A tabela de classificação do campeonato paulista mostra, até agora, uma liderança inusitada: o Guaratingüetá, com 18 pontos. Além da liderança outro fator inusitado é mostrado pela tabela: os quatro primeiros colocados são do interior. São eles: o já citado Guaratingüetá, a Ponte Preta, Noroeste e o Ituano.
A distância do líder para o primeiro time fora do G-4 é de cinco pontos. O quinto colocado é o São Paulo.
O Guará, assim, praticamente se garante na semifinal. Já enfrentou dois grandes - perdeu do São Paulo na primera rodada e venceu o Palmeiras na última quarta, por sonoros três a zero -, por isso é de se imaginar que a equipe garanta, ao menos, a quarta colocação.
A Ponte, apesar do bom time, do conjunto bem montadinho, foi beneficiada nessas sete primeiras rodadas pois jogou cinco vezes em casa - incluindo a última partida e vai jogar a próxima. Mas tem qualidade para chegar.
Noroeste e Ituano são os times que estão aproveitando o péssimo momento dos grandes. Logicamente, têm seus méritos por estarem lá em cima mas, não fosse a instabilidade dos grandes, certamente não estariam lá em cima.
No momento, está óbvio que pelo menos um time grande ficará de fora das semifinais.
Dentre os que ficarão de fora, certamente São Paulo e Palmeiras não farão parte.
O São Paulo de Muricy se caracterizou por alguns detalhes. Um deles é perder pouco. Em dois anos de campeonato brasileiro, disputou 76 jogos. Perdeu 11 vezes. E o próprio técnico já disse que está na hora do time render mais.
«Chegamos em um momento da competição que temos que estarmos bem fisicamente e precisamos melhorar o futebol. O resultado não é o ideal, mas não perdemos. Jogando bem a possibilidade de vencer é maior», disse o técnico na manhã desta sexta, no CT. A diferença do time para os outros grandes é que, quando jogam mal, eles inavriavelmente perdem. O São Paulo, empata.
O caso do Palmeiras é complexo. Tem um bom time, um ótimo técnico e perdeu os últimos três jogos. Mas o campeonato paulista, com a atual fórmula de disputa, favorece os times instáveis. Aí está a chance do Palmeiras. É fato que o Luxemburgo vai arrumar o time e que ele se classificará, mesmo que seja na "bacia das almas".
O Corinthians, apesar de estar à frente do Palmeiras na tabela, tem menos chances. E é justamente por um motivo: não faz gols, por isso não vence. E não dá mostras de que acerará a questão ataque até o fim do campeonato. Andrés Sanchez viu que errou na montagem do time. E agora vai atrás do Luizão. Por essas e (muitas) outras, é que o Corinthians tem poucas chances.
O Santos é quem tem menos chance. E não se enganem pensando que isso se deve única e exclusivamente ao fato de o time ter poucos pontos até aqui. Há uma falta de sincronia gritante na Vila. Leão e Marcelo Teixeira parecem caminhar cada um para um lado, totalmente opostos. Confusões de contratos com atletas jovens, com Fábio Costa, torcida pegando no pé dos jogadores. Difícil. E, quando chegam reforços, vêm da maneira que vieram.
A chance de uma semifinal totalmente "caipira" existe.
O que faria pelo menos um time do interior chegar à final.
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