácia jogar no Dínamo Zagreb. Fez sucesso. Em 2006, estava cotado a ir para a copa, já naturalizado croata. Não foi convocado pelo técnico Zlatko Kranjcar. A não convocação de Eduardo rendeu muitas críticas ao técnico, que não conseguiu avançar com a Croácia na Copa - ficou em terceiro lugar no grupo, perdendo a vaga para a Austrália. Na janela de transferências de verão, em agosto do ano passado, Eduardo saiu do Dínamo para o Arsenal, que tinha acabado de perder Thierry Henry para o Barcelona. um desafio e tanto para o garoto. Mas ele tirou de letra. Até este sábado, ele havia jogado 31 jogos pelo time londrino, contabilizando 12 gols e 8 assistências. Na seleção, pelas eliminatórias da Euro - nas quais a Croácia eliminou a Inglaterra -, ele marcou 10 gols em 12 jogos. Mas Eduardo dificilmente entrará em campo de novo nesta temporada. Abaixo a razão da ausência de Eduardo.
A seqüência da lesão: impressionante. Clique para ampliar
Neste sábado, o Arsenal enfrentou o Birmighan, fora de casa. O resultado: 2 x 2. Mas o lance mais importante do jogo ocorreu com o placar ainda em zero a zero. Aos 2 minutos de jogo, o zagueiro Taylor, do Birmighan, deu esse carrinho em Eduardo. Resultado: quebrou a perna do brasileiro. Taylor, que até então não havia levado sequer um cartão amarelo em todo o campeonato, levou o vermelho direto. Eduardo chegou a desmaiar em campo, tamanha a dor da lesão. Ficou sete minutos deitado no gramado para que a equipe médica do Arsenal conseguisse estabilizar a situação e pudesse removê-lo do campo.
O técnico do Arsenal, Arsène Wenger, definiu assim o lance, em entrevista à BBC Sport: «O carrinho foi horrendo e esse cara [Taylor] não deveria mais jogar futebol.»
O técnico do Birmighan, Alex McLeish, saiu em defesa do seu jogador. «Eu vi a jogada e, sim, as travas vão direto no tornozelo do Eduardo. Em câmera lenta esses carrinhos sempre parecem feios mas ele [Taylor] não é um jogador maldoso - o Eduardo que foi muito rápido para ele. O árbitro fez o que devia ter sido feito, que foi expulsá-lo, mas o Taylor não é um jogador maldoso.»
A resposta de Wenger veio rápida e com uma metáfora incomum. «A pior coisa que você pode ouvir depois de um lance desses é que ele [Taylor] não é o cara que normalmente faz uma coisa dessas. Mas você só precisa matar uma pessoa uma vez, é o suficiente.»
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