segunda-feira, 17 de março de 2008

A escolha

No dia 07 deste mês, recebi um e-mail avisando que Zinedine Zidane estaria no Brasil para a inauguração de um projeto social e uma partida de futsal. Mas tudo isso no domingo do clássico Palmeiras e São Paulo. Qual assistir?

Foi a hora de ver as prioridades. São Paulo mal. Palmeiras em ascensão. Mas o jogo era pelo Paulista. E em Ribeirão Preto. E Zidane no Brasil, jogando, mesmo que seja futsal, talvez nunca mais.

Por isso preferi ir ao Paineras assistir ao Zizou.

Antes do jogo, uma entrevista coleitiva na qual o grande destaque foi a tradução simultânea. Talvez pela falta de costume da pessoa designada para a tarefa, o que causo risos entre todos, até Zidane.

Ele explicou que era muito importante estar no Brasil, inaugurando um projeto social da Adidas - que reformou uma quadra de futebol de salão na favela de Heliópolis -, principalmente por ele, Zidane, ter saído de um ambiente parecido com o que ele viu lá.

Sobre o futebol de hoje em dia, Zizou disse que a técnica hoje em dia já não tem o papel importante de antes. O ênfase está na perparação física. «Os jogadores criativos estão desaperecendo. Hoje é muito mais importante a tática do que a técnica.»

Quando perguntado, duas vezes, se ele se incluía entre os melhores do mundo, Zidane foi categórico.

«Pra mim, existem dois grandes: Pelé e Maradona. Depois um terceiro, Di Stéfano. E existem os outros. Uns preferem o Cruyff, outros o Platini.»

Sobre os jogos decisivos contra o Brasil, ele disse que sempre foi um jogo especial, no qual todos querem fazer o melhor, porque ninguém é o melhor que o Brasil. «Dizem que o futebol foi inventado na Inglaterra. Mesmo que seja verdade, os brasileiros o reinventaram.»

Quando perguntado sobre quais os times que jogam o melhor futebol atualmente, nenhuma novidade. Respondeu Manchester United e Arsenal.

Na hora do jogo, Zidane ficou ao lado de Rivellino, Fininho, Paulo Sérgio, Ronaldão. No time adversário, Manoel Tobias e Djalminha eram os destaques.

No primeiro tempo, Zidane, gripado, fez boas jogadas e deu uma bela assistência para Fininho marcar. O primeiro tempo terminou dois a zero para o time de Zidane. No segundo tempo, Zidane deu outra bela assistência para Fininho marcar. E deu uma série de dribles em Mauro Galvão digno dos melhores anos de sua carreira. O gol só não saiu por causa do goleiro Pezão. Ao final do jogo, perguntado sobre o fato de não "deixar" Zidane marcar, Pezão disse: «Não deixei. Ele já marcou muitos gols no Brasil!»

Ao final do evento, o clássico ainda rolava. Campo encharcado, mais parecido com um pasto. Jogo de baixo nível técnico. 4 x 1 para o Palmeiras. No fim das contas, a decisão de assistir Zidane ao vivo, se mostrou acertada.

Um comentário:

Rafael Zito disse...

É Thiago deve ter sido fantastico ver de perto o q considero o melhor jogador de futebol q eu vi jogar!!! Tenho 21 anos e pra mim eh o melhor dos ultimos 14 anos...

Um craque... acho q um dos ultimos genios do futebol.

Certamente vc foi presenteado e jamais se esquecerá desse momento.