domingo, 17 de julho de 2005

Nossos adversários

São oito textos com os nossos principais adversários para a copa de 2006. Textos escritos por jornalistas desses países. Vamos ver como eles estão.

ARGENTINA
Tradição renovada!
Por Elias Perugino, EL GRÁFICO (ARG)

Time base: Abbondanzieri, Coloccini, Ayala e Heinze; Lucho Gonzalez, Mascherano, Cambiasso e Sorin; Riquelme; Saviola e Crespo
Olho nele: Carlos Tevez
Estrela: Hernan Crespo
O que pode dar errado: Só uma seleção sul-americana ganhou Copas na Europa, o Brasil em 1958, na Suécia
Nas Eliminatórias: 31PG, 15J, 9V, 4E, 2D, 27GP, 15GC
Técnico: José Pekerman

Desde a Copa de 2002, a Argentina passou por um longo período de transição. Primeiro, ainda sob o comando de Marcelo Bielsa, que apesar da eliminação logo na primeira fase do Mundial no Oriente foi mantido no cargo e montou uma nova equipe. Com ela, Bielsa disputou a Copa América — na qual perdeu a final para o Brasil. Depois, com um time mais jovem, ganhou a medalha de ouro nas Olimpíadas de Atenas e, logo em seguida, pediu as contas.

As mudanças, então, se aprofundaram com a chegada do técnico José Pekerman. Com ele, a Argentina mudou sua forma de jogar: passou de um futebol dinâmico e vertical, à européia, para um tipo do jogo mais de acordo com a tradição do país, lento, cadenciado e menos verticalizado. Riquelme foi eleito o principal condutor de bola do elenco, que também passou por uma ampla reformulação. Uma promissora geração de jogadores como Lucho Gonzalez, Milito, Cambiasso, Heinze, Mascherano, Saviola e Tevez ganhou lugar na equipe. Em relação ao grupo da Copa de 2002, atletas consagrados, mas em decadência, como Sensini, Simeone, Ortega, Caniggia e Batistuta foram esquecidos de vez.

A reformulação tem dado resultado, e o povo argentino tem mostrado mais otimismo em relação à equipe que era dirigida por Bielsa. Hoje, a torcida acredita na seleção de Pekerman: em suas mãos, a Argentina conquistou o tricampeonato Mundial Sub-20, com muitos dos jogadores que hoje fazem parte da seleção principal do país.

Entre os talentos que podem surpreender na Copa estão Carlos Tevez e Javier Mascherano, já que ambos jogarão seu primeiro Mundial no próximo ano. A responsabilidade maior, entretanto, ficará nos pés de Hernan Crespo e Juan Roman Riquelme, dois jogadores que atravessam bons momentos e devem chegar à Copa do Mundo em seu ápice, certamente como titulares da equipe.

Empolgada, renovada, com um sentimento de revanche pelo fracasso de 2002 e dona de um bom elenco, que mistura jovens promessas com nomes consagrados, a Argentina é hoje uma das poucas seleções em condições de vencer a Seleção Brasileira — considerada até por muitos argentinos a melhor do mundo. Convenhamos, é mais do que suficiente para ganhar a Copa.

ALEMANHA
Em casa mando eu!
Por Frank Khol, KICKER (ALE)

Time-base: Kahn, Hinkel, Worns (Friedrich), Huth (Mertesacker) e Lamm; Frings, Schneider (Deisler) Ballack e Schweisteiger; Kuranyi e Podolski (Klose)
Olho nele: Schweisteiger
Estrela: Ballack
O que pode dar errado: Falta talento há alguns anos; Renovação na defesa, que até então era o ponto forte da equipe
Nas Eliminatórias: Pré-classificado para a Copa por ser o país-sede
Técnico: Juergen Klinsmann

Depois do surpreendente vice no Mundial de 2002, a Seleção Alemã despencou novamente. Foi eliminada na primeira fase da Eurocopa e entrou em parafuso. O técnico Rudi Völler, ex-atacante e grande ídolo do futebol alemão, depois de quase quatro anos à frente da equipe, pediu demissão. Após uma longa procura por um sucessor (Otmar Hitzfeld, ex-Bayern de Munique, e Otto Rehagel, da Seleção Grega, recusaram o convite), outro grande nome da história do futebol alemão e ex-parceiro de ataque de Völler, Jürgen Klinsmann, assumiu em agosto de 2004.

