Morreu nesta madrugada o craque húngaro Ferenc Puskas. Ele estava internado há mais de um mês em decorrência do Mal de Alzheimer. Ele tinha 79 anos.
Não o vi jogar, é óbvio. Só por tapes. E, desde a primeira vez que vi, fiquei encantado. Baixinho, gordinho e com um poderoso chute de canhota, por isso o apelido de Canhãozinho Pum, lhe dado na Espanha.
Antes disso ele teve outro apelido, um pomposo. O Major Galopante. Por ele jogar no Honved, time do exército húngaro e por conduzir aquele time tão bem.
É um daqueles craques que não têm em seu currículo uma Copa do Mundo conquistada. Como diria Fernando Calazans: "Problema da Copa do Mundo!".
Puskas comandou a Hungria por muito tempo mas, naquela Copa, jogou só três jogos. Na primeira fase, no jogo entre Hungria e Alemanha ( 8 x 3 para os húngaros. Jogo em que os alemães entraram com quase todo o time reserva), Puskas foi acertado no tornozelo, não se sabe se de propósito ou não. Fato é que ele só voltou na final, contra a mesma Alemanha, mesmo assim "baleado". Naquele jogo que, de tão surpreendente que foi, virou filme: O Milagre de Berna.
Antes dessa derrota, a seleção húngara havia conquistado o ouro em 1952, nas Olimpíadas de Helsinque. Com isso, foram convidados a jogar uma partida contra a toda poderosa Inglaterra, em Wembley. Os ingleses não haviam perdido ainda em Wembley desde a inauguração do estádio, 30 anos antes. Ainda....
Foi um 6 x 3 acachapante, com direito a um golaço de Puskas, aqui narrado em húngaro:
Depois da revolução húngara em 1956, Puskas resolveu que não voltaria mais para a Hungria. Foi punido por 2 anos pela FIFA. Em 1958, o presidente do Real Madrid, Santiago Bernabéu o contrata. Com a camisa do Real foram 372 partidas e 324 gols. Além dos títlos da Liga dos Campeões e Campeonato Espanhol.
Ao todo, Puskas marcou 1176 gols na carreira, marca só batida por Pelé.
Para quem que, assim como eu, não viu Puskas jogar, aqui uma matéria em espanhol sobre a carreira dele. Para quem o viu jogar, uma ótima chance para rever.
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