quinta-feira, 27 de julho de 2006

Jogou para vencer. E (con)venceu!


O São Paulo entrou no Jalisco ciente de que era preciso um bom resultado. Empate não bastava.

Mas o time não jogava bem desde o dia 02 de Abril, quando bateu o Santos por 3 x 1.

E, pensando nisso, o São Paulo se impôs. Marcou a saída de bola do time mexicano, como naquele jogo contra o Santos.

A cena que mais me impressionou foi na hora em que o goleiro Oswaldo Sánchez foi cobrar um tiro de meta. O Chivas recuou seus três zagueiros afim de sair jogando. Mas eles etavam sendo marcados, na área deles, por Leandro, Ricardo Oliveira e Mineiro. Impressionante.

Com isso, o São Paulo foi criando chances. Primeiro com Leandro, depois com Danilo. Até que marcou com Ricardo Oliveira. Gol que foi corretamente anulado.

E o São Paulo não deixava o time mexicano jogar. Mineiro e Josué tomavam conta do meio-campo. Lugano não deixava a bola chegar em Bautista. O time estava bem, só Danilo que destoava.

No segundo tempo o técnico Jose Manuel "Chepo" De la Torre resolveu mudar. Colocou um terceiro atacante afim de acabar com a sobra da zaga do São Paulo. E deu certo. O Chivas começou a pressionar, sempre pela direita do seu ataque, com o rápido Omar Bravo.

Em um desses lances, Bravo foi a linha de fundo e cruzou para Bautista, que cabeceoou mal.

O São Paulo deu a resposta com Leandro em chute que passou perto e com Danilo que, já dentro da área, chutou para defesa de Sánchez.

Ninguém deve ter entendido quando Muricy tirou Ricardo Oliveira e colocou Aloísio. Mas a questão é, nenhum jogador do ataque são-paulino encostava no Ricardo Oliveira. Com a entrada do Aloísio, ele prendia a bola no ataque e esperava a chegada dos companheiros.

Aos 29, o lance mais perigoso do Chivas. Mais uma vez em um cuzamento, a bola sobrou para Esparza que acertou um petardo no travessão do Rogério.

Mas isso não abalou o São Paulo. Aos 38, Aloísio em uma jogada típica de força, recebeu, girou e invadiu a área. O zagueiro Rodríguez, em uma jogada típica de futebol americano o derrubou. Pênalti. Rogério ceni cobrou e igualou o recorde de Chilavert, 62 gols.

Só uma coisa, o São Paulo não pode se iludir e pensar que já está na final. Se quiser ser campeão de novo, tem que manter a postura do jogo de ontem. Sempre!

quarta-feira, 26 de julho de 2006

Ao Mestre, com carinho!


Se estivesse vivo, Telê Santana da Silva completaria 75 anos. E logo hoje, dia em que o São Paulo enfrentará a sua mais árdua batalha nesta Libertadores.

Libertadores que o Telê odiava, por julgá-la uma competição em que não prevalecia a técnica e sim a malandragem, os favorecimentos e, em muitos casos, o Doping. Mas que ele aprendeu a gostar e ensinou a todos, primeiro aos são-paulinos, a gostarem deste torneio.

Quando da morte do "seu" Telê, em 21 de Abril deste ano, fiz um texto para uma homenagem que fizemos no ótimo quadro Heróis do Futebol, no nosso Esporte Especial, da Tupi AM de São Paulo. Depois de alguns cortes óbvios, o texto foi aprovado e a homenagem foi feita.

Coloco aqui o texto na íntegra e voces perceberão o porque dos cortes "óbvios". Espero que gostem.


Ele nasceu em 26 de Junho de 1931. No mesmo dia, mês e ano que nasceu a minha adorada avó, Anita. O futebol começou cedo para ele, mais precisamente no ano de 1945. Seu primeiro time foi o Itabirense, da sua cidade Itabirito, que fica a 55 quilômetros de Belo Horizonte. Itabirito era a sua grande paixão. De lá foi para o América de São João Del Rey, de Minas Gerais. Com 19 anos, foi para o Fluminense. E, logo de cara, foi campeão juvenil. Na final, fez 5 gols, coisa que ele nunca tinha feito e nunca mais fez na carreira. No Fluminense ganhou o apelido que lhe acompanhou por toda a vida: Fio de Esperança. Fio por causa do seu peso, 57 quilos. Esperança porque ele não desistia nunca, se doava ao máximo em um time em que todos os jornalistas e adversários chamavam de “timinho”. No Fluminense, conquistou o Campeonato Carioca de 1951 jogando de centroavante e marcou dois gols na final contra o Bangu. Seu maior título foi à conquista da Taça Rio de 1952, um campeonato que era considerado um Mundial para a época. A esta altura, minha mãe tinha 3 anos de idade e meu pai, 2 anos.