Como declarou desde o início, o treinador de fato “não deixou nenhum tijolo no seu lugar”. A seleção da atualidade não tem nada a ver com a do vice da Copa de 2002. Klinsmann não modificou apenas a cara da Alemanha. Ele mudou também a forma de a equipe treinar (com a ajuda de profissionais dos EUA, onde vive) e até a cor da camisa da seleção — a Alemanha passou a jogar diversas vezes de vermelho.

Em campo, uma equipe mais ousada e criativa. “Nós queremos um futebol rápido e veloz, sempre jogando em direção ao gol do adversário; desde o começo até o apito final”, diz Klinsmann. No gol, o ex-intocável Oliver Kahn disputa vaga com o igualmente rodado Jens Lehman, do Arsenal. A defesa é o setor onde Klinsmann mais mexeu. Ele aposentou Wörns, Linke, Rehmer, Ziege e Heinrich. As caras novas são: Arne Friedrich (26 anos, Hertha Berlim), Andreas Hinkl (23, Stuttgart), Robert Huth (20, Chelsea), Per Mertesacker (20, Hannover 96), Patrick Owomoyela (25, Armenia Bielefeld), Christian Schulz (22, Werder Bremen) e Thomas Hitzelberger (23, Aston Villa).

O meio-campo é comandado pelo capitão Michael Ballack (28, Bayern de Munique) e conta com a maior promessa alemã: Bastian Schweinsteiger (de apenas 20 anos), companheiro de Ballack no Bayern de Munique. “Schweini” (“Porquinho”) exibe técnica refinada, além de uma ousadia pouco comum para um jogador alemão.

O seu grande amigo na seleção é Lukas Podolski (20, Colonia), outra grande promessa, oportunista como poucos. Junto com o teuto-brasileiro Kevin Kuranyi (23, Stuttgart, de partida para o Schalke), ele deu mais consistência ao ataque alemão. Miroslav Klose (27, Werder Bremen), um dos artilheiros da última Copa do Mundo, também está no grupo.
A partir de agosto de 2004, já com Klinsmann no banco de reservas, a Alemanha mudou completamente: nos 16 jogos sob seu comando, a Seleção obteve 10 vitorias, 4 empates e apenas 2 derrotas.
Com os resultados positivos e um futebol mais ofensivo e alegre, ele conseguiu resgatar a confiança dos torcedores e críticos. “Jürgen (Klinsmann) está fazendo um trabalho extraordinário”, diz Franz Beckembauer, o grande mito do futebol alemão. E o povo já sonha até com a conquista da Copa. A última pesquisa da revista Kicker (6 de junho, com 11 000 participantes) apontou: 44% acreditam no título, 4% esperam um segundo lugar e 22% acham que a Alemanha chega ao menos na semifinal.

ITÁLIA
Pra frente, Itália?
Por Gian Oddi

Time base: Buffon, Bonera, Cannavaro, Nesta e Zambrotta; Gattuso, Pirlo, Camoranesi e Totti; Cassano e Vieri (Gilardino)
Olho neles: Alberto Gilardino e Antonio Cassano
Estrela: Francesco Totti
O que pode dar errado: A tradicional falta de ousadia da equipe, que apesar do bom poder ofensivo, prefere jogar recuada, levando as decisões às prorrogações ou pênaltis
Nas Eliminatórias: 13PG, 6J, 4V, 1E, 1D, 9GP, 5GC

Quando a Itália foi eliminada pela Coréia do Sul na Copa de 2002, a ira dos fanáticos e críticos torcedores do país concentrou-se sobre o árbitro equatoriano Byron Moreno, o que acabou dando uma sobrevida ao então técnico da Azzurra, Giovanni Trappatoni. Mas ele não resistiu à eliminação logo na primeira fase da Eurocopa de 2004. Para o seu lugar, foi contratado Marcelo Lippi.

