domingo, 10 de fevereiro de 2008

Clássico tenso marca a volta do futebol em São Paulo

O futebol voltou, até que enfim, ao estado de São Paulo.

Até este domingo, o que tinha sido mostrado era muito pouco para os padrões do estado e de seus times.

Neste domingo, no Morumbi, um jogo de muita tática e brilho técnico, muito movimentado e com choro em relação à arbitragem, como vocês podem conferir nos áudios abaixo. Tem de tudo um pouco: Leão reclamando do árbitro, Muricy falando do Leão, Rogério ironizando o choro dos santistas, um festival de declarações para todos os gostos.

No jogo, o São Paulo foi melhor na maior parte. No primeiro tempo surgiu com Jorge Wagner pela ala, com Richarlyson se revezando por ali. Todos os jogadores do meio Tricolor se movimentavam e criavam muito, à exceção de Joílson, apagado. Do primeiro ao décimo quarto minuto, o time criou quatro boas chances de marcar. Não o fez. No minuto seguinte, o lateral santista Carletto, se aproveitando de um passe errado do Tricolor, lançou Kléber Pereira. Na cara de Rogério, o artilheiro não perdoou. Um a zero Santos.

O Domínio Tricolor continuava e, três minutos depois, o time empatou. Jorge Wagner cruzou e Fábio Santos, na pequena área, completou para as redes.

O São Paulo continuava mandando na partida. Hernanes aparecia pela direita, quase com um ponta e ainda voltava para marcar Rodrigo Souto na saída de bola santista. Richarlyson e Jorge Wagner infernizavam os perdidos Dênis e Adriano. Mas o time não matou o jogo quando devia.

No segundo tempo, Leão - como explicado depois na coletiva, vocês podem ouvir abaixo -, colocou Marcinho Guerreiro no lugar de Dênis. Adriano bloqueou Jorge Wagner e Marcinho marcou Richarlyson. Tudo isso para evitar que o baile do primeiro tempo continuasse por ali.

Logo aos dois minutos o São Paulo virou. Juninho cobrou falta, Fábio Costa falhou e o São Paulo passava, merecidamente, à frente no placar.

Estava tudo pronto para o São Paulo deslanchar na partida. Estava em vantagem, o time adversário não tinha saída pela direita.

Mas, aos onze minutos, Alemão fez boa jogada pela esquerda, a zaga do São Paulo - leia-se Miranda -, vacilou e Rodrigo Souto empatou.

O Santos então passou a ter mais domínio do jogo, pois estava armado para destruir as ações tricolores e jogar no contra-ataque. O São Paulo, sem criatividade, não armava boas jogadas.

Muricy colocou Carlos Alberto e tirou Fábio Santos. Arriscou para tentar vitória. Mas o resultado poderia ter sido diferente. Logo após a substituição, Rodrigo Tabata, que era seguido de perto por Fábio Santos, colocou Kléber Pereira na cara de Rogério. Muito mais fácil do que no lance do gol marcado por ele no primeiro tempo. Em ambas - sim, foram duas vezes -, o atacante perdeu, chutando a primeira para fora e a segunda em cima de Rogério. No lance seguinte, Carlos Alberto carregou a bola o campo todo, levou para a perna esquerda e bateu. A bola desviou em Adaílton e matou Fábio Costa. Era o gol da vitória.

No final, Rodrigo Tabata e Adriano - em lances distintos -, foram expulsos.

Resultado justo, para o melhor jogo do ano até aqui. Em São Paulo.

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