Ele ficou no Fluminense até 1960, quando se transferiu para o Guarani, já com 29 anos. Logo depois voltou para o Rio de Janeiro, para defender o Madureira e, em 1963, foi para o Vasco da Gama, clube no qual encerrou a carreira. Uma carreira marcada pro seu vigor físico e sua inteligência tática. Ele foi o primeiro ponta a recuar para ajudar na marcação do meio de campo. Meus pais já estavam então na adolescência.

Em 1967, assume o comando do time juvenil do Fluminense e, dois anos mais tarde, passa para o time profissional, onde conquista a Taça Guanabara. Em 1970, é convidado para dirigir o Atlético Mineiro. O Galo, vinha de um jejum de 5 anos sem conquistar o Campeonato Mineiro, afinal de contas, seu maior rival tinha Tostão. E não é que a série foi quebrada e o Galo se sagrou campeão. Esta história vai se repetir. Em 1971, meus pais, mineiros como ele, vêm para São Paulo, em busca de oportunidades, sem se conhecerem. Neste mesmo ano, ele conquista o maior título da história do Atlético Mineiro, Campeão Brasileiro. Minha mãe, como atleticana que era, comemorou.

Em 1977, ele é chamado pelo Grêmio para tirar o Tricolor Gaúcho da fila que o incomodava. O Internacional, maior rival do Grêmio, era octacampeão estadual e tinha tudo para comemorar mais uma vez, até porque, contava com Falcão para comandar o time. Mas lá estava ele, o homem parecia gostar de quebrar tabus, e o Grêmio foi campeão. Meus pais já se conheciam e já estavam noivos, prontos para o casamento.

Em 1979, ele não conquistou nenhum título, fez uma campanha brilhante com o time do Palmeiras. Um time limitado e que sofreu com uma manobra política para não ser campeão. O campeonato paulista foi paralisado no momento em que o Palmeiras estava muito bem, rumo ao título com todo o vapor. Na volta da paralisação, o time tinha perdido o gás. Mas 1979 é o ano em que eu nasci. Eu nem sabia mas, começava ali, uma história de aprendizado, respeito, admiração e confiança.

Pouco tempo depois ele é chamado para dirigir a Seleção Brasileira. Aos poucos, ele foi montando aquele que até hoje é considerado um dos melhores times da história. E foi na Copa de 1982, na Espanha, que esse time encantou o mundo. Perdeu, é verdade, mas saiu de lá como o grande vencedor. Se aquele time tivesse ganho, o futebol teria sido diferente. Nada de retranca, nada de jogar no erro do adversário. O futebol arte teria permanecido intacto. Eu tinha 3 anos.

Então ele foi para o chamado “Mundo Árabe” e lá conquistou alguns campeonatos. Voltou em 1985 para, de novo, dirigir o Brasil. E lá foi ele para a Copa de 1986. Nosso melhor jogador, Zico, estava machucado e perdemos de novo. Agora sim, ninguém perdoou, o chamaram de pé-frio. O execraram. Eu, então com 7 anos, não entendi muito bem, só lembro de ter ficado triste com aquela derrota do Brasil.

