quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

O empréstimo de Adriano para o São Paulo foi confirmado hoje pelo empresário do jogador, o ex-goleiro Tricolor Gilmar Rinaldi. Faltam, segundo ele, alguns detalhes.

Adriano ficará seis meses no São Paulo. Esse detalhes ao qual Gilmar se refere, imagino eu, devam ser valor de empréstimo e salário.

Como sabem, Adriano é um dos maiores salários do futebol mundial. São 5 milhões de Euros por ano pagos pela Inter. 416 mil Euros por mês. 1 milhão e 74 mil reais por mês.

O São Paulo não tem condições de pagar nem metade disso. Nem 25% do valor.

Como informa Vitor Birner no seu blog, Adriano receberá do São Paulo um salário compatível com o que o clube pode pagar. Algo em torno de 250 mil reais, imagino eu. Salário semelhante ao da estrela maior do time, Rogério Ceni.

É de se imagina ue haverá, por parte da Inter, uma composição para tornar o salário do Imperador mais compatível ao mercado europeu.

O Tricolor também não pagará pelo empréstimo do jogador.

Que baita negócio para ambos.

Tudo o que Adriano quer - e precisa -, ele encontrou no São Paulo: bom ambiente, técnico que osta das suas características e, principalmente, carinho. Adriano, como bem mostrou a revista Placar de agosto deste ano, depois da morte do pai em 2004, se tornou uma pessoa carente. E que, por isso, começou a descontar na beida e nas noitadas, o que ele passava. Com isso não rendia em treinos e em jogos. Badalava cada vez mais na noite de Milão. Sem que a Inter tivesse alguém para cuidar dele. Isso se tornou um círculo vicioso. Jogava mal, ia para balada.

Não havia como se recuperar.

Para o São Paulo, é a chance real de conquistar o Tetra da Libertadores. Adriano é o tipo de jogador para o torneio: alto, forte, com alto índice de aproveitamento. E com um canhonaço na perna esquerda.

O contrato vai até 30 de junho, com uma prorrogação caso o São Paulo chegue à final, que acontece no dia 2 de julho.

A saber, o grupo do São Paulo na libertadores é: Deportivo Luqeño, do Peru, Nacional da Colômbia e Audax ou outro time da Colômbia.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

O salto de qualidade palmeirense

Caio Júnior fez um excelente trabalho em 2007. E a diretoria também foi bem ao mantê-lo após as eliminações da Copa do Brasil e do Paulistão.

Montou um time competitivo que foi mais longe do que muitos esperavam. Diego foi um dos melhores do campeonato, assim como Pierre, Valdívia e Gustavo.

Mas é inégavel o salto de qualidade que o Palmeiras dá ao trazer Vanderlei Luxemburgo para o comando do time em 2008.

Ainda mais com a grana da Traffic, do palmeirense J(osé) Hawilla. Fala-se em 40 milhões de reais. Tinga e Rafael Sóbis podem chegar. São ótimos nomes. Com dinheiro assim, a rodo, Luxemburgo é o melhor nome.

E, diga-se de passagem, Luxemburgo ainda é o melhor técnico do Brasil. O problema dele é extra-campo.

Querer mandar mais do que deve. Isso é a ponta do Iceberg. Ligações para jogadores, comissões em transferências, relações promíscuas com alguns clubes, esses são os problemas dele.

Mas, a princípio, tem tudo para dar certo e para fazer o Palmeiras voltar a brigar fortemente por títulos.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Tetracampione del Mondo

E deu Milan.

Não pude ver ojogo na íntegra, vi os primeiros 30 minutos e depois vi os melhores momentos.

Kaká foi genial, todo mundo já disse. O Milan é um dependente do Kaká. AInda mais agora que ele é jogador de ataque.

A marcação de Battaglia em cima dele não deu certo. Mas o Boca consegui, no primeiro tempo, vigiá-lo bem de perto. Tanto que ele só teve duas chances. Na primeira foi travado pela zaga do Boca. Na segunda, tentou duas vezes e a bola foi parar nos pés de Pippo Inzaghi, o centroavante mais sortudo do mundo. Era o 1 x 0 que acalmaria o jogo, que faria o Milan jogar do jeito que mais gosta, tocando a bola, envolvendo o adversário.

Mas não durou 1 minuto. Escanteio para o Boca, Morel Rod´riguez cruzou e Palacio subiu livre, em falha incrível de Bonera, e empatou.

O Boca, se quisesse ganhar, teria que marcar Kaká ainda mais de perto e evitar a todo custo faltas perto da área. Pirlo é um exímio cobrador de faltas.

O Boca desobedeceu as duas coisas.

Logo aos 5, em cobrança de Pirlo, a bola sobrou para Nesta fuzilar Caranta: 2 x 1 Milan.

O Boca, incentivado pela fanática torcida, foi para cima. E quase empatou com um tirambaço de Ibarra que acertou o poste de Dida. No contra-ataque, Gattuso lançou Kaká justamento onde Ibarra deveria estar. Não estava, e o brasileiro teve uns 25 metros de campo livre para correr. Quando encontrou Maidana, já dentro da área, não houve dificuldade: uma finta de corpo com chute de esquerda e era o 3 x 1 milanista.