Apesar da mudança, o esquema de jogo não mudou muito: a equipe seguiu atuando num 4-3-1-2, com Totti responsável por municiar os dois atacantes. Assim, as principais alterações em relação a 2002 ficaram por conta das trocas no elenco. Maldini resolveu abandonar a equipe logo após a Copa; Panucci, Iuliano, Di Livio, Di Biagio, Tommasi e Del Vecchio foram saindo aos poucos. Nomes consagrados como Del Piero e Inzaghi também correm risco de não ir à Alemanha.

Com a saída de tanta gente, novos jogadores foram e ainda estão sendo testados. Entre eles, dois jovens atacantes já garantiram lugar para 2006: Cassano e Gilardino são hoje duas das maiores esperanças da equipe. No meio-campo, Pirlo e Camoranesi também são novidades, que têm dado mais qualidade ao time.

Apesar da melhora criativa do meio e do surgimento de novos talentos no ataque, a Itália marcou só nove gols em seis jogos das Eliminatórias. Sinal que, às vezes, o problema não é a falta de qualidade no elenco, mas a postura da equipe em campo.

FRANÇA
Caindo na real
Por Alexandre Juillard, L’ÉQUIPE (FRA)

Time-base: Barthez, Sagnol, Squillacci (Abidal), Givet e Gallas; Vieira, Dhoraso, Pedretti e Malouda; Henry e Trezeguet
Olho nele: Malouda
Estrela: Henry
O que pode dar errado: Ausências de Zidane e dos outros medalhões. Dependência excessiva de alguns jogadores, como no passado
Nas Eliminatórias: 10 PG, 6J, 2V, 4E, 0D, 5GP, 1GC
Técnico: Raymond Domenech

Desde o Mundial de 2002, que foi um desastre para a Seleção Francesa (eliminada na primeira fase), as coisas pioraram ainda mais. A geração campeã mundial em 1998 se aposentou. Zidane, Lizarazu, Desailly, Thuram e até Makelele (que não disputou o Mundial) disseram adeus à seleção. O novo técnico escolhido pela Federação Francesa de Futebol, Raymond Domenech, teve resultados desastrosos. Mesmo assim, ele permanece irredutível, com o mesmo sistema de jogo e os mesmos jogadores. Um exemplo da teimosia do treinador? Encostar Robert Pires, que criticou há alguns meses os métodos dele.

As principais novidades estão na defesa, que mudou completamente. Hoje, a nova linha de zaga tem, costumeiramente, Sagnol, Squillacci, Givet e Gallas. A surpresa pode ser Eric Abidal, do Lyon, considerado o zagueiro mais veloz da Europa. No meio, o time tem Viera (esse sim, no esplendor de sua forma), Dhoraso, Pedretti y Malouda, a grande revelação, possivelmente o jogador mais habilidoso da nova geração. Henry (que está jogando ainda mais do que em 2002), Trezeguet e Wiltord são os principais e mesmos nomes para o ataque.

O sistema é o mesmo de sempre, o 4-4-2. O problema é que a qualidade piorou e os remanescentes parecem desmotivados. Nas Eliminatórias, 10 pontos em 6 partidas. Nos três jogos disputados no Stade de France, três empates (contra Israel, Irlanda e Suíça) de 0 x 0. Vitórias, só contra as insignificantes Chipre e Ilhas Faroe.

Muitos franceses não acreditam que o time consiga a classificação para a Copa. Pessimismo geral. O curioso é que ninguém quer criticar veementemente Domenech porque, em 1998, Aimé Jacquet foi achincalhado e voltou para a casa com a taça. Mas se o time não conseguir a vaga para a Copa... Não seria uma surpresa, mas seria trágico.

