quinta-feira, 26 de julho de 2007

Essas adoráveis mulheres

Salto alto é para as mulheres, mas não em campo. O Brasil confirmou seu favoritismo ao bater os Estados Unidos por 5 x 0. Há que ser dito que o time americano é o sub-20. Mas era o adversário da final.

Por terem menos força física, as mulheres apresentam um futebol muito vistoso de se ver. O problema ainda fica por conta das goleiras. Qualquer chute mais ou menos colocado- pode até não ter muita forç- é muito perigoso.

Mas é um futebol mais vistoso de se ver, não tem pontapés, cotoveladas, nada disso. E quem ganha com isso é o espetáculo. Lindos dribles, golaços sem fim.

E o melhor: na hora de subirem ao pódio, as meninas vestiam o agasalho da Olympikus, patrocinadora do Comitê Olímpico Brasileiro, e não Nike, que veste as seleções da CBF.

Em tempo: João Havelange que entregou as medalhas para as atletas. Viu as 70 mil pessoas vibrarem com as meninas. Será que ele não pode fazer nada por elas? Não, não, aí já é pedir demais!

terça-feira, 17 de julho de 2007

Um Brasil que não é Brasil. Mas venceu como tal!

Time forte e com pegada. Time com raça. Entrou com os sentimentos nacionalistas à flor da pele. Afinal, o adversário era o favorito.

Bastaram 4 minutos para a supremacia argentina ruir. Lançamento longo e belo de Elano. Mascherano não acampanhou Júlio Baptista. Zanetti, avançado, também não. Júlio dominou, ajeitou e.......gol. Golaço! No puede ser, exclamavam os argentinos.

A reação veio mas rápida do que se esperava. O Brasil cometia muitas faltas. Riquelme manda um balaço na trave. Mas bola na trave é uma bola que ia para fora e acertou a trave, como diz um amigo meu.

O brasil se fecha mais ainda, busca os contra-ataques. Maicon, muito bem, leva perigo por duas vezes ao gol portenho. Abondanzieri quase engole um pollo e Zanetti mostra o que está por vir ao cortar cruzamento e quase marcar contra.

Elano, em um momento de extrema raça, um carrinho desnecessário na lateral, se machuca. Quem entra? Fernando, o gladiador? Diego, o injustiçado? Dunga surpreende. Daniel Alves, o melhor lateral-direito do campeonato espanhol, entra. Livre para jogar na meia, com Maicon e Mineiro fazendo a marcação às suas costas.

Cruzamento de Robinho, Heize aparece e deixa os Hermanos assustados, quase gol contra. Está amadurecendo.

Troca de passes pelo meio, bola com Daniel pela direita. Cruzamento busca Vágner Love. Ayala se antecipa e......gol. Contra! 2 x 0 e a Argentina está dominada. Que pása?, se perguntam os hermanos.

Riquelme, mais uma vez, tenta. Doni sensacional. Messi luta. Aparec ora na eserda, ora na direita, ora pelo centro. Mas não dá. A Argentina se limita a cruzar bolas na área brasileira. Juan, Alex e cia. fazem a festa.

Vem o segundo tempo. Crespo entra? No banco, parece que só para assustar o Brasil, é mais um expectador que não acredita no que está acontecendo.

A Argentina vira a a Inglaterra. Vive de chuveirinhos. Em um desses cruzamentos, a bola sobra para Robinho. O artilheiro da Copa América lança Vágner Love. Mano-a-mano com Mascherano, ele avança. Finge que vai para a esquerda, vai para a direita. Daniel Alves passa, recebe, chuta. E marca. É o fim. São 26 minutos do segundo tempo, mas o jogo acaba. O que se vê depois são algumas chances desperdiçadas do Brasil, um gol anulado da Argentina e a festa brasileira.

Terceira final seguida, terceiro título brasileiro sobre os Hermanos.

Aqui, tudo bem. Lá, tudo mal.

Não, aqui não está tudo bem, não! O Brasil não jogou como Brasil. Ronaldinho e Kaká são titulares. E as eliminatórias? Lembrando que, nas eliminatórias, o sistema é outro: pontos corridos. Nos pontos corridos, só o melhor vence. Aquele que joga mal e empata com adversários mais fracos corre riscos.

Que venha a Colômbia. E que venham Gaúcho e Kaká, o toque de classe deste time.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Se gritar pega ladrão.......

....não fica um mermão. Como já cantavam os Originais do Samba, se gritar pega ladrão no Corinthians, não sei não.

A Justiça acatou a decisão so Ministério Público Federal e emitiu mandado de prisão para Kia Joorabchian e seus asseclas. Assim como foram denunciados, sem pedido de prisão, diga-se de passagem, Alberto Dualib, Nesi Curi, Renato Duprat, Paulo Angioni e o advogado da MSI, Alexandre Verri.

Todos sob as acusações de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Kia, Boris Berezovsky e Nojan Bedroud, diretor finaceiro do grupo, que não são bobos nem nada, estão fora do país. O pedido de prisão para os três já chegou à Interpol. O Brasil assinou um tratado de extradição com a Inglaterra em 1997. Por isso eles têm que tomar cuidado, a extradição pode acontecer.

Toco e me voy

Geralmente quando nos referimos à seleção argentina usamos a expressão acima. E, para falar desta seleção argentina, o termo é mais do que adequado, é perfeito.

Um time que tem um só volante para roubar as bolas. Tem dois jogadores que o ajudam nessa tarefa e que têm qualidade e capacidade suficientes para se aproximarem do ataque, seja criando jogadas ou marcando gols.

Essa é a Argentina que enfrenta o Brasil no domingo. A ARgentina que toca e encanta. A Argentina que, até agora, só tomou 2 gols.