O quarto veio em outro contra-ataque, desta vez puxado por Seedorf, que tocou para Kaká já dentro da área. Ele fingiu o chute e rolou para Inzaghi. O centroavante só teve o trabalho de empurrar para as redes. 4 x 1.

O Boca ainda diminuiu, com Ambrosini contra o prórprio gol. Mas não havia muito o que fazer.

Foi se o tempo em que os times sul-americanos tinham a técnica e os europeus o conjunto.

E, podem escrever, será cada vez mais difícil os sul-americanos ganharem o título mundial.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Mar de Lama continua

Já foi falado aqui sobre o "Mar de Lama" que cobre o esporte nos últimos tempos. Dinheiro sujo sendo investido em clubes, casas de apostas tendo árbitros como apostadores, doping, entrega de resultados, jogador metido em rinha de cachorros, tudo da melhor espécie.

Jurgen Klinsmann, ex-técnico da seleção alemã, terceira colocada na Copa passada, esteve no começo do mês no Footecon, fórum de futebol promovido por Carlos Alberto Parreira todo final de ano no Rio de Janeiro. O alemão não se preocupou em falar de táticas, sistemas de jogo ou treinamentos. Tocou em uma ferida aberta que poucos ousam tocar.

Disse que os jogadores - no caso, os de futebol -, precisam ocupar o espaço de tempo ocioso com coisas e pessoas boas. Os jogadores ficam de 6 a 8 horas por dia, dependendo da época do ano, sem nada para fazer. E com as já citadas más companhias.

Por isso, diz Klinsmann, é importante que os clubes invistam na formação do ser humano, não investir só na formação do atleta. Depois que acaba a carreira, o que ele tem pra fazer?

É muito importante mesmo. Cruzeiro, Atlético Paranaense e São Paulo já cuidam da parte escolar de suas jovens promessas. Na Toca da Raposa, CT do Cruzeiro, tem uma escola para os alunos. Com direito a formatura ao final do ano.

Está aí um dos caminhos para que notícias como a veiculada hoje pela Folha de São Paulo passem a ser cada vez mais escassas.


Escândalo de doping faz EUA se alarmarem

Bush diz que esteróides "sujaram" beisebol do país

DA REPORTAGEM LOCAL

Um dia após a divulgação do relatório do ex-senador George Mitchell sobre doping na MLB (liga norte-americana de beisebol), os EUA entraram em polvorosa. É como se tivessem descoberto só anteontem que o uso de substâncias proibidas -comentado à boca pequena há décadas- é prática cotidiana em seus esportes de elite.

A acusação de que há uso deliberado de drogas ilícitas entre atletas mereceu comentário até do presidente George W. Bush, fã da modalidade e ex-proprietário de uma equipe.
"Espero que esse documento permita deixar para trás a era dos esteróides na MLB", afirmou Bush. "Tanto os jogadores como os proprietários [das equipes] devem levar o relatório Mitchell a sério."

Bush, no entanto, pediu cautela antes de punir jogadores. "Acredito que o melhor é que não haja conclusões apressadas sobre os jogadores, ainda que possamos concluir que os esteróides sujaram o esporte."

Para o presidente americano, porém, o impacto da notícia atinge diretamente a juventude do país, que tem os astros do beisebol como modelo.

Não é de hoje que há desconfiança de doping generalizado na MLB. A política antidoping da liga é tímida e já mereceu críticas de Bush em discurso anual no Congresso, em 2004.
Só em 2002 houve acordo para se aplicar testes contra esteróides anabólicos, substância que aumenta a força muscular.

O hormônio de crescimento, droga também banida pelo Código Mundial Antidoping, só foi proibido pela liga em 2005.
Várias das estrelas do beisebol foram citadas no relatório Mitchell. Entre eles estão sete MVPs (melhores jogadores da temporada), como Roger Clemens e Jose Canseco.

Dos jogadores que ainda estão em atividade, aparecem também os nomes de Jason Giambi, Eric Gagne, Paul Lo Duca, Troy Glaus, Gary Matthews Jr. e Brian Roberts.
A repercussão negativa do documento já causou perturbação na direção da liga. Bud Selig, homem forte da MLB, prometeu ação efetiva para combater o problema. Já Donald Fehr, chefe do sindicato de atletas, disse que a entidade não tinha do que se desculpar.
O relatório também repercutiu no Legislativo norte-americano, que já convocou Mitchell, Selig e Fehr a testemunharem na Câmara na terça.

O documento, de 304 páginas, lista 89 atletas que estiveram em ação na MLB desde a década de 80. Segundo o relatório, todas as 30 equipes da liga têm um ou mais jogadores já flagrados nos controles.

"Durante mais de uma década houve uso de esteróides e outras drogas proibidas entre atletas das Grandes Ligas, em violação às leis federais e à política antidoping", diz Mitchell.
Para confeccionar a lista, o político negociou até denúncia premiada. Um ex-atleta do NY Mets, cuja identidade é mantida sob sigilo, forneceu provas de que outros membros da equipe estavam envolvidos.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

As mentiras de Andrés

Desculpem pela a ausência. Semana corrida, com direito a viagem, curso e problemas técnicos no computador.