INGLATERRA
Dream (English) Team
Por Jem Meidment, ARSENAL MAGAZINE (ING)

Time-base: Robinson, Garry Neville (Johnson), Ferdinand, Therry (Campbell) e Ashley Cole; Gerrard, Lampard, Beckham e Joe Cole; Owen e Rooney
Olho nele: Rooney
Estrela: Beckham
O que pode dar errado: A contusão de algum titular importante e a falta de confiança que costuma impregnar os jogadores durante os Mundiais
Nas Eliminatórias: 16PG, 6J, 5V, 1E, 0D, 13GP, 3GC
Técnico: Sven-Goran Eriksson

A Inglaterra de hoje é melhor que a de 2002, quando as únicas estrelas eram Beckham e Owen. Vários jogadores estão no auge de suas carreiras atualmente. Se Paul Scholes faz falta (ele resolveu abdicar da seleção), alguns pontos fracos do time do último Mundial, como o goleiro Seaman e o atacante Heskey, foram substituídos, com sobras, por Robinson e, sobretudo, Rooney. Ele é a nova estrela do time e pode ser considerado o maior talento inglês desde Paul Gascoigne.

Além de Rooney, destaque para o meia Frank Lampard. Prestem atenção em Steven Gerrard, também; um grande jogador, que adora responsabilidades. Um que pode surpreender é Joe Cole. Ele se transformou num meia-atacante fantástico desde a chegada do técnico Jose Mourinho ao Chelsea. Cole tem uma técnica maravilhosa (bem acima da média do jogador inglês) e também costuma ajudar na marcação. Ele estava no banco em 2002, quando o Brasil derrotou a Inglaterra por 2 x 1 com um jogador a menos. Sven-Goran Eriksson foi muito criticado por não ter colocado Cole em campo nos 20 minutos finais.

A maioria dos torcedores e dos jornalistas acredita que nós temos o melhor grupo de jogadores dos últimos 20 anos, talvez desde 1966! Em relação aos adversários, não existe, pelo menos no papel, uma equipe mais talentosa. Temos a melhor defesa da Europa, um meio-campo criativo e Owen e Rooney na frente. Um time experiente e com bons reservas também.

O que pode atrapalhar? A inabilidade de Eriksson em mudar as peças quando o time está perdendo; a pressão enorme que existe sobre os jogadores, que também estão de saco-cheio de derrotas heróicas. Ah... Já estamos rezando para que não aconteça mais uma decisão por pênaltis...

PORTUGAL
Rumo ao bi?
Por Filipe Dias, O JOGO (POR)

Time-base: Ricardo, Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Jorge Andrade e Fernando Meira (Miguel); Costinha, Maniche e Deco; Figo, Pauleta e Cristiano Ronaldo
Olho neles: João Moutinho e Tiago
Estrela: Cristiano Ronaldo
O que pode dar errado: A falta de tradição
Nas Eliminatórias: 20PG, 8J, 6V, 2E, 0D, 24GP, 4GC
Técnico: Luiz Felipe Scolari

A Seleção Portuguesa evoluiu muito desde o último Mundial. A campanha na Eurocopa (vice) e nas Eliminatórias (onde pegou uma chave fácil e não vem encontrando problemas) provam isso. Mais importante, porém, é que a nação se mobilizou em função da equipe; e muito por influência de Luiz Felipe Scolari, que, na Alemanha, busca o bi. A Eurocopa, disputada em casa, mostrou essa harmonia entre time e torcida. Desde a revolução de 25 de Abril de 1974 que não se via um ambiente assim no país.

Dentro de campo, a saída de jogadores como Rui Costa, além do afastamento de Vítor Baía, deixaram marcas, mas há um punhado de novos jogadores capazes de sucedê-los. Cristiano Ronaldo já é uma certeza. Miguel, Ricardo Carvalho e Paulo Ferreira são defensores de categoria (embora exista um vazio na lateral esquerda). No meio-campo, revelações como João Moutinho (Sporting), Manuel Fernandes (Benfica) e Tiago (Chelsea) enchem os olhos de Felipão. Se o artilheiro Pauleta ainda não se encontrou na equipe, a volta de Figo (chegou a anunciar sua aposentadoria na Seleção) e a afirmação do luso-brasileiro Deco são um grande alento.