Só fomos nos reencontrar em 1990, quando ele veio dirigir o São Paulo, meu time do coração. São Paulo que havia perdido o Campeonato Brasileiro do ano anterior em casa e foi rebaixado para a segunda divisão do campeonato paulista. Eu não o conhecia, mas tinha ótimas referências afinal, minha família é toda das Minas Gerais, sô! E, por intermédio deles, fiquei sabendo do seu ótimo trabalho no Atlético. Mas, no seu primeiro campeonato, o brasileirão, ele foi vice e as desconfianças começaram a pairar sobre ele. Muitos no Tricolor queriam a sua cabeça. Foi lhe dado mais tempo e ele pôde, enfim, mostrar o seu trabalho. No ano seguinte, campeão paulista e brasileiro. Em 1992, o bicampeonato paulista e um título que a maioria dos torcedores nem sabia que existia, a Copa Libertadores. Isso despertou a atenção dos rivais, todos queriam ganhar do São Paulo. Mas quem disse que podiam. Aquele time era o mais perto da perfeição que um time podia chegar. E ainda tinha mais, muito mais. O Título Mundial, o bi da Libertadores, o bi Mundial. O tri. Não, o tri não veio, ficou para depois. Mas nem por isso ele perdeu nosso respeito. O meu respeito ele não perdeu nem mesmo após ter me dado uma bronca. Foi num São Paulo e Palmeiras, o jogo da briga. Terminado o jogo, eu desci para o vestiário a fim de pegar autógrafos dos jogadores. Foi quando eu o avistei, dando entrevista. Então corri e pedi que assinasse um papel em branco para mim. Ele fez com a mão um sinal para que eu tivesse calma. Mas a emoção era tanta que eu não tive calma e insisti, ao que ele respondeu: “Calma garoto, já vou assinar o papel pra você!”, lembro-me que, pela primeira vez, fiquei feliz por ter recebido uma bronca. Afinal de contas, não era uma bronca qualquer, era uma bronca dele.

Em 1996, após sofrer uma isquemia cerebral, ele deixa o São Paulo órfão “de pai e mãe”. Foram tempos duros que hoje conseguimos superar.

Mas nesse 21 de Abril, depois de ter ficado internado por 28 dias, ele deixou órfãos todos os torcedores do Brasil e do Mundo, pelo menos aqueles que gostam do futebol bem jogado, sempre para frente, buscando o ataque e os gols. Aqueles que hoje reverenciam Ronaldinho Gaúcho. Esses ficaram tristes com a perda do Mestre Telê Santana. Aos 74 anos ele nos deixou e entrou de vez para a galeria dos imortais, daqueles que serão sempre lembrados pelo que fizeram no nosso futebol, na nossa vida. O que seria de Dada Maravilha, de Cafu, de Ronaldão, de Pintado, de Válber e de tantos outros, se não fosse Telê Santana? Segundo Zico, Telê foi o único treinador que ele teve, que nunca mandou o time bater, pois ele gostava do espetáculo. Com ele, até o Júnior Baiano jogou bola. E sem dar pontapé, o que é o mais importante.

O que seria do São Paulo, hoje o time com a terceira maior torcida do país, com 14 milhões de torcedores, se não fosse Telê Santana? Se hoje, todos os times querem ser campeões da Libertadores, foi por causa dele. E, olhem só o contra-ponto, ela não gostava da Libertadores. Exatamente o campeonato que o consagrou, que lhe tirou a fama de pé-frio. Ele dizia: “Essa competição é uma competição onde se compra juiz e os jogadores se dopam, então eu não vou entrar nessa parada”.Por isso ele escalou um time reserva para o primeiro jogo da Libertadores de 1992, contra o Criciúma. O São Paulo perdeu de 3 a 0 e ele foi demovido da idéia.

Precisamos de mais pessoas como Telê na nossa sociedade, no nosso futebol. Se tivéssemos mais pessoas como ele, com certeza não estaríamos no caos que estamos hoje.

Pessoas como Telê, não morrem, saem da vida para adentrar a imortalidade.

Só posso dizer uma coisa, obrigado! Obrigado por ter me proporcionado a alegria de vê-lo treinar o meu time e por ter me ensinado que futebol é bola na rede, não toquinho de lado.
Para mim, você é eterno!!!

terça-feira, 25 de julho de 2006

Una pizza per favore!


Está certo, teve punição, mas foi muito amena para TODOS os envolvidos no Calciocaos.

O Milan, que começaria a Série A com -15 pontos, dará início à temporada 2006/2007 com apenas apenas -8 agora. A grande notícia para os milanistas foi o recurso ter diminuído para 30 pontos, ao invés de 44, a penalização do clube de Silvio Berlusconi na temporada passada, o que possibilita aos rossoneri disputar a Liga dos Campeões da Europa.

A Juventus também foi beneficiada. Mesmo caindo para a Série B, começará o campeonato com -17, bem diferente dos -30 anteriores. A única punição mantida foi em relação aos títulos das últimas duas temporadas.

As outras duas equipes envolvidas, Lazio e Fiorentina, também tiveram suas penalizações amenizadas. Além de fugirem da Série B italiana, a equipe da capital romana começará a temporada 2006/2007 com 11 pontos negativos, enquanto que a Viola terá que iniciar com -19 pontos.