A escolha de Mano Menezes para o comando do Corinthians - no campo -, é excelente. Mas fora dele.........

O que esperar de um vice de futebol que diz: - Não importa a origem do dinheiro, o que importa é para onde ele vai.

É preocupante, para os corinthianos, óbvio.

Agora leio na Máquina do Esporte (www.maquinadoesporte.com.br), que Nizan Guanaes não tem compromisso firmado com o Corinthians.

- Não tenho contrato. Só tive contato -, disse o publicitário ao blog de Adonis Alonso (www.aalonso.blog.uol.com.br), jornalista especializado em propaganda e marketing.

Com essa declaração, Nizan desmente o presidente corinthiano, que havia dito já ter contratado a agência Africa para um projeto que visa o aumento da torcida para 60 milhões de corinthianos. O projeto até já teria data para ser apresentado: 2 de fevereiro.

Nizan esclarece que foi procurado uma única vez por Luiz Paulo Rosenberg, vice-presidente de marketing do Corinthians.

- Ele [Rosenberg] esteve na minha casa fazendo o convite para comandar o marketing do clube em 2008. Como há corintianos em casa, especialmente minha mulher, aceitei com a condição que me fosse apresentado um projeto de governança corporativa do clube. Depois disso nada aconteceu.

Segundo avaliação do publicitário, antes do marketing o Corinthians precisa ter um projeto de administração. Ele diz que em nenhum momento se falou em contratar a Africa e que esse não é seu objetivo.

- Deve ter havido uma conversa entre o presidente e o Rosenberg que eu desconheço. Aliás nem conheço pessoalmente o Andrés. Não quero brigar com ele e muito menos com a torcida do Corinthians, mas o turbilhão da queda do time para a série B talvez esteja criando essas situações.

Nizan, que num primeiro momento também tinha imposto como condição a continuidade do Corinthians na série A, já não pensa mais assim: - já vi que na série B o time terá ainda mais exposição e possibilidade de captar patrocínios. Mas por enquanto não existe nada, menos ainda contrato. Aliás, dia 2 de fevereiro é sexta-feira de Carnaval e eu vou organizar o Carnaval da Bahia. Não poderei apresentar projeto de marketing nessa data -, finalizou o publicitário

domingo, 2 de dezembro de 2007

Boleiros no Serra Dourada

Quem assistiu ao filme Boleiros? Ao ver o lance do gol que livrou o Goiás da segunda divisão lembrou uma história do filme.

Otávio Augusto interpreta um juiz que tem que roubar para o Juventus, na Rua Javari. Ele marca um pênalti inexistente. O jogador do Juventus partiu para a cobrança e perdeu. Ele inventou outro pênalti, o mesmo jogador bateu e perdeu de novo. O juiz mandou voltar. Quando o mesmo jogador pegou a bola, o juiz fala: "você não, bate outro!" Outro jogador cobrou e marcou.

Tirando o fato do juiz do filme estar comprado, o resto foi igual.

Diga-me com quem andas, que lhe direi quem és!

O Corinthians andou com o submundo do crime ultimamente. Máfia Russa com dinheiro de origem duvidosa. E arrotando soberba.

O hoje presidente Andrés Sanchez, pronunciou a célebre frase antes da partida contra o Inter em 2005, quando avisado da reclamação gaúcha contra a anulação dos 11 jogos por causa da Máfia do Apito: "quem tem dois ônibus vai sempre reclamar de quem tem uam Mercedes. O Corinthians tem uma Mercedes e o Inter dois ônibus".

A Máfia foi embora, o dinheiro sumiu. E o que ficou? Nada! Um time horrível, com algumas promessas. PRO-MES-SAS!

É lógico que não bastaria. Mesmo assim, o time teve muitas chances para escapar. Contra o Vasco então, um pouco de capricho bastaria para empurrar Goiás e Paraná para a segunda divisão. Não conseguiu. E hoje era muito difícil. O Grêmio, além da sonhada vaga para a Libertadores, tinha na sua torcida a exigência da vitória. E que não falem nada do Inter. O time correu, saiu na frente e Clémer defendeu dois pênaltis - acertadamente repetidos por caus do adiantamento flagrante do goleiro.

Com Paulo César Carpegiani aposto, o time não cairia. Pelo menos o time era organizado taticamente.

O Corinthians teve até algumas boas vitórias, como o 3 x 0 sobre o Cruzeiro. na época era um time organizado. Depois as vitórias foram minguando. E, quando aconteciam, era jogando mal. E time que vence jogando mal, não se sustenta. Uma hora a coisa se degringola.

Fica a lição: o futebol na era dos pontos corridos tem como principal característica a organização. Time organizado já sai na frente. E desorganizado sai muito atrás. E briga pelo rebaixamento. Às vezes escapa, como foi no ano passado. Esse ano não deu.

Os jogos do Corinthians no ano que vem, uma idéia minha, inicial apenas, jogará às terças com jogos sendo transmitidos pelo SPORTV e no sábado à tarde na GLOBO.