Há muito tempo a Copa São Paulo não vinha revelando bons jogadores. Talvez o último tenha sido o Rosinei, mas que não era destaque no time do Corinthians. O destaque era o Bobô.
Parece que este ano a escrita foi quebrada. A única surpresa foi o São Bernardo, e também revelou um bom jogador, Rafinha, artilheiro da copinha com 10 gols.
A final foi disputada por Cruzeiro e São Paulo, com o s dois times em um ótimo nível. O São Paulo começou o jogo melhor, marcando por pressão a defesa mineira, para evitar que o Cruzeiro fizesse um gol antes dos 15, coisa que aconteceu em todos os jogos de mata-mata da equipe.
O São Paulo teve uma oportunidade com Jacson, que foi travado duas vezes dentro da área. O Tricolor atacava mais pela direita, onde Jacson batia de frente com Anderson, um dos destaques do Cruzeiro. Na esquerda o técnico cruzeirense fez um bloqueio para parar o lateral-esquerdo tricolor Kazumba. O Cruzeiro só acordou aos 16 minutos, quando Jonathas cabeceou para boa defesa de Jorge Miguel. A jogada aérea mineira daria trabalho ao São Paulo por mais duas vezes no primeiro tempo, ambas com Jonathas.
Aí o Cruzeiro já dominava as ações do jogo. Com isso, chegou ao gol. Aos 33, Anderson, o lateral-esquerdo destaque do Cruzeiro, tocou para Carlos Magno, que devolveu de calcanhar para ele acertar um lindo chute cruzado, indefensável para Jorge Miguel. Foi o quarto gol de Anderson na competição, todos belos. E ele chegou a fazer testes no São Paulo, mas não foi aproveitado.
O São Paulo sentia a falta de Ségio Mota, o articulador, suspenso da final. Vizoli preferiu colocar Alan em seu lugar, mas ele pouco produzia.
Na volta do intervalo, pensei que ele colocari a o Léo Gonçalves, jogador com uma característica mais ofensiva. Ele preferiu coltar com o mesmo time e, aos 3, Thiago empatou após boa jogada de Eric.
Aí o São Paulo foi para cima e passou a ter um volume de jogo muito maior que o Cruzeiro. Alan perdeu um gol incrível. O São Paulo dominava o jogo, ma não conseguia marcar.
Com isso o jogo fo para os pênaltis. Todos acertaram na primeira séria. Bruno César perdeu o sexto pênalti e Paulinho garantiu o título inédito, e merecido, para o Cruzeiro.
Do time do Cruzeiro, Guilherme e Anderson devem subir para o profissional. Não para serem titulares já, mas têm que serem aproveitados.
No São Paulo, o Serginho foi o que mais me agradou. Marca forte, rouba muitas bolas e chega na frente com bastante vigor. Lembrou alguém? Não, não façamos comparações, principalmete com um ídolo tão marcante da história recente do São Paulo. Mas ele pde ser aproveitado por Muricy.
Luan, o outro volante, também é bom e deve ter chance. Sérgio Mota e Léo Gonçalves têm que serem observados com carinho. O zagueiro Breno, tão endeusado no Morumbi, precisa saber que ele joga nos juniores ainda. Hoje fez uma boa partida, mas em outros jogos deixou a modéstia de lado e quase entregou alguns gols bobos. Talvez seja porque alguns conselheiros tricolores já andaram falando por aí que ele é craque. Tem que tomar cuidado. Nessa idade, para cair no esquecimento é muito fácil.
Dos outros times, o São Bernardo revelou Rafinha (outro que passou pelo São Palo mas não foi aproveitado) e o atacante Tchuk, uma espécie de Leandro (atacante do São Paulo).
O Atlético Paranaense revelou um excelente goleiro, João Carlos e um bom atacante, Fernado Mineiro, que fez um golaço na semi-final contra o São Paulo.
No Corinthians, Alisson e Lulinha e o meia/lateral-esquerdo Everton se destacaram. Mas o time jogou com equipes muito fracas e, quando pegou um time forte, o Cruzeiro, foi eliminado. Leão já está de olho em Everton para a lateral do time principal.
Até que enfim a copinha voltou a revelar. Que continue assim!