Como ficam as Séries A e B e as copas européias:

SÉRIE A

Ascoli
Atalanta
Cagliari
Catania
Chievo
Empoli
Fiorentina (-19)
Inter
Lazio (-11)
Livorno
Messina
Milan (-8)
Palermo
Parma
Reggina
Roma
Sampdoria
Siena
Torino
Udinese

SÉRIE B

AlbinoLeffe
Arezzo
Bari
Bologna
Brescia
Cesena
Crotone
Frosinone
Genoa
Juventus (-17)
Lecce
Mantova
Modena
Napoli
Pescara
Piacenza
Rimini
Spezia
Treviso
Triestina
Verona
Vicenza

LIGA DOS CAMPEÕES (FASE DE GRUPOS)

Internazionale e Roma

LIGA DOS CAMPEÕES (FASE PRELIMINAR)

Milan e Chievo Verona

COPA DA UEFA

Palermo, Livorno e Parma.

Perguntar não ofende


Voce torcedor, que vai ao estádio e acompanha futebol, gostaria que o Dunga fosse o técnico do seu time?

Acho que não.

Então por que colocá-lo na Seleção Brasileira? A resposta: não sei. E com Branco como coordenador! Nada contra o Dunga, gosto dele e gostava quando ele entrava em campo mas, sinceramente, acho um erro absurdo ele no comando da seleção.

Quero muito e, torço muito para que dê certo. Que com ele no comando, conquistemos o hexa e, se possível, o ouro olímpico. Mas, que tem tudo pra dar errado, ah isso tem. Paciência. Porque, se der errado, serão dias de agonia à espera de um milagre, que atende pelo nome de Felipão.

PERFIL

Nome: Carlos Caetano Bledorn Verri
Nascimento: 31/10/1963, em Ijuí (RS)
Clubes como jogador: Internacional (1983 - 1984), Corinthians (1984 - 1985), Santos (1986), Pisa-ITA (1987 - 1988), Vasco (1987), Fiorentina-ITA (1988 - 1992), Pescara-ITA (1992 - 1993), Stuttgart-ALE (1993 - 1995), Jubilo Iwata-JAP (1995 - 1998), Internacional (1999 - 2000)
Títulos como jogador: 2 Campeonatos Gaúchos (1983 e 1984), Campeonato Carioca (1987), 2 Copas Américas (1989 e 1997), Copa do Mundo (1994), Campeonato Japonês (1997)
Copas do Mundo pela seleção: 1990, 1994 e 1998

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Que o Lugano está de saída do São Paulo todos sabemos. Não sabemos qual o destino ainda e nem quando ele vai, isso depende de uma coisa, título da Libertadores. Se o São Paulo ganhar, ele fica até o Mundial, se não ganhar ele vai embora após o fim da competição.

E para o seu lugar, pasmem, o São Paulo quer Roque Jr. que, recentemente fez tratamento no Reffis do CT Tricolor.

Parece que voltar para o Brasil ainda não é a intenção do zagueiro, que está prestes a completar 30 anos. A intenção dele, que ainda tem contrato em vigor com o Bayer Leverkusen, é permanecer na Europa por pelo menos um ano. Veremos.

domingo, 23 de julho de 2006

Mundial

A FIFA divulgou hoje a tabela do Mundial de Clubes, que será disputado no Japão em dezembro.

No dia 11 de dezembro, o Auckland FC da Nova Zelândia, campeão da Oceania, enfrenta o América do México, campeão da Concacaf. O ganhador deste jogo enfrentará o Barcelona da Espanha, campeão europeu, na semifinal, no dia 14 de dezembro.

Do outro lado da chave não há nenhuma equipe definida ainda. No dia 10 de dezembro, o campeão africano e o campeão asiático fazem a partida inaugural do Mundial. O vencedor deste jogo enfrentará o campeão da Libertadores, no dia 13 em Tóquio.

No dia 15 de dezembro será disputada a decisão de quinto e sexto lugar. E no dia 17, as partidas entre terceiro e quarto e a grande decisão.

Dois times brasileiros ainda estão na disputa para irem ao Mundial. São Paulo, o atual campeão, e o Internacional. O São Paulo enfrenta o Chivas Guadalajara, com a primeira partida sendo realizada no México. E o Internacional enfrenta o Libertad do Paraguai. O time gaúcho joga a primeira fora de casa. Dos quatro semifinalistas da Libertadores, o único que não poderá disputar o Mundial é o Chivas. Isso porque ele é filiado da Concacaf, que já tem como o seu representante o América do México.

E, pelo segundo ano consecutivo a Libertadores pode ter uma final Brasileira. Ano passado, São Paulo e Atlético Paranaense fizeram a final e o São Paulo se sagrou campeão. Este ano, o São Paulo pode chegar de novo à decisão, só que o rival pode ser o Internacional.

quinta-feira, 20 de julho de 2006

Soy loco por ti, América!


O São Paulo está na semifinal da Libertadores. E foi como Rogério disse que seria, com muito sofrimento. Após ganhar por 1 x 0 no tempo normal, o Tricolor venceu por 4 x 3 nos pênaltis. Agora o São Paulo espera o vencedor de Vélez x Chivas, que jogam amanhã, em Buenos Aires. Se for o Vélez, o primeiro jogo, já na próxima quarta, será no Morumbi. Se for o Chivas, o primeiro jogo será em Guadalajara.

Como na música de Gilberto Gil, a torcida são-paulina mostrou mais uma vez que é obcecada pela Libertadores. Mais de 66 mil torcedores estavam presentes no Morumbi para ver o São Paulo jogar. Mas se assustaram. Isso porque o Estudiantes veio com uma proposta de jogo arrojada, marcando o São Paulo em seu campo de defesa. Com isso o time não tinha saída de bola e vivia dos chutões para frente dos seus três zagueiros.

No primeiro tempo, o São Paulo só teve duas chances de gol. A primeira com Ricardo Oliveira. Após tabela com Danilo, o atacante chutou por cima. A segunda chance foi com Leandro. Após falha da zaga argentina, Leandro chutou e o goleiro Herrera fez ótima defesa.

O gol só saiu nos acréscimos. Júnior cobrou falta pela esquerda, a bola chegou nos pés de Edcarlos. O zagueiro tricolor só teve o trabalho de botar pro fundo das redes.

No segundo tempo, as coisas mudaram um pouco de figura. O São Paulo partiu mais para cima, pressionou mais e teve mais chances. Rogério cobrou um falta que passou muito perto e Herrera fez boas defesas em chutes de Souza e Danilo.

Então o jogo foi para os pênaltis. Ricardo Oliveira marcou o primeiro. Calderón empatou para os argentinos. Rogério fez o segundo. Cominges empatou. Fabão fez o terceiro. Lugüercio empatou. Aí veio Danilo, que esteve irreconhecível no jogo, e perdeu, para o desespero da torcida Tricolor. Rogério, mais uma vez, fez a sua parte e defendeu o pênalti de Alayes, deixando tudo igual novamente. Júnior marcou o quarto e Carrusca chutou para fora a chance do empate argentino. Com isso, o São Paulo chega pela oitava vez na semifinal da Libertadores em onze participações. Mantendo o tabu de que, sempre quando passa da primeira fase, o time não é eliminado antes da semifinal.

terça-feira, 18 de julho de 2006




O São Paulo é o líder do campeonato Brasileiro mas, só pensa na Libertadores, desde que perdeu para o Estudiantes no primeiro jogo. Chegou a hora. Agora é a partida de volta das quartas-de-final da Libertadores.

Como foi derrotado no primeiro jogo por 1 x 0, o Tricolor terá que vencer a partida por 2 gols de diferença. 1 x 0 leva o jogo para os pênaltis e qualquer outra vitória do São Paulo, por diferença de um gol, o Estudiantes se classifica. O empate também favorece o time argentino.

O
time do São Paulo tem alguns problemas. Lugano e André Dias, expulsos no primeiro jogo, estão fora. Em seus lugares entram Alex e Edcarlos. Júnior é outro que pode desfalcar o Tricolor. O lateral vem sentindo dores no tornozelo e pode ficar de fora do jogo. Caso isso se confirme, a vaga deverá ficar entre Richarlyson ou Leandro.

A outra dúvida do técnico Muricy Ramalho é no ataque. Ele não sabe quem será titular ao lado de Ricardo Oliveira. Thiago, que foi muito mal nas duas últimas partidas, e Aloísio, são os candidatos a ficar com a vaga.