Se este blog defende a seleção de 82 em detrimento à de 94, o melhor resultado agora, para o bem do futebol, é uma vitória argentina. Sem sombra de dúvidas.

Como teria sido a vitória do time de Telê em 82. Mas favorito não é sinônimo de vencedor. Em outros esportes sim. No futebol, não.

Talvez a melhor sída para o Dunga seja repetir a tática do São Paulo campeão do mundo: o 3-5-2. Com Mineiro e Josué à frente dos zagueiros. Um zagueiro para pegar o Tevez, outro para pegar o Messi e um na sobra.

Porém essa não parece ser a opção de Dunga. Aliás não se sabe o que se passa na cabeça de Dunga. A única coisa que sabemos é: o que importa é vencer. Mesmo jogando feio.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

A visão maniqueísta de Dunga

Para Dunga só existe o bem e o mal. O bom e o ruim. Perder ou ganhar. Para Dunga só é bom quem ganha. Por isso ele tem tanto "ódio" da seleção de 82. E ele, mesmo que não queira, vive dando voltas para falar da seleção do Telê. Como ele sempre dá cutucadas em Ronaldinho e Kaká.

A entrevista coletiva de ontem foi uma ode ao patriotismo, ao militarismo da seleção. Para Dunga, reinvidicar férias e abdicar da seleção é anti-patriotismo, como se o mundo estivesse em guerra e, para salvá-lo seria preciso vestir a marelinha e disputar a Copa América.

Ridículo, para dizer o mínimo.

E quantas vezes ele fala que vem com "fatos concretos " a cada coletiva? Quais são esses fatos concretos? Um time que não tem profundidade, que faz gols na sorte, que não tabela, que faz um gol e recua? Seriam esses o fatos concretos. O problema do Dunga é que ele pensa que só ele entende de futebol. Todos os outros não entendem. De novo a visão maniqueísta.

Sobre o jogo a única coisa que se pode falar é que, a partir do momento em que um time que é superior (o Brasil) se iguala a um time inferior (o Uruguai) , o jogo só poderia ser igual.

O Uruguai teve boas chances para marcar e o Brasil teve pelo menos um pênalti a seu favor.

Quem quer ser diferente, tem que fazer a diferença. O Brasil, historicamente, é diferente. Por isso dele se espera que faça a diferença. Mas, nessa Copa América, ele quer se igualar aos outros. Por isso as críticas.

Quando perguntado sobre como ele analisa a melhor performance de México e Argentina, os dois melhores times do torneio, Dunga saiu-se com essa: O Brasil está na final. Um dos dois, México ou Argentina, não estará na final. Isso quer dizer que o Brasil será melhor que um dos dois". Uma visão simples e verdadeira. Mas uma meia verdade.

Pois vejamos: quantos times na história recente, de 2000 para cá, eram melhores e não chegaram até a final de alguma competição, dando a vaga para um time menos qualificado. Podemos enumerar vários e mesmo assim corremos o risco de esquecer alguns. De novo a visão maniqueísta de Dunga aparece. O bem e o mal. O ganhador do perdedor. 82 versus 94. Enquanto ele estiver no comando, será sempre assim.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Corinthians cai na real

O time que não tomava gol e estava invicto, perdeu duas seguidas. Fim do mundo? Seria o eterno pé-frio de Dualib, que voltou de Londres na semana passada?

Não, o Corinthians, apesar da força defensiva e do padrão tático imposto por Carpegiani, não tem gás para se manter entre os primeiros. Tem gás para conseguir vitórias contra adversários mais fortes, por jogar fechado e no contra-ataque. Mas, quando enfrenta adversários do seu nível ou mais fracos, quando a obrigação de fazer o resultado é sua, do Corinthians, se perde.

Por isso tem 2 empates sem gol no Morumbi. Por isso perdeu do Palmeiras, quando quiseram forçar uma superioridade corinthiana inexistente.

Hoje contra o Sport, o jogo feio e sem resultado voltou a aparecer. Conlusão? Segunda derrota consecutiva.

Aos ilustrs corinthianos, nada de xingamentos e bravatas contra os garotos. Carpegiani tira leite-de-pedra no Parque São Jorge!

Dunga advogando em "causa própria"

Dunga foi um jogador esforçado. Ponto. E, ainda, não é técnico de futebol.

Por isso os erros começam a aparecer nesta Copa América, a primeira oportunidade dele real.

O que foi que ele fez com o Diego? Depois de 45 minutos ele não serve mais?

Nessa Copa América, o melhor momento do Brasil até agora foi no segundo tempo contra o México. Tudo bem que o time não marcou gols e que os mexicanos só se defenderam por já estarem na frente do Placar. Mas foi aí que o Brasil jogou um futebol de um nível maior, com troca de passes e de posições, dribles e conclusões perigosas.

Depois, contra o Chile, aquele marasmo. Mas o que incomoda os brasileiros, torcedores ou não, é a falta de padrão de jogo. O time se limita a tocar a bola de lado. Não tem ultrapassagens, tabelas, jogadas ensaiadas.

Aí, depois do jogo diz que: "O Chile joga com duas linhas de 4 jogadores", que jogo ele estava vendo?

Ontem, quando perguntado sobre a função de Elano, que para alguns é mais um volante do que um meia, primeiro ele refutou, depois disse que a Argentina também joga assim, com Mascherano, Cambiasso e Verón. Bem, é melhor não dizer nada.

Hoje à noite, contra o Equador, Josué deve substituir Elano, poupado. Se o Elano não é volante, por que o Josué é o seu substituto, se o Brasil tem Anderson e Diego para a meia?

Vamos esperar.