domingo, 19 de junho de 2005

Até Quando???

Não dá pra entender, é uma no cravo, outra na ferradura. Joga muito em um jogo e, no outro não joga nada. Perder do México não dá, Se perdesse num lance fortuito, depois de dominar o jogo inteiro, com o goleiro fechando o gol, até seria aceitável mas, perder dessa forma, jogando um futebol bisonho e, depois ver o "Showman" Ronaldinho Gaúcho falar que tivemos várias oportunidades e não soubemos concluir, tenha dó.
Como pode insistir com Lúcio, Roque Jr., Adriano, Zé Roberto, será que o Parreira não vê que com eles não dá, não vamos a lugar algum. Eles não são jogadores ruins, mas na seleção, ou jogam de fora de suas posições, caso do Zé Roberto, que no Bayern é um meia, quase um ponta esquerda, ou o esquema não os favorece, Lúcio e Roque Jr. jogaram muito bem na copa do mundo, mas eles jogavam com três zagueiros, estavam mais protegidos.
Outra coisa que tem que parar é essa coisa de " O Brasil não tem que se preocupar de como joga o adversário, são eles que tem que se preocupar conosco" aí o que acontece, jogamos sempre da mesma forma, todos sabem como nos marcar, anulam as nossas principais armas e ficamos o jogo inteiro na esperança de um lampejo de um dos nossos craques mas, como todos os mortais, eles podem estar em um dia ruim e não fazem nada, aí complica.
O Brasil tem que parar de ter "cadeiras cativas" na seleção. Por exemplo, o Ronaldinho Gaúcho pode não estar jogando nada que mesmo assim vai ficar no jogo até o fim, o Kaká pode destruir no jogo que ele sempre é o primeiro a sair, é um absurdo. Aliás, há quanto tempo o Ronaldinho não faz uma grande partida contra um grande adversário pela seleção. Que eu me lembre, desde as quartas-de-final da Copa 2002, naquela partida contra a Inglaterra. Mas como tem uma cadeira cativa, não sai de jeito nenhum, ele é um gênio mas tem que entender que mesmo os gênios fazem coisas simples, como dominar e tocar, ele está prendendo a bola demasiadamente, hoje em várias oportunidades o Kaká, o Cicinho, o Robinho, o Gilberto, passaram por ele livres para receber e ele, em vez de tocar e dar velocidade ao ataque da seleção, tentava um drible a mais, uma jogada de efeito, o que atrasava o ataque, isso quando ele não perdia a bola e dava o contra-ataque para a seleção mexicana. Concordo que boa parte desse preciosismo dele é culpa da imprensa, que sempre fala que ele não joga na seleção metade do que ele joga no Barcelona mas, alguém tem que chegar nele e dizer que é preciso ser mais objetivo, jogar para fazer gol, até porque não só de grandes dribles se faz um grande espetáculo, fazer muitos gols é uma bela forma de dar espetáculo. Como diria o grande Dadá Maravilha, "Não existe gol feio, o feio é ficar sem fazer gol".

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