Pelo lado argentino, o técnico Diego Simeone, que fará sua estréia no jogo contra o São Paulo, garantiu que o Estudiantes irá atacar. O time, que não contará com o Verón, que não está inscrito na Libertadores, jogará pelo empate, ou por uma derrota desde que seja por um gol de diferença. Simeone, que é ex-capitão da seleção Argentina, promete atacar o ponto forte do São Paulo, as laterais. Para isso ele pretende colocar Galván nas costas de Júnior, ou quem estiver no seu lugar, e Sosa nas costas de Souza.

Mas a grande surpresa de hoje foi a bela matéria de do jornal argentino Olé. Realmente um achado. É o que chamamos de diferencial. O diário argentino descobriu um argentino infiltrado no Morumbi. E ele torce pelo Estudiantes, é claro. O nome dele é Daniel Tapia e ele é engenheiro agrônomo. E, como funcionário do São Paulo, ele cuida nada mais, nada menos do gramado do Morumbi. E ele diz na matéria que estará junto com um primo que mora na Argentina, e que chegará amanhã, no Morumbi, torcendo pelo Estudiantes. Sensacional! ele lembra daquela equipe tricampeã da Libertadores em 1968, 1969 e 1970. E que a sua avó morava em frente à sede do Estudiantes. Só me pergunto o porque de ninguém no Brasil ter descoberto isso.

O link da notícia, em espanhol, está aqui: http://www.ole.clarin.com/jsp/v4/pagina.jsp?pagId=1235632&fecha=20060718





domingo, 16 de julho de 2006

Clássico?




Só se for pela história e tradição dos times. Palmeiras e Corinthians fizeram uma verdadeira pelada hoje no Morumbi. Uma pena.

O começo do jogo deu a falsa impressão de que seria um bom jogo. O Corinthians foi para cima, pressionou. Em um chute de Carlos Alberto, Marcos bateu roupa e, na sequência, Rafael Moura caiu em cima do ombro do goleiro palmeirense. Por causa disso, Marcos teve que ser substituído.

"Pronto, perdemos o jogo", pensaram alguns palmeirenses. mas o Corinthians não se aproveitou da inexperiência do jovem Diego Cavalieri, pois pouco chegou ao gol palmeirense.

O jogo estava fraco. O Corinthians até tentava, mas depois da contusão de Nilmar, que insistiu para ficar em campo, as coisas ficaram piores.

Chance de gol mesmo só no fim do primeiro tempo. Rafael Moura soltou uma bomba e Diego Cavalieri fez boa defesa. Pouco depois, Gustavo Nery perdeu aquele que seria o gol da tranquilidade alvinegra, para sair do jejum de gols. E, para piorar, ele estava livre, na cara do gol palmeirense.

Pouco depois, o craque desequilibrou. Edmundo deu lindo passe para Paulo Baier. O lateral palmeirense, em posição legal, já que Marcus Vinicius dava condição de jogo, dominou e chutou na saída de Sílvio Luiz.


O segundo tempo foi tão ruim quanto o primeiro. Lances de emoção só no final do jogo e frutos do desespero corintiano, que proporcionou ao Palmeiras algumas chances de ouro que não foram aproveitadas.

O craque do jogo, para mim, foi o Edmundo. Não jogou muito mas, quando apareceu, fez das suas.

E o Corinthians não marca gol a 569 minutos. Ou seis jogos inteiros mais acréscimos. Ou 56 dias. Uma vergonha.

E o time só não é lanterna, por causa dos critérios de desempate mas, em números de pontos, está empatado com o Santa Cruz na lanterna.

Algumas declarações muito interessantes colhidas na Rádio Tupi AM, 1150 de São Paulo, neste final de semana.

Primeiro, Edgar Soares, vice do Corinthians, ontem, ao vivo, ao nosso bom repórter Luciano Luiz, que cobre o dia-a-dia do Corinthians: "O Kia Joorabchian tem que ver que a cidade de São Paulo, não é só os chiques restaurantes do Jardins, não é só o Café Photo. Ele administra o Corinthians e tem que agir como tal".

Depois, já fora do ar, quando perguntado por mim de como essa "nova" diretoria do Corinthians faria para tirar o Kia do comando, uma vez que isso já foi tentado por Nesi Curi sem sucesso, ele disse: "O Nesi foi iludido por um sujeito muito astuto chamado Renato Duprat. Ele, que já iludiu muitas pessoas aliás, convenceu o Nesi de que poderia tirar o Kia. Mas sem nenhuma base. Nós temos agora uma base para tirar não só o Kia, como a MSI também. A MSI não vem honrando com o contrato já há algum tempo. Contrato este que é leonino, lesa o clube em muitos apectos. Como a Cláusula de rescisão unilateral. Só a MSI pode rescindir o contrato com o Corinthians. Se o Corinthians quiser rescindir o contrato, tem que pagar U$$ 25 milhões. O problema é que quem administra o clube hoje não é corintiano. O Heraldo Panhoca é são-paulino, o Renato Duprat é santista e o Giuliano Bertolucci é palmeirense. E ainda tem o Kia, que é iraniano".

E a última declaração foi fruto do trabalho do também bom repórter Edson Rufino no vestiário palmeirense, na coletiva do técnico Tite. Ao ser informado da declaração do goleiro Marcos, que saiu machucado do jogo, de que depois de tantas contusões, ele já pensa em parar de jogar, Tite foi categórico: "Enquanto eu aqui estiver, ele está proibido de pensar nisso, eu não deixarei isso acontecer de jeito nenhum!".

sábado, 15 de julho de 2006

Jogos de hoje

Primeiro, desculpas pelos atrasos. É que tem um adversário difícil de derrotar, a gripe! Quando penso que venci, lá vem ela de novo e embola o meio-campo tudo outra vez.

Isto posto, vamos falar de Brasileirão.

Hoje dois jogos. No primeiro, o Botafogo mostrou um belo poder de reação, depois não ter mostrado nenhuma reação após ter tomado o gol da Ponte. Palmas para o Alvinegro, que venceu bem, deu uma respirada na classificação. Está em 14º, com 14 pontos.

No segundo, o São Paulo venceu e dormirá na liderança, porque Cruzeiro e Internacional podem ultrapassá-lo amanhã. Venceu mas não convenceu.

Abriu o placar logo cedo, com Ricardo Oliveira, seu quinto pelo São Paulo, e deu a impressão de que golearia o Figueirense. Ledo engano. A equipe catarinense mostrou porque faz boa campanha no Brasileirão, é sexto, com 18 pontos. Partiu para cima do São Paulo, que errava passes demais. Danilo esteve irreconhecível. Souza idem.

Com a ausência de Júnior, o time ficou sem criatividade.

No segundo tempo, o Figueirense, vendo que o São Paulo estava mal, atacou mais e empatou, com o zagueiro Thiago Prado.

Logo depois o Figueira teve uma boa oportunidade de virar o jogo, mas desperdiçou.

Muricy então mexeu no time. Colocou Leandro, mas este não botou fogo no jogo, como costuma fazer.

Muricy então tentou de novo. E promoveu a estréia de Ilsinho. Estréia discreta.

O São Paulo foi então para o abafa. Passou a pressionar o Figueirense, marcando no ataque, roubando bolas. Mas na hora do passe final.........

Leandro, após boa trama entre o ataque são-paulino, perdeu grande chance, já no fim.

Aos 47', após escanteio cobrado por Lúcio, André dias subiu e cabeceou para o gol da vitória.

A continuar deste jeito, jogando como jogou contra o Grêmio e o Figueirense, o jogo contra o Estudiantes tende a ser mais difícil do que muitos esperam!

domingo, 9 de julho de 2006

Il Trionfo di Berlino, Italia Campioni del Mondo




Não posso falar que o melhor venceu. Mas posso falar que o mais regular venceu. Venceu quem, na média, apresentou o melhor futebol. Ganhou o futebol onde, anular um adversário é tão belo quanto o nosso jogar bonito. Um futebol onde jogar como Gattuso, é jogar bonito. Ganhou um país aonde, as crianças querem ser zagueiros desde pequenos. Ganhou a Itália.

E como é o destino. 2000, final da Eurocopa da Holanda. Itália e França na decisão. Jogo empatado por 1 a 1 e prorrogação. Trezeguet sai do banco e decide o jogo, ele faz o gol na morte súbita que dá o título para a França. 2006, final da Copa da Alemanha. Itália e França na decisão. Jogo empatado em 1 a 1 e prorrogação. Trezeguet sai do banco e decide o jogo, perde o pênalti que dá o título para a Itália. Só para se manter o equilíbrio no mundo.

Vamos falar do jogo. A Itália foi melhor que todos os seus adversários na Copa. Mas o engraçado é que, justo na final, a Itália jogou menos que o seu adversário. A França foi melhor que a Itália na grande maioria do jogo. Logo no começo, com aquele gol do Zidane que, fez parar por alguns segundos os corações de muitos franceses, a França já demonstrava que estava ali para ganhar o jogo, pois veio para este jogo com uma disposição diferente, para decidir logo no começo.

A Itália sentiu o gol mas, ao seu modo, passou a controlar o jogo. Aos poucos foi cadenciando o jogo. Conseguindo escanteios e, em um desses escanteios Materazzi subiu muito e testou firme para empatar. E a jogadinha quase deu certo mais duas vezes, com o próprio Materazzi e com Luca Toni.

No segundo tempo, a França voltou melhor, com Henry dando as arrancadas típicas que ele dá. O que provocou um certo medo para a eficiente defesa italiana. Mas, a defesa italiana é muito, mas muito boa mesmo. Com Buffon e Cannavaro, é uma das melhores de todo o mundo. Mas esse é um capítulo a parte. A questão é que, a França continuou melhor e Zidane, já na prorrogação, obrigou Buffon a fazer uma ótima defesa.

Aí, aconteceu a cena mais intrigante dessa final, quiça da Copa. Materazzi fala com Zidane. Os dois discutem. Zidane se afasta e, espantosamente volta e desfere uma cabeçada no peito do zagueiro italiano. O último e intrigante ato de um dos melhores meias da sua geração. Assim, Zizou prejudicou demais a sua seleção, que ficou sem seu melhor jogador e batedor de pênaltis justamente para, a disputa de pênaltis.

Nos penais, deu Itália por 5 a 3 com Grosso, o predestinado, marcando o quinto e último gol, que deu o quarto título para a Itália, fazendo justiça ao time que marcou 12 gols e sofreu 2. Desses dois gols sofridos, um foi contra e outro foi de pênalti na final.
Ah, grosso, em italiano, é grande!

Pallone d'oro

Para mim, até hoje, o melhor da Copa era Andrea Pirlo. Joga, marca, arma, ataca, defende e faz gol. Até hoje. Porque a partida que o Fabio Cannavaro fez hoje foi sensacional. Não perdeu uma bola disputada, ganhou todas, até as bolas áereas. É um gigante do alto de seus 1.75m. Aliás, a FIFA bem que poderia fazer como a NBA, eleger o MVP da Copa e o MVP da final. Mas como ainda não é assim, Cannavaro foi o melhor da Copa. Il Pallone d'oro!

Squadra d'oro ou Prima Squadra, como queiram:

Continuando com as frases em italiano, em uma clara homeagem ao título italiano, vamos para a seleção da Copa.

Goleiro: Buffon. Tomou dois gols só na Copa. Um foi contra e o outro de pênalti na final. Além de salvar a Itália nos jogos contra a República Tcheca, Alemanha e hoje, contra a França.

Lateral-direito: Zambrotta. Uma excelente Copa e um golaço contra a Ucrânia.

Zagueiros: Thuram e o "Monstro" Cannavaro. Por coincidência, até aqui, a defesa é toda da Vecchia Signora, a Juventus da Itália.

Lateral-esquerdo: Lahm. O alemão caiu um pouco de produção na fase final, mas ficou na frente do Grosso. Aqui tenho que fazer uma menção honrosa ao Grosso. Sofreu o pênalti que deu a vitória nas oitavas. Fez um gol na semifinal e bateu o último pênalti na decisão. Grosso, o predestinado.

Meio-campo:

Frings. O volante alemão foi o limpador das bolas à frente da defesa alemã.

Pirlo. Para mim, foi o melhor da Copa até hoje. Joga, marca, lança, desarma, chuta, faz gol, faz tudo e tudo sempre com discrição e com muita qualidade.

Vieira. Um dos melhores volantes do mundo.

Zidane. Cresceu ao longo da Copa. Poderia ser o melhor da Copa mas, justo hoje, resolveu decidir o jogo de uma forma que não é favorável ao seu time e sim ao outro, foi expulso infantilmente.

Ataque:

Henry. Pelo que jogou hoje, merece estar na seleção da copa.

Klose. Não poderia faltar o artilheiro da Copa.

Técnico: Marcello Lippi. Único técnico campeão do mundo de clubes (Juventus 1996) e de seleções.


Depois coloco os piores da Copa.