Scolari implantou outros métodos e um novo modelo de jogo. Hoje, Portugal joga num 4-3-3, bem diferente do esquema cauteloso que impunha à Seleção Brasileira em 2002. Falando na Copa passada, a Seleção Portuguesa quer vingar a má imagem deixada na Coréia e Japão. É candidata à surpresa, mas a falta de tradição pode pesar.

HOLANDA
Laranja lima
Por Marcel Rözer, JOHAN (HOL)

Time-base: Van der Sar, Lucius, Heitinga, Opdam e Van Bronckhorst; Landzaat, Van Bommel e Cocu; Kuijt, Van Nistelrooy e Robben
Olho neles: Robben e Babel
Estrela: Van Nilstelrooy
O que pode dar errado: Desprezar figuras emblemáticas. O grupo é novo e o esquema, com dois pontas, ousado demais
Nas Eliminatórias: 22 PG, 8J, 7V, 1E, 0D, 20GP, 3GC
Técnico: Marco Van Basten

“Eu não quero nenhuma estrela de cinema na minha Seleção”, disse o técnico Van Basten na sua apresentação. Assim sendo, as grandes vedetes, como Seedorf e Kluivert, perderam a posição privilegiada que tinham. A base dos últimos anos foi pulverizada, com a retirada de outros jogadores-símbolos, como os irmãos De Boer, Jaap Stam e Marc Overmars.

A Eurocopa de 2002 viu surgir uma nova safra de jogadores: Arjen Robben (Chelsea), Wesley Sneijder (Ajax), John Heitinga (Ajax), Rafael van der Vaart (outro formado no Ajax). Todos estes, com idade inferior a 20 anos. As novas apostas são: Robin van Persie (Arsenal, que foi preso recentemente, acusado de estupro), Hedwiges Madura e Ryan Babel (ambos do Ajax; os dois estiveram presentes no Mundial Sub-20).

Van Basten defende um futebol ofensivo e atraente, sempre com dois pontas abertos e um centroavante, o implacável Van Nistelrooy. Os outros diversos goleadores holandeses da atualidade (Makaay, Kluivert etc) perderam espaço. Além do seu carisma (tem prestígio com a imprensa e com os torcedores) e de uma pitada de ousadia, o técnico vem contando com muita sorte — mesmo quando o time não joga bem, acaba vencendo. Até quando?

ESPANHA
De mau a pior
Por Marcos López, EL PERIÓDICO DE CATALUNYA (ESP)

Time-base: Casillas, Salgado, Puyol, Marchena e Del Horno; Albelda, Xavi e Raul; Joaquin, Torres e Vicente
Olho nele: Vicente
Estrela: Raul
O que pode dar errado: A falta de um armador de jogadas, um camisa 10, e a tradição de fracassar em competições importantes, mesmo com times considerados bons (nunca passou das quartas-de-final)
Nas Eliminatórias: 13PG, 7J, 3V, 4E, 0D, 10GP, 2GC
Técnico: Luis Aragones

A Seleção Espanhola piorou em relação ao time da Copa de 2002. Perdeu energia, saiu desmoralizada da Eurocopa (não passou nem da primeira fase)... Trocou de treinador e o futebol do time não melhora. Ao contrário: só piora. A principal novidade e esperança é o artilheiro Fernando Torres. Na parte defensiva, destacam-se Xavi e Puyol, ambos do Barcelona. De resto, pouco; muito pouco. Dá a sensação que os jogadores espanhóis só brilham na Liga local. É um caso digno de estudo, que já contagiou a torcida.

Os estádios não enchem mais quando a Fúria Espanhola joga. Não por acaso o time sofre para garantir vaga no Mundial da Alemanha, mesmo estando numa chave muito fácil.

Sem perspectivas, não há nenhuma esperança de título para os torcedores espanhóis, que observam mais uma boa geração de jogadores (Xavi, Joaquin, Puyol, Vicente, Torres e Casillas) se apagar sem conquistar um título significativo. Falta ao jogador espanhol caráter, personalidade e energia para superar a pressão nos grandes momentos.

Nenhum comentário: